segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Plano da Salvação


No domingo, 29 de agosto de 1977, o sargento Sílvio Delmar Holembach passeava com a família no Jardim Zoológico de Brasília, quando um jovem, Adilson, devido a um ato imprudente, caiu no viveiro das ariranhas. As ariranhas são animais da família das lontras, mas muito mais agressivas. São animais predadores, que caçam em grupo. Apesar do grande número de pessoas presentes, o sargento Sílvio foi o único a saltar para dentro do viveiro para salvar o jovem Adilson. De facto, quando ele viu os ferozes animais a atarem Adilson, ele saltou para dentro da jaula, tomou o menino nos braços e ajudou-o a subir o poço de dois metros de altura.
Quando o próprio Sílvio se preparava para escalar o poço, foi agarrado nas pernas por uma grande ariranha e caiu de novo dentro da jaula. Imediatamente todos os outros animais caíram sobre ele, arrancando-lhe pedaços do corpo com os seus dentes afiados. Quando os tratadores conseguiram entrar na jaula e afastar as ariranhas, o sargento Sílvio já estava completamente mutilado. Sílvio Holembasch foi levado para o hospital das Forças Armadas, mas não foi possível socorre-lo. Falceu poucas horas depois, certamente o sacrifício de Sílvio Holembrach por Adilson ficou bem marcado na mente do jovem, e todas as vezes que ele ouvir o nome de Sílvio Delmar Holembach, não deixará de se emocionar. Afinal, Holembach morreu para salvá-lo de uma morte terrível.

Esta experiência ilustra em o que Jesus fez por cada um de nós. Também Jesus desceu até ao fundo do poço desta Terra para nos salvar das garras de Satanás, embora estivesse consciente de que tal ato Lhe custaria a vida. Assim, neste pequeno post, gostaria de explorar consigo aquele que é, seguramente, o tema central das Escrituras. Vamos tentar compreender um pouco melhor o Plano da Salvação concebido por Deus para redenção da Humanidade.

Dado que, neste Plano, Jesus desempenha uma função central, ao compreendermos melhor o Plano da Salvação, poderemos também aproximar-nos mais de Cristo e dar mais valor ao seu sacrifício por nós. Comecemos por responder à seguinte pergunta: porque é necessário o Plano da Salvação?

A realidade do pecado no seio da raça humana.
Ao longo de toda a sua História, a Humanidade teve que se defrontar com um sério problema: o problema do pecado. Podemos perguntar: O que é exactamente o pecado? O Apóstolo João define o pecado como sendo “a violação da Lei” (1 João 3:4). Esta Lei que é violada é a Lei Moral dos Dez Mandamentos de que já violámos a Lei de deus. na verdade, é a Lei Mora dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17). Ora, todos nós temos consciência de que já violámos a Lei de Deus. Na verdade, as Sagradas Escrituras informam-nos de que todos os seres humanos que alguma vez existiram violaram a Lei Moral. Todos pecaram (Romanos 5:12), pois não há pessoa alguma que não peque (2ª Crónicas 6:36). O apóstolo João diz-nos mesmo que, “se dissermos: ´Não temos pecado`, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós” (1ª João 1:8). De facto, não existe nenhum ser humano justo; não há um sequer (Romanos3:9,10). Isto quer dizer que mesmo os mais virtuosos entre os seres humanos são pecadores, pois não existe alguém tão justo sobre a terra que faça o bem sem jamais pecar (Eclesiastes 7:20). Mas podemos perguntar: Não podemos perguntar: Não pode o ser humano pecador de algum modo justificar-se diante de Deus? a resposta da Bíblia é clara: Não! Diante de Deus nenhum ser humano se pode considerar justo, nem pode considerar como justificáveis os seus atos (Salmo 143:1,2; Job 9:2-3). Por isso, podemos concluir que o ser humano, por si mesmo, nada pode fazer para apagar os seus pecados. Como nos diz o profeta Isaías: “Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças são como trapo da imundície” (Isaías 64:6). Ninguém pode dizer verdadeiramente que purificou o seu coração de todo o pecado (Provérbios 20:9). Além do mais, os seres humanos não têm força anímica suficiente para deixar os seus pecados pelo seu esforço pessoal. Por nós próprios não podemos fazer constantemente o bem, pois estamos acostumados desde crianças a fazer o mal (Jeremias 13:23). Ora, o problema que os seres humanos pecadores têm que enfrentar em consequência da sua pecaminosidade é bem grave. De facto, a consequência final do pecado é a morte. Não apenas a morte temporal, mas a morte eterna. Pois, “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Diante do problema do pecado no seio da raça humana, deveríamos concluir que a salvação do homem pelas suas próprias forças é absolutamente impossível (Mateus 19:25,26).

Felizmente, os seres humanos não estão sós para enfrentar o problema do pecado. Deus está disposto a vir em auxílio dos pecadores. Deus não tem prazer na morte do pecador (Ezequiel 18:32). Ele não quer que ninguém se perca, mas que todos se convertam e sejam salvos (2ª Pedro 3:9). Ora, a boa-nova é que Deus pode, efectivamente, purificar dos seus pecados os seres humanos (Salmo 51:1,9).

A solução de Deus para o problema do pecado humano.
Na verdade, o Deus Criador concebeu um plano para salvar os seres humanos do pecado e da correspondente morte eterna. Trata-se do Plano da Salvação. Jesus Cristo revelou a essência deste plano durante o Seu ministério nesta Terra. Segundo Jesus, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Jesus veio a este mundo “para que o mundo seja salvo por Ele” (João 3:17). Este Plano da Salvação da Humanidade foi concebido pelo Deus Triúno desde a eternidade, isto é, antes mesmo da fundação do nosso mundo (Romanos 16:25,26). Foi seguindo este Plano da Salvação que Jesus veio à Terra para salvar os pecadores (1ª Timóteo 1:15). Como Ele próprio disse: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10). Jesus foi designado por Deus para o Salvador da Humanidade. Em nenhum outro podemos encontrar a salvação (Atos 4:12). Apenas em Jesus temos a possibilidade de sermos salvos dos nossos pecados e da morte eterna que eles acarretam. Por que razão é isto assim? Simplesmente porque é pela morte expiatória de Jesus na cruz em nosso lugar que nós temos a possibilidade de sermos resgatados da penalidade do pecado, a morte eterna. Só a morte de Jesus nos permite alcançar a remissão dos pecados.

Como diz o profeta Isaías, ao descrever a missão do Messias, “Ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude das nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre Ele, sim, por Suas feridas fomos curados. (…). Iahweh fez cair sobre Ele a iniquidade todos nós. (…). Pelo Seu conhecimento, o justo, Meu Servo, justificará a muitos e levará sobre Si as suas transgressões” (Isaías 53:5,6,11). Portanto, Jesus morreu pelos pecados, isto é, por todos os seres humanos que existem e já existiram neste Planeta (1ª João 2:2). A Sua morte única sobre a cruz é suficiente para expirar todos os pecados da Humanidade (Hebreus 9:28).

Assim sendo, devemos concluir que nós somos salvos apenas pela graça de Deus, manifestada na morte expiatória de Jesus. Nós podemos ter a redenção gratuitamente, se aceitarmos a morte de Jesus por nós (Efésios 2:8,9; Atos 15:11). Mas para que sejamos salvos pela graça de Deus, devemos exercer fé em Jesus como nosso Salvador. É a fé que se apropria da redenção oferecida gratuitamente pelo Plano da Salvação. Por isso, todo o pecador que confia em Jesus é justificado dos seus pecados pela fé (Romanos 5:1,2). Para alcançar a salvação, devemos ter fé em Jesus como Salvador da Humanidade (Atos 16:30 e 31). Assim sendo, é evidente que Jesus é o único mediador entre Deus e a humanidade pecadora (1 Timóteo 2:5,6), pois só Jesus foi designado por Deus para ser o Salvador dos homens (Atos 5:31). Assim, no Evangelho de Cristo nós temos a Boa-Nova de que Deus “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.3,4) por intermédio do Seu Filho Jesus.

As condições para a salvação do pecador.
No entanto, o Plano da Salvação tem implícitas certas condições para que o pecador possa ser salvo. De fato, Jesus veio chamar todos os pecadores ao arrependimento (Lucas 5:31 e 32), mas, para que possa ser perdoado por Deus, o pecador deve reconhecer os seus pecados (Salmo 51:3-6). Assim, quando toma consciência do seu pecado, o pecador deve passar por três etapas. Primeiro, deve entristecer-se pelo pecado cometido (2ª Coríntios 7:10); em segundo luar, deve arrepender-se sinceramente (Atos 3:19); e, em terceiro lugar, deve mudar o seu comportamento, deixando de cometer o pecado de que se arrependeu (Atos2:37 e 38). Após estas etapas, o pecador arrependido deve confessar o seu pecado a Deus (Provérbios28:13). Esta confissão deve ser realizada através da oração (Salmo 32:5). Ao confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele perdoa-nos completamente o erro cometido. Ele apaga as nossas transgressões (Isaías 43:25). No entanto, para que Deus possa perdoar os nossos pecados, há ainda uma última condição que deve ser preenchida pelo pecador. Ele deve ser capaz de se perdoar também aos seres humanos que o tenham ofendido (Mateus 6:14 e 15).

Assim, graças à morte expiatória de Jesus na cruz do Calvário, Deus por perdoar todos os nossos pecados. É no Filho amado de Deus que temos a rendição pela remissão dos pecados (Colossenses 1:3). Invocando o nome de Jesus e crendo na Sua intercessão, recebemos de Deus a remissão dos pecados (Atos 10:43). O pecador deve, pois, crer em Jesus como seu Salvador para ser perdoado por Deus (João 3:16).

A Justificação gratuita do pecador pela fé em Cristo.
Vamos agora ver em detalhe como ocorre a justificação gratuita do pecador pela fé em Cristo. A Fé é o princípio fundamental do Evangelho de Jesus pregado para salvação do pecador. Por isso, a Bíblia diz-nos que “o justo viverá pela fé” (Romanos 1:16,17). É pelo exercício da fé em Jesus que o pecador é justificado gratuitamente por Deus de todos os seus pecados. Em Jesus “é justificado todo aquele que crê” (Atos 13:38 e 39; Romanos 3: 23-26). No entanto, podemos perguntar-nos: Como funciona o processo da justificação pela fé? É muito simples! Assim como Adão, pelo seu pecado original, levou toda a humanidade a cair no pecado e na sua consequência, a morte, também Jesus, pela Sua justiça perfeita, pode salvar do pecado e da morte eterna todos os seres humanos que aceitam a Sua morte expiatória. De fato, Jesus paga a nossa dívida de pecado ao morrer em nosso lugar e credita-nos ainda, na nossa vida, a Sua justiça perfeita, pode salvar do pecado e da morte eterna todos os seres humanos que aceitam a Sua morte expiatória. De fato, Jesus paga a nossa dívida de pecado ao morrer em nosso lugar e credita-nos ainda, na nossa vida, a Sua justiça perfeita. Assim, aparecemos aos olhos de Deus como perfeitamente justos, isentos de pecado (Romanos 5:17-19). Deus olha para nós e, em vez de ver a nossa deformidade moral, merecedora de morte eterna, vê a perfeição moral de Cristo, merecedora de vida eterna. Isto é a justificação do pecador pela sua fé em Jesus. Portanto, devemos aqui sublinhar que o ser humano é justificado gratuitamente pela sua fé em Jesus, sem as suas boas obras (Romanos 3.28).

Como escreveu o apóstolo Paulo: “Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus: não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho” (Efésios 2:8 e 9). Desta forma, a esperança do pecador arrependido encontra-se no Plano da Salvação, pelo qual é justificado gratuitamente pela fé em cristo. “Nós aguardamos, no Espírito, a esperança da justiça que vem da fé” (Gálatas 5:5). Sendo justificados por Deus, alcançamos o maior bem que qualquer ser humano pode desejar: “Estamos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1-2).

Conclusão
Portanto, temos razões para celebrar. Deus ama-nos e providenciou um meio para que todos os pecadores possam ser libertados das cadeias do pecado e escapem à sentença da morte eterna.

No entanto, para que o Plano da Salvação possa produzir resultados, é necessário que aceitemos Jesus como nosso Salvador pessoal. Devemos crer em Jesus como nosso sacrifico expiatório, arrepender-nos dos nossos pecados e confessa-los a Deus. Pode-se perguntar: “Quando?” Caro amigo, demos fazê-lo o mais brevemente possível, pois não somo senhores da nossa vida e o tempo está a esgotar-se para todos nós, na medida que passa sem cessar.

A última vez que o ator de cinema Tyrone Power apareceu diante das câmaras de Hollywood, apelo ao público que contribuísse financeiramente para a luta contra as doenças de coração. No estúdio, Tyrone pegou numa ampulheta, virou-a ao contrário lentamente e observou a areia a escorrer. Ele disse então: “Para todos nós, o mais precioso elemento que temos é o tempo. Mas o tempo termina cedo de mais para muitos milhões, porque as doenças de coração colhem mais vidas do que todas as outras doenças combinadas.” Alguns dias depois, quando estava de férias em Espanha, Tyrone sucumbiu, ele mesmo, a um ataque de coração fulminante! Obviamente que ele não estava à espera que o seu tempo terminasse tão brevemente. Também muitos de nós, ocupados na vida quotidiana, nem nos damos conta que o nosso tempo está a fluir incessantemente. Por isso, lanço-lhe um apelo: Aceite a oferta de Deus, hoje mesmo. Amanhã, pode ser tarde de mais. Se já aceitou a expiação de Cristo, apelo para que continue firme nessa decisão, pois é a melhor decisão que poderia tomar. Ficando firmes na nossa fé em Cristo, alcançaremos seguramente a salvação eterna!

Paulo Lima

preparado por José Carlos Costa.

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