sexta-feira, 4 de maio de 2012

OS NOSSOS FILHOS PERTENCEM AO SENHOR

1ª Samuel 2:1-11

Intr.: "Pedi ao Senhor que me desse este filho, e Ele atendeu ao meu pedido. Agora eu o trago, como se o estivesse devolvendo ao Senhor, por todos os dias em que ele viver. Assim ela deixou o menino ali no tabernáculo para servir ao Senhor"
I Sam. 1:27, 28.

2. O relacionamento entre o cristão e o Senhor com respeito aos filhos tem sido apresentado de diferentes maneiras...
3. Na história de Samuel temos uma expressão nova e muito bela desse relacionamento. 4. Ana recebeu o seu filho do Senhor em resposta à sua oração...
5. O amor e alegria do seu coração não poderiam encontrar uma maneira melhor de se expressar do que devolver o filho ao Senhor para que O servisse durante toda sua vida...
6. Este pensamento é comum ao coração da mãe cristã quando ela contempla o seu pequeno filho/a.
7. Quando considerado cuidadosamente, este pensamento revela algumas das mais preciosas lições de fé e dever paternos...
8. Quando quer que pensemos em Deus, nos nossos filhos, ou em nós mesmos, há sempre uma boa razão para dizermos: "Nós e nossos filhos O serviremos durante toda nossa vida, pois somos propriedades d´Ele"...

I. Deus olha para o meu filho como sendo Seu e que me foi apenas emprestado por Ele para que eu o eduque para servi-lO...
A. Sim, os nossos filhos realmente não nos pertencem, eles pertencem ao Senhor...
1. Pelo fato de sermos naturalmente inclinados a esquecer esta realidade, amamos e tratamos os nossos filhos como se fossem inteiramente nossos...
2. Por esta razão, é um privilégio muito precioso devolvê-los ao Senhor para que O sirvam enquanto viverem!...
B. Deus não apenas tem direito sobre os nossos filhos, mas Ele também necessita deles...
1. A obra que Ele tem a fazer na terra é muito grande e Ele tem planeado uma tarefa para cada pessoa; portanto não pode dispensar nenhum dos seus filhos.
2. Frequentemente lemos histórias sobre mães que sacrificaram o seu único filho, ou todos os seus filhos, pelo seu rei ou país...
3. Porém, constitui-se uma honra muito maior dar ao meu Rei a criança que é Sua, a quem Ele me tem emprestado concedendo-me o alto privilégio de amá-la, educá-la e prepará-la...
4. Amo o meu Senhor e constantemente peço que eu possa entregar-me a Ele em retribuição ao Seu infinito amor por mim...
5. Deleito-me em dar aquilo que me é a mais preciosa possessão sobre a terra para ser Seu...
6. Deus que deu o Seu Filho por mim, a Ele somente, tudo que sou e tenho Lhe pertence...
7. O meu filho, também, tenho dado ao Senhor por todos os dias em que viver...

II. Não é apenas em favor dos interesses de Deus, mas em favor dos interesses dos meus filhos que eu DEVO ENTREGÁ-LOS ao Senhor...
A. Quanto mais amamos os nossos filhos, tanto mais completamente devemos entregá-los a Deus.
1. Nenhum lugar pode ser seguro ou feliz para eles a não ser a companhia divina.
2. Amo minhas pequenas jóias preciosas, e contudo quão pouco posso fazer por elas... 3. Sei que eles nasceram com uma natureza pecaminosa que herdaram de mim, e que nem todo meu amor ou preocupação pode vencer...
4. Porém, se eu der os meus filhos a Deus, sei que Ele os aceita e os recebe como Seus...
5. Deus fará que o meu filho seja um com o Seu Filho, purificando-o no precioso sangue de Jesus....
6. Ao fazê-lo nascer de novo, Deus lhe concede uma nova natureza... João 2:3
7. Ele, o grande Deus, adoptará meu filho como Seu, e o preparará para a gloriosa eternidade.
8. Ele usará os Pais como ministros, dando-lhes toda sabedoria que eu necessito para educar os vossos filhos para O servir...
9. Não me perguntem porque eu dei o meu filho ao Senhor...
a. É porque amo meu filho.
b. Quem não desejaria dar seu filho a um Deus como o nosso?!...

III. Foi em meu favor, também, que dei o meu filho ao Senhor, pois ao dar a Deus o meu filho, ele tornou-se duplamente meu.
A. Ao darmos os nossos filhos a Deus, Ele os protege e os devolve...
1. Assim eles são nossos sem que temamos cometer pecado por amá-los como nossos ou receemos perdê-los.
2. Mesmo que a morte os tome, sei que um dia o Senhor os trará à vida novamente.
3. Talvez fiquem doentes, ou morram, se isto acontecer, será só por um momento. Ele os ressuscitará.
4. Deus os devolverá para nós...
5. Entregar meus filhos ao Senhor torna-se então o mais abençoado companheirismo e amizade entre Deus e eu...
B. Se meus filhos permanecerem comigo sobre esta terra, ao dedicá-los ao Senhor, posso estar confiante que toda graça e sabedoria que necessito para educá-los me serão dadas.
1. Não preciso preocupar-me, pois meus filhos pertencem ao Senhor...
2. Porventura Deus não providenciará tudo aquilo que eles necessitam?...
3. Se os pais desejam saber como educar seu filho de modo correto devem entregá-lo ao Senhor.
4. Estas são algumas das gloriosas bênçãos que recebemos quando entregamos nossos filhos a Deus...

IV. Consideraremos agora como esta dedicação da criança deve ser mantida em sua educação no lar...
A. Os pais devem usar a dedicação de seu filho como um apelo a Deus ao dirigirem-se a Ele em oração...
1. A graça prometida para se levar avante a educação de uma criança não é concedida de uma vez só, mas dia a dia...
2. Ao educarmos nosso filho surgirão dificuldades para as quais a ajuda divina parecerá que não vem... a. Então, é tempo para oração e fé.
3. O poder do pecado pode manifestar-se no caráter da criança...
4. Às vezes poderá haver mais características para criar temor que esperança.
5. Nossa própria ignorância, infidelidade ou fraqueza pode levar-nos a temer que nosso filho não esteja sendo educado para o Senhor...
a. Em tais ocasiões, como em todos os tempos, Deus deve ser nosso refúgio...
B. É necessário mantermos a dedicação da criança ao Senhor e orarmos por ela.
1. Nós a dedicamos a Ele e nos recusamos a tomá-la de volta porque tanto ela como nós somos pecadores...
2. Devemos pleitear por graça para a criança que foi dada a nós seja aceita por Deus...
3. A criança agora será do Senhor, e podemos deixá-la com Ele...
4. Tal fé nos trará bênçãos e descanso...
C. Permita que a criança saiba, mesmo que não possa-lhe ser transmitido por palavras, que ela foi dada ao Senhor...
1. Que ela saiba que esta é a razão pela qual não podemos satisfazer todas as suas vontades ou permitir que viva pecando... a. Devemos guardá-la para Deus...
2. Que a criança aprenda, com gentileza e firmeza, que isto não é apenas uma afirmação vazia, mas um princípio que nos motiva.
3. Permita que ela compreenda esta verdade de tal modo que se torne o primeiro motivo de sua vida.
4. Pelo fato de ter sido dedicada ao Senhor e aceita por Ele, como poderia ela desobedecê-Lo ou magoá-Lo?...
5. Façamos com que nossas palavras, nossa vida, nossas orações e educação levem a criança a sentir: "Eu sou do Senhor..."
D. Sendo que demos nosso filho ao Senhor, usemos este ato de consagração como um motivo para desempenharmos fielmente nossos deveres...
1. Distraimo-nos facilmente de nosso objetivo espiritual por causa dos problemas da vida e do mundo que nos rodeia.
2. Educar nosso filho de modo consagrado requer completa devoção no viver diário...
3. Consideremos nosso filho à luz desta grande transação que fizemos com Deus... a. "Eu dei meu filho ao Senhor"...
4. Esta lembrança pode animar-nos a uma diligência, a uma fé e vida de oração mais ardentes...
5. Devemos agir sob a influência de estarmos educando nosso filho para o Senhor.
a. Deus precisa de servos para o Seu reino...
b. Peçamos ao Senhor aquele glorioso lugar que Ele tem para cada criança em Seu maravilhoso reino...
c. Se este pensamento motivar cada pai que tem dedicado seu filho a Deus, um número muito maior de jovens será preparado para a obra do Senhor...
d. Se todas as crianças cujos pais professam tê-las dedicado ao Senhor realmente alcançarem este santo objetivo, não teremos escassez de pessoas para tomarem parte na obra de Deus.
6. Precisamos mais pais consagrados como Ana e mais filhos que recebam uma educação consagrada como Samuel.
7. Possa Deus através de Seu Espírito ensinar-nos o completo significado e poder das palavras:
a. "Tenho dado meu filho para ser do Senhor enquanto viver"...
Conclusão:
1. Ao dedicarmos esta criança ao Senhor ela se torna sua e dEle...
2. Sua alma deve humilhar-se ao pensar neste grande privilégio, nesta santa sociedade entre Deus e você...
3. Rogue por sua graça para habilitá-lo a guardar este precioso tesouro que foi concedido a você.
4. Peça ao Senhor para que Ele o ensine a amar esta criança com terno e santo amor e a educá-la para serví-Lo...
5. Você deve ensiná-lo o respeito de Deus e Seu grande amor a fim de que seu coração possa ser ganho o quanto antes para Ele.
6. Que sua vida seja uma inspiração para seu filho a fim de ajudá-lo a ver e a amar tudo aquilo que é puro, louvável e prazeiroso para Deus.
7. Que seu filho possa ouvir a voz que chamou Samuel e na simplicicade infantil possa responder: "Fala Senhor, que o teu servo ouve"


“Ana não proferiu censura alguma. O fardo que ela não podia repartir com amigo algum terrestre, lançou-o sobre Deus. Ansiosamente rogou que lhe tirasse a ignomínia, e lhe concedesse o precioso dom de um filho para o criar e educar para Ele. E fez um voto solene de que, se seu pedido fosse satisfeito, dedicaria o filho a Deus, mesmo desde o seu nascimento. Ana tinha-se aproximado da entrada do tabernáculo, e na angústia de seu espírito "orou, e chorou abundantemente". Contudo, entretinha em silêncio comunhão com Deus, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, tais cenas de adoração eram raramente testemunhadas. Festins irreverentes, e mesmo embriaguez, eram coisas comuns, mesmo nas festas religiosas; e Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, supôs que estivesse dominada pelo vinho. Julgando administrar uma repreensão merecida, disse com severidade: "Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho."
Condoída e surpresa, Ana respondeu brandamente: "Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora."
O sumo sacerdote ficou profundamente comovido, pois era homem de Deus; e em lugar de repreensão proferiu uma bênção: "Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a tua petição que Lhe pediste."
A oração de Ana foi atendida; recebeu a dádiva que tão fervorosamente havia rogado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel - "pedido a Deus". I Sam. 1:8, 10, 14-16 e 20. Logo que o pequeno teve idade suficiente para separar-se de sua mãe, ela cumpriu seu voto. Amava o filho com toda a devoção de um coração de mãe; dia após dia, observando suas faculdades que se expandiam, e ouvindo seu balbuciar infantil, cingia-o mais estreitamente em suas afeições.
Era seu único filho, uma dádiva especial do Céu; mas recebera-o como um tesouro consagrado a Deus, e não queria privar o Doador daquilo que Lhe era próprio.
Mais uma vez Ana viajou com o esposo para Siló, e apresentou ao sacerdote, em nome de Deus, sua preciosa dádiva, dizendo: "Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição, que eu Lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver." I Sam. 1:27 e 28. Eli ficou profundamente impressionado pela fé e devoção desta mulher de Israel. Ele próprio, pai por demais condescendente, ficou atemorizado e humilhado vendo o grande sacrifício desta mãe, separando-se de seu único filho, para que o pudesse dedicar ao serviço de Deus. Sentiu-se reprovado pelo seu amor egoísta, e com humilhação e reverência prostrou-se perante o Senhor e adorou.”
Patriarcas e Profetas

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