quarta-feira, 30 de maio de 2012

UMA ANÁLISE DA MISSÃO DA IGREJA Á LUZ DA “GRANDE COMISSÃO”

Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. E quando O viram, O adoraram; mas alguns duvidaram. Jesus, aproximando-Se, lhes falou, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” S. Mateus 28:16-20

Assim terminou a jornada terrestre de nosso Senhor, de acordo com o relato de Mateus sobre Sua vida. Inerente a essa última declaração de Cristo está a comissão entregue a Seus discípulos. Aqui Jesus prepara o terreno para tudo o que ainda está para acontecer com a igreja infante que Ele estabeleceu.
A Grande Comissão permanece como a "Carta Magna" da igreja cristã - a razão de sua existência. É chamada de a "Grande Comissão" por causa da magnitude do mandato. É totalmente abrangente. Frederick Bruner nota cinco "todos" que formam a Grande Comissão: "Toda autoridade", "todas as nações", "em nome [de todo o Deus]", "todas as coisas que vos tenho ordenado", "estou convosco todos os dias". Frederick Dale Bruner – Mateus Vol. 2 – O livro da Igreja, pág. 1094. É o impressionante alcance desses "todos" que deu o merecido nome de "grande" a essa comissão."
A cena na encosta da montanha lembra uma cena similar ocorrida cerca de quinze séculos antes, quando Jeová reuniu como nação, no monte Sinai, os recém libertados escravos. Lá, Deus falou e comissionou Israel para ser Seu povo e ouvir Sua lei. Agora, Jesus está prestes a comissionar o novo Israel.
Na montanha da comissão, o Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, assim como Mateus registrou que Ele aparecera às mulheres. Não necessariamente para provar que ressuscitou, mas com o propósito de revelar que Sua condição de "ressuscitado" Lhe dá autoridade para emitir a comissão (Mat.28:18). O fato de que Jesus ressuscitou dos mortos dá uma força tremenda à comissão que Ele está prestes a comunicar a Seus discípulos.

A Autoridade Universal de Jesus
Tendo visto o Senhor ressuscitado, os discípulos escutaram abismados Suas palavras quase inacreditáveis: "Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra". Mat. 28:18. Jesus agora não pergunta, como fez anteriormente: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" Mat. 16:13. Agora Ele declara que quem tem absoluta e total autoridade sobre o Céu e a Terra. “Aqui, Jesus está declarando ser o diretor executivo de todo o Universo”. Essa é a declaração de maior autoridade que Ele já fez. É impressionante, grandiosa, e todo-poderosa. Ele não é mais o frágil e indefeso; é o que possui toda autoridade. Que reivindicação extraordinária!
No monte Sinai, Deus primeiramente Se revelou ao povo de Israel em tons de trovão para enfatizar Sua autoridade e poder. Jesus agora restabelece essa cena para comissionar Sua igreja do Novo Testamento. Quem ordena a Grande Comissão não é apenas Jesus, mas Jesus com autoridade. Em nenhum outro lugar da Bíblia Ele aparece de forma tão imperiosa como ao proferir a Grande Comissão. Só isso bastaria para enfatizá-la. Ela não pode ser considerada levianamente. Não é só mais uma ordem, entre outras, que Jesus dá, mas de certo modo é "a" ordem de Jesus, pois abrange todas outras ordens. Fidelidade à Grande Comissão significa ser fiel a todas as outras ordens de Jesus. Infidelidade nesse ponto é ser infiel a Jesus que tem autoridade - o diretor executivo do Universo. Não ousamos desobedecer à missão de quem possui toda, completa e máxima autoridade.
Os adventistas professamos ser a igreja remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus (Apoc. 12:17). Essa é uma alegação audaciosa que envolve mais do que guardarmos o sábado. Também deve significar que somos obedientes à Grande Comissão. Seria impossível ser a igreja remanescente, se não guardássemos a mais autorizada ordem de Jesus: a Grande Comissão.
Tendo Se declarado possuidor da máxima autoridade, Jesus agora, emite a divina comissão: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações". Mat. 28:19. A ordem é incrível. Como poderia um pequeno grupo de onze pessoas pobres, meio incrédulas e duvidosas, cumprir um projeto tão grandioso - fazer discípulos de todas as nações? O único meio é através do poder dAquele que tem toda autoridade.
Essa ordem deve ter assombrado aqueles primeiros discípulos. Como seria possível fazer discípulos de todas as nações? Ainda hoje, depois de dois mil anos, a tarefa nos parece gigantesca. Contudo, a ordem no texto está inseparavelmente ligada à autoridade de Jesus. É somente através de Sua autoridade que essa ordem pode ser cumprida. Já que Jesus possui autoridade universal, os discípulos podem se sentir encorajados a ir ao mundo, proclamar a mensagem do Cristo ressuscitado e fazer discípulos para Ele em todas as nações.
Portanto, os fundamentos de missão estão profundamente enraizados na divindade de Jesus Cristo como Senhor absoluto do Céu e da Terra. O motivo da missão cristã às nações só pode ser entendido no contexto da ressurreição e da vitória de Cristo sobre a morte. Essencial a essa comissão está o inegável pensamento de que o próprio Jesus proverá o poder e os meios para sua realização. Portanto, Ele declara que Ele estará com Seus discípulos até o fim dos séculos (verso 20), para o bem das nações (pessoas) que precisam ser alcançadas. Não é uma garantia incondicional de Sua presença, mas uma arrojada declaração que estaria com eles “em missão”.
"Em seu contexto imediato, a declaração de Jesus afirmando que estaria 'com' foi dada a discípulos que fazem discípulos. Não seria justo, para com a Grande Comissão relatada em Mateus, dizer que a promessa especial de Jesus de estar com os discípulos foi dada para qualquer um e todos que se dizem cristãos - não foi dada, como as vezes dizemos, 'incondicionalmente'. Foi dada condicionalmente - para cristãos missionários”. Frederick Dale Bruner – Mateus Vol. 2 – O livro da Igreja, pág. 106.

Não era para os discípulos simplesmente irem às nações. Deveriam ir, porque Cristo tem autoridade total sobre as nações. Portanto, eles não devem sair para essa missão sem a presença dAquele que tem toda a autoridade. Inerente ao chamado da Grande Comissão está a promessa do Espírito, que Se manifestaria completamente no Pentecostes.
O relato de Lucas contém a promessa: "Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder". Lucas 24:49. Cada um dos evangelhos sinópticos relata o mesmo pensamento como sendo inerente à Grande Comissão - o poder do Espírito Santo para capacitar a realização da missão do Senhor ressurreto. Na verdade, o poder do Espírito era tão essencial à realização dessa missão que Jesus pediu que os discípulos esperassem até que recebessem esse poder, antes que pudessem ir às nações em Sua autoridade (Lucas 24:49).


O princípio organizador da igreja do Novo Testamento
A ordem aqui é bem diferente daquela dada a Israel. Israel recebeu a comissão de criar uma comunidade atenciosa que refletisse o Deus verdadeiro. A nação foi posta na encruzilhada das civilizações, de onde atrairia outros povos para que esses, aprendessem do Deus verdadeiro. Em contraste a isso, Cristo dá a comissão ao novo Israel para ir a todas as nações. Isso revela uma principal diferença de missão entre Israel e a igreja. A igreja de Jesus não deveria ser organizada com base no modelo do Antigo Testamento, mas numa ordem nova. Deveria ser organizada para o bem do cumprimento da missão de Cristo, que é fazer discípulos de todas as nações. Precisamos estar seguros de que temos uma organização aperfeiçoada para cumprir essa missão. Isso exige de nós avaliação contínua, porque muitas vezes o que inicialmente beneficiou a missão, tempos depois, pode não ser útil.
Atualmente, nossas igrejas, muitas vezes oferecem programas centralizados nelas, e esperam que o povo seja atraído para receber instruções. Isso é um modelo do Antigo Testamento. A igreja não deveria meramente ser a comunidade reunida, posicionada como testemunha de Cristo. Jesus, com autoridade, disse à igreja: "Ide". Somente quando nos dispersarmos, como sal, impregnando o mundo, é que realmente mostraremos ser a igreja da Grande Comissão. A maioria das nossas igrejas entende muito bem como operar a igreja reunida, mas tem feito muito pouco para ensinar os membros a serem a igreja dispersada. Entendemos a imagem de "fortaleza" aplicada à igreja, mas falhamos em entender a imagem “de sal”. Não podemos descartar a primeira imagem, mas isso só não basta. Temos que ser a igreja espalhada pelo mundo.
Geralmente, convidamos amigos para reuniões evangelísticas e outras atividades da igreja local. Isso é bom, mas não é o quadro completo que Jesus nos deu. A igreja não é o prédio - a igreja é o povo. Portanto, onde as pessoas da igreja estiverem, aí é a igreja. Na segunda-feira, a igreja pode funcionar no escritório, na fabrica. ou no clube de saúde. Quando os membros interagem com o mundo em seus negócios e lazer, eles estão sendo a igreja espalhada. Se somos, de fato, a Igreja da Grande Comissão temos que ensinar nossos membros a serem “Igrejas" no trabalho, no lazer e no lar.
Não mais estamos sob o modelo do Antigo Testamento. Não podemos esperar apenas que as pessoas venham até nós. A ordem de Jesus é radicalmente diferente; somos enviados ao mundo para fazermos discípulos. Atualmente, nossas igrejas estão mais baseadas no paradigma do Antigo Testamento do que no modelo da Grande Comissão. É hora de nos reorganizarmos segundo o modelo do Novo Testamento.
Embora o objetivo da Missão seja “fazer discípulos” a ênfase dada por Jesus está mais no “enviar”, uma vez que o fazer discipulos deve acontecer no processo de “ir” em vez da igreja esperar que as pessoas venham a ela, como no antigo modelo. A igreja não pode se contentar em simplesmente sentar e tentar incentivar as pessoas ao discipulado. O mandato é inconfundível: a igreja deve "ir"; e, nesse processo, é que ela deve fazer discípulos.
A ordem da Grande Comissão é a criação de uma igreja “espalhada” como forma dominante, e não a igreja "reunida" como forma dominante. Necessitamos dela, mas essa não deve ser a forma principal da igreja. A verdadeira igreja da Grande Comissão é a que age como sal, infiltrando-se na comunidade para fazer discípulos.
A igreja tende a estar sempre satisfeita com o que já realizou - e falhar em continuar avançando. Jesus não poderia ter usado um imperativo mais poderoso do que o da Grande Comissão. Ele ordena a Seus discípulos: "Ide". Essa poderosa ordem é usada mais três vezes no Evangelho de Mateus (Mat. 2:8; 11:4; 28:7). Em cada caso, é uma ordem para as pessoas irem fisicamente a algum lugar. Portanto, poderia muito bem ser traduzida por: "mexa-se". Frederick Dale Bruner – Mateus Vol. 2 – O livro da Igreja, pág. 1096. Devemos sair à comunidade e encontrar maneiras de fazer contato com pessoas que estão longe de Jesus.
Essa ordem não deve ser ignorada. Deve haver urgência em sua resposta. Não há mais necessidade de esperar. O poder que desceu no Pentecostes está plenamente disponível, agora, aos discípulos modernos. Portanto, a urgência da Grande Comissão compele a igreja a se envolver com a missão de Cristo, agora.

A tríplice missão da grande comissão
Qual é essa missão? De acordo com a comissão, é fazer discípulos, batizando-os, e ensinando-lhes tudo o que Jesus ordenou. A missão está centralizada nestas três tarefas: fazer discípulos, batizar, e ensinar. A missão não está completa até que todas elas tenham sido realizadas. Somente quando seguimos essa fórmula tríplice como igreja é que pode afirmar que estamos cumprindo a missão. E tudo deve ser feito no processo de "ir".
Enquanto a igreja marca presença no mundo, espalhando-se, ela faz discípulos, batiza, e ensina. Portanto, se uma igreja batiza as pessoas sem fazer discípulos ou
sem ensiná-los, ela é desobediente a Cristo. Se faz discípulos e deixa de batizá-los, ela é desobediente a Cristo. Se ensina as pessoas os mandamentos de Cristo, mas não faz discípulos e não batiza, ela é desobediente a Cristo, Até mesmo quando uma igreja fizer discípulos e batizar as pessoas, mas falhar em continuar ensinando-lhes os mandamentos de Jesus, ela é desobediente a Cristo. A ordem de nosso Senhor é clara demais para ser mal-entendida.
Em diferentes épocas da história do cristianismo, a igreja realçou uma das três dimensões da missão, mas raramente colocou a mesma ênfase em todas as três dimensões. Em muitos casos, a ênfase degenerou para um jogo de números, no qual todo o destaque passa a ser o batismo, com pouca atenção dada ao discipulado e ensino. Somente uma ênfase equilibrada no discipulado, batismo e ensino pode cumprir a Grande Comissão evangélica.
A verdadeira igreja de Jesus hoje deve ser a igreja da Grande Comissão.
uma que seja sincera em relação ao cumprimento da missão. Se a igreja origina-se na Grande Comissão, sua vida e prática devem girar em torno do cumprimento dessa comissão, como razão para sua existência. É nessa base que a igreja de Jesus hoje deve se tornar o verdadeiro povo missionário de Deus para o bem das nações.


O Que É Um Discípulo
na Compreensão de Jesus?
Já que a Grande Comissão constitui a razão para a existência da igreja, e já que essa comissão ordena que ela faça discípulos, é essencial que tenhamos uma compreensão clara e bíblica do termo discípulo. Considerando que fazer discípulos é algo tão crucial ao cumprimento da Grande Comissão, precisamos entender claramente o assunto como Jesus o compreendia.

A compreensão de Jesus sobre discípulo
A palavra discípulo é traduzida do termo grego mathetes. A idéia teve origem na Grécia, quando um aluno se unia a um professor a fim de adquirir conhecimento teórico e prático. É usada no Novo Testamento para indicar ligação total a alguém em discipulado. Ser discípulo, segundo o Novo Testamento, é viver em relacionamento com Aquele que está discipulando. Nesse relacionamento, o discípulo deve aprender continuamente sobre a outra pessoa, enquanto ao mesmo tempo vive em sujeição a ela. A palavra não sugere uma conversão rápida ao mestre, mas um lento processo pelo qual se é feito discípulo.
Essa compreensão da palavra discípulo, conforme usada na época do Novo Testamento, nos ajuda a entender melhor as palavras da Grande Comissão: discipular, batizar, ensinar. Discipulado envolve principalmente comprometimento de alguém com certa pessoa, e submissão à sua autoridade, a fim de ser ensinado. O discípulo nunca é totalmente discipulado, mas está sempre nesse processo. Desse modo, o que é requerido de uma pessoa, antes que seja batizada, é que ela entre em completa submissão à autoridade de Cristo, esteja disposta a viver em sujeição a Ele e a aprender sobre Ele enquanto viver.
A palavra discipulos ilustra alunos sentados ao redor de um professor mais do que penitentes ajoelhados num altar – um processo educacional mais do que um, evento evangelístico; uma escola, mais do que um reavivamento.
A explicação que o comentarista bíblico Frederick Bruner dá à palavra discípulo tem grande peso evangelístico. Ele sugere que, ir a Cristo é um ato de Deus, então os seres humanos não podem levar as pessoas a terem fé em Cristo. Tudo o que podem fazer é criar um ambiente de educação que faz as pessoas ficarem cientes de Cristo e de Sua Palavra. Nesse ambiente, elas então podem ser levadas à fé em Cristo. Porém, elas o fazem através de sólida educação sobre a vida e os ensinamentos de Cristo; e não de uma compreensão superficial do que significa ser cristão.
Ele estabelece a diferença entre o fazer discípulos, que leva ao batismo, e a continuação do fazer discípulos, após o batismo.
"Discípulo" (matheteusate) no imperativo aorístico é o verbo explicativo que resume todas responsabilidades missionárias. Então, os outros dois verbos no gerúndio "batizando" e "ensinando" (baptizontes e didaskontes) particularizam os dois objetivos do discipulado: o batismo, objetivo do evangelismo; o ensino, meio de educar. O discipulado atinge seu primeiro objetivo no "ato definitivo do batismo e é continuado através da contínua atividade do ensino". Assim a Grande Comissão diz aos cristãos tanto o meio de iniciação (batismo) quanto o meio de continuação (os ensinamentos de Jesus). De acordo com essas evidências, parece que fazer discípulos é tanto uma obra inicial quanto uma obra contínua, na vida de quem é levado ao discipulado.
A pergunta que nos preocupa agora é: Qual é a obra inicial de fazer discípulos que precisa ser feita antes que uma pessoa seja batizada? De acordo com a Grande Comissão, as pessoas são feitas discípulos, então são batizadas, e depois instruídas. Há pouca discórdia entre cristãos sobre o fato de que elas prescisam de ensinamento contínuo após o batismo. A área de discórdia é quanto ao que deve ser ensinado antes do batismo.

Como se tornar um discípulo
O ponto principal da Grande Comissão é o objetivo de Jesus: fazer discípulos. Existe o discipulado inicial, necessário para o batismo, e o discipulado contínuo, que é necessário para o ensino. As pessoas devem ser batizadas quando atingirem a fase inicial do discipulado. Nessa altura, elas são discípulos; porém não completamente maduros. Por isso Jesus sugere que nós os batizemos - esses discípulos iniciais - e que continuemos ensinando-lhes num modelo contínuo de discipulado.
Tendo esse pensamento em mente passaremos a examinar as afirmações que Jesus mencionou como sendo necessárias para alguém se tornar discípulo. Ele trata com o discipulado inicial, necessário antes do batismo, em vez do discipulado contínuo, recebido depois do balismo.
A primeira passagem detalhando o que significa ser um discípulo, de Jesus encontra-se em Mateus 10:24, 25:
"O discípulo (mathetaí) não está acima de seu mestre, nem o servo, acima de seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?"
Essa passagem indica que aquele que se torna discípulo entra num relacionamento de aprendizagem com o Mestre. O discípulo tem disposição para aprender, requisito indispensável para quem deseja ser batizado como discípulo de Jesus. Essa passagem também sugere que quem se tornar discípulo de Jesus pode, esperar ser tratado como Ele o foi - incompreendido e perseguido. No início de sua conversão a Cristo, é difícil para as pessoas suportarem provas por causa da sua fé.
Porém, se o discípulo é capaz de suportar ataques, como sugere o texto, então ele deve ter alcançado um mínimo de maturidade de fé em Cristo. Portanto, parte do processo evangelístico de se fazer discípulos é ajudar o crente a desenvolver uma fé madura o suficiente para suportar perseguição ou ridículo. Isso foi especialmente verdadeiro no que se refere aos cristãos primitivos que, em muitos casos, perderam a vida logo após sua entrega a Cristo.
A segunda passagem principal sobre a compreensão de Jesus sobre o que é um discípulo encontra-se em Lucas 14:26, 27, 33:
"Se alguém vem a Mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser Meu discípulo. E qualquer que não tomar sua cruz e vier após Mim não pode ser Meu discípulo.... Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo."
Grandes multidões seguiam a Jesus (verso 25). Se Ele acreditava em conversões em massa a Seus ensinos, então deu uma resposta muito imprópria e desanimadora para as multidões com essa declaração. Há um custo em se seguir a Jesus. Ele não quer seguidores de meio coração - deseja indivíduos totalmente comprometidos. Os que decidirem se tornar Seus discípulos devem estar dispostos a abandonar tudo, incluindo o lar, a família, parentes, riquezas, e posição, para O seguirem. Para Ele, o pré-requisito para o discipulado sempre foi completa entrega e disposição de abrir mão de tudo para segui-Lo.
A religião que Cristo oferece quando Ele convida as pessoas a se tornarem discípulos não é de sossego e comodismo, mas de suportar a cruz. Isso não significa que o cristão vive mal - humorado e sem alegria. Significa que aquele que se tornou Seu discípulo encontra alegria em meio ao sofrimento e tribulações decorrentes de sua fidelidade a Cristo, considerando um privilégio poder sofrer com Ele. Cristo não promete comodismo e prazeres neste mundo, mas promete paz interior e felicidade. Para obter isso, o discípulo de Jesus resignadamente leva "Sua cruz".
Essa declaração de Jesus sobre o discipulado inicial enfatiza comprometimento mais do que "conhecimento intelectual". Discipulado envolve compromisso total e absoluto com Cristo mais do que simplesmente concordância com um conjunto de doutrinas. Isso não desconsidera a compreensão de doutrinas básicas, essencial para o batismo. Mas essa compreensão doutrinária deve ter o propósito de ajudar pessoas a se entregarem totalmente a Cristo. Ninguém se compromete com quem não conhece. A compreensão da doutrina no contexto dessa passagem deveria ajudar novos cristãos a conhecer Jesus, para que possam se sentir à vontade em fazer um compromisso radical e sem reservas com Ele.
A terceira passagem que trata do assunto de ser um discípulo de Jesus se encontra em João 8:31,32:

"Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós permanecerdes na Minha palavra, sois verdadeiramente Meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."
Nessa passagem, Jesus está falando com pessoas que já crêem nEle. Se Jesus fosse aceitar a compreensão de que apenas crer é ser discípulo, essas pessoas já teriam sido consideradas discípulos. Contudo, Ele declara que simplesmente crer nEle não é suficiente. Ser um discípulo significa continuamente se firmar em Seus ensinamentos. Isso sugere, que ser um discípulo envolve um processo mais demorado do que simplesmente a aproximação inicial a Cristo.
O resultado da contínua solidificação em Seus ensinamentos, Jesus prometeu, seria conhecer a verdade. Ele mesmo Se declara a verdade (João 14:6). Alguém que deve ser Seu discípulo, então, é uma pessoa que realmente O conhece como a , verdade máxima da vida. Para que isso aconteça, o iniciante deve receber os ensinamentos básicos sobre Jesus, antes do discipulado. Na verdade, uma Versão Amplificada sugere que um discípulo é alguém que se firma nos ensinamentos de Jesus e vive de acordo com eles; é alguém que é obediente ao que Jesus diz, ou seja, guarda os mandamentos. Obviamente, ele guarda os mandamentos motivado por seu amor a Jesus, e não por obrigação ou dever. Isso implica um sólido relacionamento com Jesus como base do discipulado, e a obediência aos Seus ensinamentos, como um fruto desse relacionamento. Se esse fruto externo não for visto, o discipulado não ocorreu.
A próxima passagem sobre discipulado é encontrada em João 13: 34:
"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros."
O amor deve ser o teste infalível e absoluto de discipulado. Você pode dizer se uma pessoa é um discípulo quando ela ama como Jesus o faz - incondicionalmente. Não quer dizer que esse amor seja absolutamente perfeito, mas o amor ágape de Jesus deve ser encontrado, pelo menos como embrião, na vida do discípulo. Mais uma vez, Jesus nos dá testes de discipulado. Se a Grande Comissão nos ordena fazer discípulos, então, produzir crentes a quem chamamos de cristãos, mas que não têm o amor de Cristo no coração é distorcer o Seu evangelho.
O sucesso fantástico da igreja primitiva não se devia tanto à sua metodologia correta, mas ao seu testemunho consistente em exemplificar as claras marcas do discipulado que Jesus modelou para os primeiros cristãos. É uma tragédia quando as "massas" são levadas à condição de membros, na igreja, sem as claras evidências de discipulado. Isso destrói o testemunho natural da igreja e enfraquece o cristianismo. As instruções de Jesus sobre fazer discípulos como o trabalho da igreja parece ser desenhado para prevenir o desenvolvimento de uma igreja que comprometeria seu testemunho. Ele está preocupado em alcançar as massas, mas quer alcançá-las com o "verdadeiro cristianismo", não com um Cristianismo artificial.
A última passagem em que Jesus se refere a fazer discípulos é João 15:8:
"Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos."
Ligação com Jesus pressupõe frutificar. É o resultado inevitável de tal união. Pelo fato de ser inevitável, se o fruto não aparecer, podemos saber que o discipulado ainda não ocorreu. Aqui está outro dos testes de Jesus, pelo qual a igreja pode medir se uma pessoa se tornou, ou não, um discípulo. Ela precisa produzir fruto. Que fruto é esse? Alguns podem sugerir que Jesus tem em mente os frutos do espírito citados pelo apóstolo Paulo no livro de Gálatas. Contudo, Jesus está falando antes de Paulo. Nesse capítulo, Ele Se refere a Si mesmo como a videira; e a Seus seguidores como os ramos. O trabalho dos ramos é produzir frutos por acusa da conexão com a videira. Senão, são cortados como ramos que não produzem.
Todo o contexto dessa passagem parece centralizar numa compreensão de missão. O cristão que não está reproduzindo, gerando outros discípulos, ainda não é um discípulo. Portanto, é impossível ser um seguidor de Jesus se não compartilhá-Lo. Discípulos não só devem compartilhar, mas devem também fazer discípulos, do contrário, não podem ser considerados discípulos. O discipulado proposto por Jesus é vitalício. Ele quer que produzamos muito fruto; não um converso casual, uma vez na vida e outra na morte.

Discipulado e evangelismo

Essa qualificação de discipulado tem fortes implicações nos procedimentos evangelísticos. Ela sugere que como parte do treinamento inicial das pessoas para o discipulado, elas são treinadas para ser ganhadoras de almas. Se ganhar pessoas para Jesus é uma parte tão inerente do discipulado, como pode o processo evangelístico deixar de lado esse treinamento? Senão as pessoas entram na igreja com seu próprio comprometimento a Cristo e então passam o resto da vida cristã servindo a si mesmas, e não aos outros. Implementar plenamente esse conceito significa que devemos colocar os novos conversos num programa de treinamento para que possam ser colocados em algum ministério de acordo com seus dons espirituais.
Colocar isso em prática na igreja local significa que as pessoas que se uniram à igreja descobriram seus dons e encontraram seu ministério no corpo da igreja. O problema do adventismo contemporâneo é que desenvolvemos uma igreja cheia de membros que não foram discipulados. Portanto, poucos estão envolvidos em algum tipo de ministério. Reeducá-los pode ser difícil. Talvez seja mais fácil começar com novos conversos, mudando o processo evangelístico, para que todos os que entrarem na igreja o façam com a compreensão de que devem encontrar seu ministério.
Inerente ao chamado para ser um discípulo de Jesus está o chamado para ser um cristão que produz frutos. Desse modo, Jesus está declarando que o discipulado cristão não pode existir, a não ser que a pessoa esteja envolvida em fazer discípulos. Isso está ligado com a própria Grande Comissão. Todo cristão deve crescer à maturidade do discipulado e então produzir outros discípulos. Todo discípulo deve ser um pai espiritual para outros discípulos que estão em fase de crescimento, e então deve ser um avô, e então um bisavô. “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como um missionário”. E.G. White, O desejado de Todas as Nações, pág. 195.
Desse modo a conversão é a mudança daqueles que não eram "um povo" para se tornarem o povo ministrador de Deus, o corpo de Cristo que é ativo, comprometido, e que serve aos outros.
Na verdade, poderia se dizer que conversão completa e total, no sentido bíblico, é um processo de três partes, que envolvem (1) conversão a Deus em Jesus Cristo; (2) conversão à igreja, o corpo de Cristo; e (3) conversão ao ministério no mundo por quem Cristo morreu. Isso sugeriria que em nossa metodologia evangelística e no preparo para se tornar membro da igreja, o novo discípulo deveria receber suficiente informação e ter desenvolvido suficiente experiência para que possa iniciar o processo de reprodução de discípulos. Esse processo precisa se tornar inerente ao chamado inicial para ser um cristão. Ninguém deve experimentar o chamado ao discipulado sem experimentar o chamado para fazer discípulos. Isso sugere um processo que leva à conversão em vez de uma rápida resposta para aceitar a Cristo e ser batizado.
Um exame das passagens que tratam de discipulado revelou o seguinte sobre a compreensão de Jesus a respeito do que significa ser um discípulo:
1. Um discípulo é alguém que está disposto a suportar perseguição e ridículo pelo nome de Cristo. Tal discípulo mantém atitude de aprendiz, facilitando o ensino.
2. Um discípulo é alguém que vive em completa submissão ao senhorio de Cristo, estando disposto a deixar tudo - bens, família, amigos - pela causa de Cristo.
3. Um discípulo é alguém que entende e guarda os ensinamentos básicos de Jesus.
4. Um discípulo é alguém que deu evidências que o amor ágape foi encontrado em sua vida por causa de sua ligação com Cristo.
5. Um discípulo é alguém que está produzindo frutos ao criar outros discípulos para Jesus.
Se os cinco pontos acima são o que Jesus queria dizer quando disse discípulo, então Sua ordem na Grande Comissão significaria que o método evangelístico empregado pelos discípulos produzirá pessoas que exemplifiquem esses cinco pontos em sua vida. Deve haver um sólido desenvolvimento de fé nas pessoas que são feitas discípulos. Tal desenvolvimento de fé não ocorre da noite para o dia. Requer um processo de tempo, que é a ideia sugerida pelo próprio uso do termo discípulo para descrever o que Jesus desejava que Sua igreja realizasse.
A ordem do Mestre para a igreja cristã está claramente descrita em Mateus 28:19. Essa ordem exige um processo de desenvolvimento de fé que traz a pessoa para onde possam claramente exemplificar os sinais de discipulado enumerados acima. Qualquer metodologia evangelística que falha em fazer isso é defeituosa.

A UNIDADE PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA

Efésios 4: 13
INTRODUÇÃO

A nossa unidade converge para o único Deus e Pai de todos, conforme 1ª Cor.8:6; 12:5,6). Todos aqueles que são trazidos de volta ao Pai por meio de Jesus Cristo, são feitos seus filhos e também á sua imagem. Isso compreende dizer que todos os cristãos pertencem a uma mesma família e partilham da convicção de que Deus é o seu Pai, e por isso, cf. Ef.4:6 é “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos”.

A convicção que temos de que Deus é nosso Pai é o factor fundamental de união que nos une de forma mais intimado que qualquer outro laço humano.

Já afirmava BARCLAY : “Os cristãos crêem que vivem num mundo criado por Deus, controlado por Deus, sustentado por Deus e preenchido por Deus”; e nós vamos mais além: Que Deus habita em nós e opera o Seu propósito por nosso intermédio".

A profunda, ampla e verdadeira unidade só pode se encontrada na comunhão daqueles que partilham da mesma fé e experiência. A Igreja do Senhor Jesus possui uma fé tão gloriosa que as divisões que surgem são uma verdadeira tolice e que só vem para enfraquecer o testemunho da igreja.

Deus tem nos dado uma grande herança que é a fé, e por isso somos responsáveis por guardar a unidade do Espírito porque temos essa herança. Observemos que a variedade dos dons é infinda para todos que são membros do corpo e que depende um dos outros. CALVINO afirma: “nenhum membro do Corpo de Cristo recebe tal perfeição que o torne apto a suprir suas próprias necessidades, sem assistência dos outros”.

Cada um de nós tem dons diferentes para serem usados em benefícios de todos. Cada um de nós tem uma chamada especial para o serviço de Deus. Essa distribuição feita por Deus nada mais é que para não haver lugar para nos vangloriarmos. Nenhum de nós, que fazemos parte do Corpo de Cristo, pode dizer que não tem uma tarefa espiritual a cumprir e que para o cumprimento dessa tarefa Deus tem nos dado o respectivo Dom para executá-lo.

O Senhor oferta abundantemente “à proporção do Dom” (Ef.4:7; 1ªCor.12:4; Rm.12:3-8). O Dom foi nos dado como promessa quando da Sua ascensão, conf. Jo.14:12-14 “12. Cristo é o Grande Conquistador, Sl.68:18, recebe dons e presentes que pode ofertar aos que neles crêem. Este salmo encontra uma aplicação em Cristo, que conquistou Seus inimigos retornou triunfalmente ao trono do Seu Pai, desta vez para conceder bênçãos a Seu povo. De facto, seus antigos inimigos, que Ele conduz em triunfo (2ª Cor. 2:14 “E graças a Deus que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento”.) entre os quais o próprio Paulo se inclui, são seus dons à igreja.
Saibamos então que o Dom que Deus tem nos dado é para uso e benefício da Sua igreja e não para enriquecimento pessoal.

Os ministérios na igreja tem como principal objectivo o aperfeiçoamento dos santos (Hb.11:3); aperfeiçoar no sentido de restaurar a saúde espiritual de alguém que caiu ou que está debilitado (Gl.6:1). A ideia seria no sentido de levar cada um a tornar-se apto para o desempenho de suas funções no corpo. O que é feito para os santos e pelos santos é para edificação do corpo de Cristo.

O QUE DEVE OCORRER NA VIDA DA IGREJA:

1)UNIDADE DA FÉ

- A fé deve ser participada – v.5 “Um só Senhor, uma só fé, um só baptismo”.
- Pessoas diferente, mas que chegam a uma mesma compreensão;
- A compreensão deve ser crescente, progressiva;
- O objectivo disso tudo é justamente a unidade;
- A unidade em Cristo consiste em nós termos o mesmo sentimento cristão: amor, fé, fraternidade, busca de Deus, evangelização, etc;
- Uma das provas que a igreja está unida pelo amor de Jesus é quando ela evangeliza –cf.Jo.13:35. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. O mundo vai reconhecer que realmente temos Deus connosco e fazemos o que Ele manda.

2) UNIDADE NO PLENO CONHECIMENTO DO FILHO DE DEUS

- Jamais conseguiremos conhecer alguém só pela mente- conf. Ef. 1:17;
- Temos que conhecer alguém pela comunhão que temos com ela;
- Este alguém é :JESUS CRISTO(cf.Rm.1:4;Gl.2:20; 1ª Ts.1:10);
- É ter certeza de vida eterna – Cl. 1:10;
- Conhecer a vontade do Senhor;
- Entender quando algo em nossa vida é da vontade de Deus;
- Ter sabedoria – transbordar no conhecimento de Deus – Fp.1:9-10.

3) DESENVOLVER À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO

- As expressões aqui falam de maturidade;
- A palavra perfeita (teleios), conota = desenvolvimento (1ª Cor.2:6; 14:20; Hb.5:14);
- A maturidade envolve a unidade(Ef. 2:15);
- O Padrão do Cristão é a plenitude de Cristo, cf.Ef.1:23;
- Cristo quer nos comunicar e nos dar os seus dons para que a posse da bênção divina em nossa vida seja completa;
- O cristão deve marchar para frente nesta “santa” ambição;
- Pelo Espírito Santo nos tornamos participantes da natureza divina João. 1:16. Mas só nos tornamos participantes da natureza divina se o Espírito Santo habitar em nós, se formos templos do Espírito Santo–
- Nós somos o complemento de Cristo, que é o cabeça - somos corpo - salvos e remidos, portanto estamos dentro da plenitude d´Ele, cf. Ef. 1:22-23.

CONCLUSÃO

Todo o crescimento, como a própria actividade de cada um dos membros, estão sob a Sua direcção (DE CRISTO). Os membros só podem ser saudáveis e fortes quando cada um é obediente ao controlo de Cristo.

É só de Cristo que o corpo recebe toda a capacidade de desenvolver a sua actividade e crescer, recebendo assim uma única direcção para funcionar de forma ordenada (conf. Col. 2:19, “E não ligado a cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus” Ef.2:21 “No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para o templo santo no Senhor”. – quer dizer que temos que estar juntos, amarrados, entrelaçados, ligados, como forma de reconciliar aqueles que estão brigados. Orientados pelo Cabeça, CRISTO, é possível a unidade funcionar. O corpo para crescer depende de actividade, isto é, da direcção do Senhor, da Sua provisão para tudo que necessitamos (v.11 e 12) e também de um bom relacionamento.

A palavra junta, no original, tem o sentido de “toque”, “contacto” . Então, junta (toque), direcção do Senhor, é o que nós precisamos para crescer em FÉ, NO PLENO CONHECIMENTO DO FILHO DE DEUS e NA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.

A actuação do Espírito Santo de Deus no corpo torna possível o funcionamento por igual em todo o corpo. Ninguém fica pensando só em si, mas em todo o corpo. A edificação da igreja não depende do seu crescimento numérico, mas do seu crescimento espiritual.

Este crescimento acontece em amor(cf. Ef.1:4;3:17; 4:2; 5:2), pois o amor é o factor determinante para edificação de todos.

Se há comunhão, há demonstração de amor e consequentemente o aumento numérico virá naturalmente.

Que Deus pois nos abençoe em o nome do SENHOR JESUS CRISTO! AMÉM!

A TENTAÇÃO DO GANHO FÁCIL


TEXTO: II Reis 5:20-27
INTRODUÇÃO:
Como crentes em Jesus temos que conviver com tentações. Tentações são desejos, inclinações da nossa carne, que procedem de nossa natureza humana pecadora, que tentam nos levar a desobedecer as ordens do Criador. Neste texto Deus nos alerta para uma das perigosas tentações a que estamos expostos.
Geazí, o servo do profeta Eliseu, acreditou que poderia facilmente lucrar, desde que corresse até Naamã, o general Sírio que acabara de ser miraculosamente curado da lepra. Munido de uma boa e comovente história, pensando estar longe da vigilância do profeta, o servo Geazi partir a encontrar a comitiva síria a caminho de volta para Damasco. Ele não tencionava obter toda a prata, ouro e vestidos que o general trouxera na intenção de presentear o profeta; somente um pouco de prata e duas vestes.
A consequência terrível que esta atitude de Geazi trouxe para si nos serve de alerta contra esta tentação a que estamos sujeitos: a tentação do ganho fácil. Cuidemos para não cometer os seguintes equívocos:
1º) Pensar que “ter” é o mais importante (v. 20)
Frequentemente estamos sujeitos a pensar como Geazi, que o mais importante é termos a prata e as vestes, do que sermos “irrepreensíveis e sinceros”(Fp 2:15). O Senhor Jesus lidou com esta tentação quando o Diabo o levou ao alto de um monte e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.” (Mt 4:8 e 9). A resposta de Jesus foi que somente a Deus devemos adorar e só a Ele servir. Não importa o prejuízo financeiro ou material que isto traga, primeiro devemos buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça! (Mt 6:33).
O servo Geazi não seguiu o exemplo de seu senhor. Corrompeu-se por causa de um pouco de prata e algumas roupas novas. Que tristeza quando um servo de Jesus abandona seu posto, sua Igreja, seu compromisso com a Obra de Deus e parte para conquistar coisas de tão menor importância, sem a bênção de Deus.
Como Geazi, muitos nem se apercebem que estão incorrendo numa falta gravíssima quando ao pecar, comprometem o nome do Senhor!
2º) Comprometendo o nome do Senhor (v. 26)
Ao voltar de sua abordagem a Naamã, Geazi deparou-se com seu senhor. Este lhe perguntou de pronto: “Porventura não foi contigo o meu coração...? Era isto ocasião para receberes prata e roupa...?” Geazi usara o nome de seu senhor para ludibriar a Naamã. De igual modo o crente tem um Senhor, Jesus Cristo e, toda vez que cai em tentação, está comprometendo o nome do seu Senhor! Por isso Jesus disse: “Ai do homem por quem o escândalo vier...” (Mt 18:7).
É assim que surgem os maus testemunhos, os escândalos. Ao invés de o Nome do Senhor ser glorificado, quando se cai na tentação do ganho fácil, o Nome do Senhor acaba por ser blasfemado! A mentira, o ludíbrio, o “jeitinho”, a desonestidade e todo ganho que podem oferecer trazem um prejuízo inestimável à pregação do Evangelho. Quanta lástima quando um filho de Deus decide utilizar os recursos característicos dos filhos do Diabo! (Jo 8:44).
O servo Geazi caiu na tentação do ganho fácil e não mediu as consequências de haver utilizado indevidamente o nome do seu senhor. Não pensara que seu erro traria sérias consequências para sua vida.
3º) As terríveis consequências do cair na tentação do ganho fácil (v. 27)
Geazi herdou a lepra de Naamã. O texto bíblico afirma que ele ficou “branco como a neve”. Pior, afirma que sua descendência, sua família, também foi afectada pelo seu pecado. Este é o resultado de se abandonar os preceitos de Deus, agindo como um “filho de belial”. O apóstolo Paulo escreveu sobre o “amor ao dinheiro” e afirmou que ele é “a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se trespassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6:10).
O livro de Eclesiastes também alerta para os malefícios causados pelo “amor às riquezas”, afirmando que a pessoa que sofre deste mal nunca se fartará e, além de outros desconfortos, será desprovido do “sono do trabalhador” (Ec 5:10-12). São grandes os prejuízos para o crente que se deixa levar por esta tentação. Me chama a atenção este do verso 12 de Eclesiastes, onde afirma que “a saciedade do rico não o deixa dormir”.
CONCLUSÃO:
Cuide-se! Você, certamente, tem sido tentado à semelhança de Geazí. Resista, caso contrário, cairá (I Co 10:12). Deus mesmo está pronto a lhe dar forças para auxiliá-lo a resistir. Reconheça que não vale a pena alcançar qualquer valor sem a aprovação do Senhor das nossas vidas. Resista como Jesus resistiu: recuse-se a aceitar qualquer coisa que seja empecilho para sua vida de adoração a Deus.
APELO:
Neste instante vamos orar. Se você tem incorrido no mesmo erro de Geazi, hoje é tempo de retroceder. Deus quer resgatá-lo. Reconheça seu pecado e busque o perdão de Deus agora mesmo. Não queira colher as consequências de uma vida longe da presença do Senhor.

Três Anjos na Órbita do Planeta Terra

“Não vou me unir a uma igreja até que encontre uma que seja perfeita”, disse uma senhora a Charles Spurgeon. O grande pregador respondeu: “Não una-se à igreja perfeita quando encontrar, porque quando você o fizer, ela não será mais perfeita”.

Todos os dias encontro pessoas que criticam a igreja. Elas vêem tantos hipócritas na igreja! Censurar a igreja tornou-se moda.

Jesus ama Sua igreja! O livro de Apocalipse O retrata caminhando por entre os sete castiçais. O que são os castiçais de ouro?

“Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita, e os sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.” (Apocalipse 1:20)

Mais do que ninguém, Jesus conhece as fraquezas e falhas dos membros da igreja, ainda assim, Ele continua a caminhar entre os castiçais. Se Ele não sente repulsa, porque nós deveríamos sentir?

Apocalipse 14 prevê um movimento dos últimos dias cujas características são precisamente identificadas. Isto é descrito numa figura de três anjos voando, cada um com uma mensagem especial para dar aos habitante de nossos planeta. Eis a descrição do primeiro anjo:

“Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo.” (Apocalipse 14:6)

Este anjo prega o Evangelho Eterno. A palavra “eterno” o distingue dos demais evangelhos. Isso nos leva a uma questão interessante. Quantos evangelhos existem?

No original da língua grega, a palavra para evangelho é Evangelion, que significa, simplesmente, boas novas. É desta palavra que temos o termo evangelista.

O evangelho eterno é diferente de qualquer outro. Evidentemente existe uma outra mensagem, que não é igual à qual nos referimos aqui. Parece com um evangelho, soa como um evangelho, e atualmente proclama ser a única mensagem verdadeira para o mundo de hoje. Mascara-se como o genuíno evangelho. Ela alega ser o caminho para a salvação.

O apóstolo Paulo descreve este falso evangelho no livro de Gálatas.

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamoua na graça de Cristo, para outro evangelho; o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1:6-10)

Geralmente as pessoas que agradam as outras são bem sucedidas na vida. Pregadores tentam atenuar a verdade para agradar pessoas ricas e influentes. Eles suprimem a convicção temendo perder dinheiro e posição. Não usam uma espada de dois gumes porque a espada fere. Pequenos sermões geram pequenos cristãos. Conta-se a história de um vigário que se preocupava em agradar e adicionou suas próprias palavras à leitura da Bíblia, da seguinte maneira:

“Se não vos arrependeres (de como eram antes) e vos converteres (de certo modo) estareis perdidos (até certo ponto).”

Há alguns anos um ministro popular pregava em Washington, D. C. De acordo com a história, o presidente dos Estados Unidos foi ouvir seu sermão floreado. Alguém perguntou o que o presidente tinha achado da mensagem que ouvira. Ele respondeu:

“Não gostei. Quero ouvir um homem pregar de tal forma que fará com que um indivíduo se levante no fundo da igreja e pense que o diabo está atrás dele.”

Paulo amaldiçoa aqueles que pregam este evangelho falso. O termo que ele usa, maldito, é uma linguagem forte. Não parece muito tolerante quanto às opiniões de outras pessoas. Esta é uma característica da verdade da Bíblia. A mensagem de Deus vai direto ao ponto.

“Maldito aquele que fizer o cego errar o caminho.” (Deuteronômio 27:18)

O evangelho eterno não é uma inovação! É a mesma verdade que tem sido sustentada através dos séculos. Não é uma nova luz. Nada novo é verdadeiro e nada verdadeiro é novo.

Este evangelho eterno é pregado a toda nação, tribo, língua e povo. Tenho visto esta mensagem fazer seu trabalho em diversas partes do mundo! Existem muitos grupos com uma nova e estranha teologia. Elas não se encaixam na descrição de Apocalipse 14 onde vemos um movimento mundial poderoso e invencível que envolve o mundo.

“Dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” (Apocalipse 14:7)

“Temei a Deus”, diz o anjo. Não “temei aos homens”.

“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Eclesiastes 12:13)

Nossa geração tem a tendência de seguir a multidão. Temos medo de ser diferentes. Muitas pessoas prefeririam levar um tiro a ter alguém rindo delas. Mas Deus está chamando um povo que não terá medo da opinião humana. Sua única preocupação será agradar a Deus.

O anjo anuncia que “é chegada a hora do julgamento”. Não são muitos os pregadores que crêem isso. Tornou-se impopular afirmar que o julgamento de Deus já começou. E é ainda mais impopular defender a idéia de que Deus escolheu um tempo exacto para o início do julgamento.

“Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:31)

A razão pela qual muitas pessoas ficam confusas sobre este assunto é que elas presumem que o julgamento de Deus está limitado à Segunda Vinda de Cristo. Elas nunca entenderam as várias fases do julgamento:

1. Investigação. (Daniel 7:9-14, 8:14)
2. Segunda Vinda – Separação entre as ovelhas e os bodes. (Mateus 25:32,33)
3. O julgamento durante o milênio. (Apocalipse 20:4; 1 Coríntios 6:2,3)
4. Execução final após os 1000 anos. (Apocalipse 20:12-15)

“... e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Esta linguagem parece muito familiar àqueles que têm lido os dez mandamentos. O quarto mandamento diz:

“Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há...” (Êxodo 20:11)

Os intelectuais de nosso tempo ficaram tão obcecados com a tarefa de especular a idade das rochas, que perderam de vista a Rocha Eterna. A mensagem deste anjo redireciona a atenção das massas à marca da criação de Deus! O selo de Deus pede que as pessoas adorem ao Criador do universo.

“Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações o vinho da fúria da sua prostituição.” (Apocalipse 14:8)

O segundo anjo declara a queda da Babilônia espiritual. As duas cidades predominantes no livro do Apocalipse são a Babilônia e Jerusalém. A cidade de Babilônia foi destruída 600 anos antes de Cristo. Esta profecia não poderia estar falando sobre a velha cidade. A Babilônia mística aqui refere-se à Babilônia espiritual. As duas cidades representam a igreja verdadeira e a falsa. Mostram o contraste entre o evangelho eterno e o falso evangelho.

Babilônia significa confusão. A antiga cidade originou-se com a torre que as pessoas tentaram construir na terra de Sinar depois do Dilúvio. Foi lá que Deus desceu e confundiu as línguas. Este é um símbolo perfeito para igreja mundiais e populares, com suas centenas de seitas diferentes e doutrinas contraditórias!

Babilônia é descrita como uma mulher, a mãe das prostitutas, segurando uma taça de ouro em sua mão. (Apocalipse 17:4,5) Em 1825, numa celebração de jubileu, o Papa Leão XII confeccionou uma medalha. De um lado havia sua imagem. Do outro a igreja aparecia representada através de uma mulher com uma cruz na mão esquerda, e uma taça na mão direita, e as palavras Sedet Super Universum – O mundo é seu trono.

Babilônia tem muitas filhas. As filhas de Babilônia seguem muitos dos costumes religiosos que sua igreja mãe segue. Aceitaram suas tradições, embora sejam contrárias às Escrituras.

Multidões bebem do vinho das falsas doutrinas. Elas não podem ver os pontos claros da Bíblia, porque estão espiritualmente entorpecidas. Rejeitam a doutrina fundamental da reforma que afirmava que a Bíblia é a única fonte da doutrina. O princípio era conhecido como Sola Escritura. É impossível argumentar com uma pessoa entorpecida. Não importa quão correta esteja a verdade apresentada, ela simplesmente não a entende.

Em todo o mundo as pessoas estão descobrindo a verdade do evangelho eterno e deixando a confusão da Babilônia. Isso é exatamente o que a Bíblia nos ordena. Deus quer que “Procuremos nas Escrituras”, que estudemos Sua Palavra. A Bíblia diz:

“Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15)

Deus tem pessoas fiéis em todas as igrejas. Ele tem uma mensagem para estas pessoas. Apocalipse 18 fala sobre outro anjo anunciando a queda de Babilônia.

“Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória. Então exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável, pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria. Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices dos seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos.” (Apocalipse 18:1-4)

A falsa doutrina é comparada ao vinho pois é agradável, tentador, surpreendendo as pessoas desavisadas. Muitos cristãos estão satisfeitos, sentindo que não precisam de alarde. Eles acham que se aceitaram a Cristo uma vez, seu trabalho está feito. A Bíblia soa o alarme. A ordem urgente de Deus é “retirai-vos dela, povo meu”.

“Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem, e recebe a sua marca na fronte, ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira...” (Apocalipse 14:9,10)

O inimigo está trabalhando todo o tempo para esconder a verdade sobre este assunto. Ele quer que você acredite que a besta é um grande computador. Ele quer que você pense que a marca da besta é uma tatuagem literal, e que se você vir um pouco de tinta sobre sua mão você está salvo. Ele fará de tudo para desviar sua atenção das questões reais. Estas questões reais são a lealdade ao Criador, o que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes de águas.

As questões em jogo são questões de adoração. Você pode escolher entre adorar ao Criador ou adorar a besta e sua imagem. A imagem da besta é algo que imita a besta. As filhas de Babilônia imitam seus passos, crendo nas mesmas doutrinas.

O Monsenhor Louis Seguir, em seu livro, Plain Talk about Protestantism Today (Uma Conversa Franca sobre o Protestantismo Hoje), na pág.213, diz:

“A observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, não a si mesmos, mas à autoridade da igreja (católica).”

Deus tem um sinal para o Seu povo. Ele está claramente identificado nas Escrituras.

“Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica.” (Ezequiel 20:12)

“Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus”. (Ezequiel 20:20)

Todos se defrontam com a escolha entre a marca da besta e o sinal de Deus. No final, esta escolha será entre a ira do homem e a ira de Deus.

O mundo cristão está procurado por um indivíduo que seja o Anticristo, e que colocará uma marca literal sobre a pele, e não percebem que “o mistério da iniqüidade já opera” (2 Tessalonicenses 2:7).

Joe trabalhou na mesma fábrica por vários anos. Eram produzidos tantos rádios e toca-fitas ali que os trabalhadores sofriam uma constante tentação para pegarem algo para si. Era preciso fazer uma checagem cuidadosa antes que os empregados deixassem a fábrica.

Toda noite Joe esperava para ser revistado no portão, com um carrinho de mão cheio de chips e placas Styrofoam, e embalagens que ele tinha separado das caixas nas quais a fábrica recebia as peças. E todos os dias, os guardas revistavam as embalagens e não encontravam nada. Eles tinham certeza de que ele tinha algo escondido em seu carrinho de mão, mas só encontravam coisas inúteis. Assim, a cada dia ele conseguia passar. Só depois de ter roubado centenas de carrinhos de mão, alguém entendeu seu esquema. Era difícil pegá-lo porque ele fazia as coisas abertamente.

Será que enquanto você se preocupa com chips e placas de som alguém não está roubando seu carrinho de mão? Um subterfúgio misterioso está agindo para tirar sua atenção das questões importantes da Palavra de Deus, fazendo você se concentrar em outras coisas. Mas Deus está chamando um povo para voltar à Bíblia, voltar ao evangelho eterno original. Deus diz a ele: “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados!”

Cada dia de cada semana, quase duas mil pessoas sinceras estão deixando a confusão doutrinária de suas igrejas e unindo-se à igreja remanescente de Apocalipse 12. Por todo o mundo dedicados missionários estão pregando este evangelho eterno “a toda nação, e tribo, e língua e povo.” Este “grito” está se espalhando conforme atinge os cantos distantes do mundo. Ele está sendo proclamado com poder.

Jovens têm colocado suas vidas no altar do sacrifício para que possam proclamar esta mensagem de forma efetiva. As páginas da história deste movimento falam do preço que tem sido pago.

Li a história de uma família do tempo das carroças. Eles viviam numa fazenda. Tinham apenas uma filha; ela era tudo para aquele casal. Deram a melhor educação que podiam a ela, mesmo quando os tempos eram difíceis. Ela foi para a faculdade, enquanto seus pais viviam uma vida de moderação. Como eles ansiavam o dia em que Helen se formaria!

Chegou o dia de sua formatura. E então ela anunciou que tinha aceito um chamado para ser missionária na distante África. A administração das missões deu-lhe um mês para ficar em casa com seus pais antes de partir.

Aquele mês passou tão rápido. Logo tinha acabado. A manhã de sua partida chegou. “Vá e atrele a velha Nell à carroça”, disse a mãe para o pai, enquanto Helen e eu terminamos de arrumar as coisas.”

O pai estava demorando demais. “Talvez você devesse ir ver porque ele está demorando tanto”, a mãe disse à Helen.

Quando Helen foi até o quintal viu a égua e a carroça prontas para a viagem até a estação de trem. Mas, onde estava seu pai? Olhando atrás da carroça, ela o viu sentado sobre um balde, com seu rosto coberto pelas mãos. Ele chorava amargamente. Ela nunca tinha visto seu pai chorar. “O que foi, pai?”, ela perguntou.

“Você não entende, Helen,” ele disse. “Quantas vezes eu preparei a velha Nell nesta mesma carroça para levar nossa colheita ao mercado para manter você na faculdade! Lembro-me de uma vez em que simplesmente não havia dinheiro o suficiente, e eu amarrei nossa melhor vaca à carroça, e a vendi para que você pudesse continuar sua educação. Agora, usar esta mesma égua e carroça para levar minha única filha embora, e talvez nunca mais vê-la, é difícil demais!”

“Você está certo, pai!”, disse Helen. “Foi uma falha minha não pensar nisso. Você e mamãe precisam de mim em casa. Vamos ligar para a administração da missão e dizer a eles que mudei de idéia”.

Seu pai se levantou, enxugou as lágrimas de seus olhos, e disse: “Helen, chame sua mãe, e diga a ela para se apressar. Não podemos nos atrasar para pegar o trem.”

Isto não é uma cena isolada. Incidentes como esse têm se repetido através dos anos quando famílias se separam para que a mensagem dos três anjos seja ouvida em todo o mundo.

Recebemos nosso chamado para a missão em 1958. Não tínhamos vontade de ir para o Brasil. Não fazíamos idéia de como seria o país. Imaginávamos uma terra primitiva onde as pessoas viviam em cabanas de palha, e os nativos corriam semi-nus pela selva batendo seus tambores. Não sabíamos que iríamos pregar para pessoas graduadas, que viviam em cidades ultra modernas.

Como Helen, recebemos um mês para visitar nossos queridos antes de navegar até a América do Sul. Estávamos indo para um período de cinco anos. A viagem pelo oceano levaria três semanas, e não receberíamos visitas em casa durante aqueles cinco anos, e nem mesmo telefonemas.

Vizinha à casa onde cresci, e onde meus pais ainda moravam, era a casa de meu tio e minha tia favoritos. Meu tio era um evangelista que me inspirou a me tornar um ministro do Evangelho. Quando eu era garoto, esperava ansiosamente sua volta de suas viagens evangelísticas. Ele sempre voltava com experiências emocionantes, e meu coração juvenil vibrava com seus relatos dos milagres de corações transformados.

Em minha opinião, não havia ninguém como sua esposa, minha Tia Suzie. Desde que eu era bem pequeno, ela sempre me entendeu. Agora, ambos estavam ficando velhos. Havia a forte possibilidade de que aquela fosse a última vez que os visse. Tive medo de dizer adeus.

Na manhã de minha partida, passei por uma despedida antecipada, certo de que aquilo seria uma provação. Nunca esquecerei as últimas palavras que ouvi deles! “Vá e pregue o evangelho de todo o coração”, disse Tia Suzie. “E não se esqueça que estarei orando por você.”

Os dois vieram até o portão, e com lenços nas mãos, acenaram enquanto descíamos a pequena estrada. Antes de fazer a curva em que os perderia de vista, olhei para trás. Eles ainda estavam acenando.

Dirigimos um pequeno trecho, e percebemos que tínhamos esquecido algo muito importante em casa. Voltamos. E quando chegamos à rua de nossa casa, eles estavam lá, acenando no portão!

Antes de deixar a baía de Nova York, decidi fazer o último telefonema para casa. “Estou tão feliz porque você ligou”, disse minha mãe. “Tia Suzie faleceu na noite passada”. As últimas palavras que a ouvi dizer foram: “Vá e pregue o evangelho de todo coração, e não se esqueça que estarei orando por você.”

Três anjos estão voando ao redor da terra com a mensagem do Evangelho eterno. Deus está chamando homens e mulheres, jovens, meninos e meninas, para dedicarem sua vida a Ele, darem as costas à Babilônia, e unirem-se na proclamação da última mensagem para este planeta. Deus chama você para ser parte deste grande movimento do advento. Qual será sua resposta?
Autor desconhecido

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Privilégio da Confissão

Porém, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; e sabeis que o vosso pecado vos há-de achar. Núm. 32:23.

Um jovem entrou apressadamente no posto da polícia. Alguém invadira a sua casa e fugiu com vários objetos de valor. De longe, ele ainda pôde ver o ladrão, e exigiu que a polícia fizesse algo. O polícia de serviço mostrou-lhe um álbum de suspeitos de assaltos e tentava ajudar a examinar aquelas páginas cheias de fotos.

De repente, o oficial disse: “Espere um pouco!”, e examinou cuidadosamente uma das fotografias. Olhou para o rosto do homem e para a fotografia. “Este aqui é você!”, exclamou o oficial. “E há um mandato de busca e prisão contra você!” O exaltado homem que fora à polícia a exigir justiça era um criminoso procurado, que acabou por ser reconhecido.

Muitos criminosos não conseguem esconder-se para sempre. Mais cedo ou mais tarde são capturados. É muito raro alguém cometer crimes repetidas vezes e não ser capturado. Com Deus, isso não é apenas raro; é impossível. O apóstolo Paulo fala a verdade quando declara categoricamente: “E não há criatura que não seja manifesta na Sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos d´Aquele a quem temos de prestar contas.” Heb. 4:13.

À luz da omnisciente presença de Deus, todos os pecados são expostos. Não conseguimos ocultá-los. Uma vez que Deus já conhece os pecados escondidos, pede que os confessemos abertamente agora, para que sejam cobertos no dia do julgamento. David orou: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” Sal. 32:1.

A escolha é clara. Ou escondemos pecados agora, só para os ter expostos diante do Universo, para nossa condenação, no dia do juízo, ou os confessamos, para que Jesus os cubra com o Seu perdão. Um Deus amoroso, com o coração cheio de misericórdia, convida a levar-Lhe o nosso fardo de culpa, a fim de sermos aliviados.

Pr. Mark Finley, Sobre a Rocha.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

AS DEZ VIRGENS

Você já foi apanhado pela surpresa e ficou arrependido por não estar preparado? Como se sentiu? Com remorso? Com arrependimento? Com raiva?
Jesus, o Mestre dos mestres tirava lições maravilhosas de acontecimentos comuns do dia-a-dia. Ele amava a natureza. E muitas das lições que passou aos Seus discípulos foram tiradas de suas longas caminhadas.
E um dos métodos que Jesus usava para ilustrar, era por meio de parábolas. Jesus ligava a verdade divina aos acontecimentos do dia-a-dia de pessoas comuns.
A parábola das Dez Virgens está relatada em Mateus 25 nos versos 1 ao 13.
Jesus e Seus discípulos estavam assentados no Monte das Oliveiras. O Sol estava se escondendo, e as sombras da noite cresciam sobre a Terra. Do alto do monte dava para ver que haveria uma festa de casamento.
Ainda hoje, em muitas regiões do Oriente a festa de casamento é realizada à noite.
E naquela noite a luz espalhava-se pelas janelas e aberturas da casa, e um grupo que estava à espera indicava que o cortejo nupcial estava prestes a acontecer.
Quando Jesus, sentado, contemplava o grupo que aguardava o esposo, contou aos discípulos a história das dez virgens, ilustrando pela experiência delas, o que a igreja viveria justamente antes da Sua segunda vinda.
E a parábola começa quando o noivo partiu ao encontro da noiva. E pela claridade das tochas dava para se ver que um banquete era oferecido a todos os convidados.
Do lado de fora da casa da noiva, dez virgens trajadas de branco esperavam a chegada do esposo para o acompanharem desde a casa da noiva até a casa do noivo. Elas seguravam uma lâmpada, que era uma espécie de tocha que consistia em uma longa vara, na extremidade superior da qual era inserido um vaso com azeite, contendo um pavio.
Houve uma demora e as dez virgens adormeceram. À meia-noite ouviu-se um clamor: “Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” As virgens acordaram assustadas e levantaram-se. O cortejo aproxima-se resplandecente de tochas e com muita música. Ouvem-se as vozes do esposo e da esposa.
As dez virgens tomam as suas lâmpadas e começam a acendê-las, com pressa para partir. Acontece que cinco dessas virgens tinham deixando de encher o vaso que era o recipiente onde se colocava o azeite. Elas não previram que o cortejo ia atrasar-se, e não se prepararam para uma emergência.
Ficaram muito aflitas e correram para as outras cinco que eram prudentes e disseram: “Dá-nos do vosso azeite, porque nossas lâmpadas se apagaram”. Mas as outras cinco, cujas lâmpadas, estavam acesas, tinham seus frascos vazios, pois haviam usado o azeite em suas próprias lâmpadas.
Não tinham azeite de sobra e responderam: “Não seja caso de que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.” Enquanto foram comprar, o cortejo se foi e as deixou.
As cinco virgens, com as lâmpadas acesas, se uniram à multidão, entraram na casa com o cortejo nupcial e a porta foi fechada. Quando as virgens imprudentes chegaram ao vestíbulo da casa do banquete foram convidadas a se retirarem.
O anfitrião declarou: “Não vos conheço.” E foram abandonadas ao relento na rua solitária, nas trevas da noite.
O que Jesus quis ensinar com a parábola das dez virgens? O que ela representa para nós?
Os dois grupos de virgens representam as duas classes de pessoas que professam esperar a volta do Senhor Jesus. São chamadas de virgens porque professam a fé pura. As lâmpadas representam a Palavra de Deus, a Bíblia.
O salmista diz: “Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para o meu caminho.” Salmo 119:105.
O óleo é o símbolo do Espírito Santo. Sem o Espírito de Deus, nada vale o conhecimento da Palavra.
A teoria da verdade não acompanhada do Espírito Santo, não pode santificar o coração.
A segunda vinda de Cristo certamente não tardará. Jesus prometeu e a Sua promessa é certa. Na parábola a vinda do esposo foi à meia-noite, a hora mais escura. Assim a vinda do Senhor Jesus será no período mais escuro da história deste mundo.
Apontando para o tempo da segunda vinda, a Bíblia declara que Satanás trabalhará com todo poder, “e realizará sinais e prodígios de mentira, com todo engano e injustiça.” II Tessalonicenses 2: 9 e 10.
As dez virgens estão à espera na noite da história deste mundo perverso e contaminado pelo pecado. Todas as virgens dizem ser cristãs. Todas têm vocação, todas têm nome, todas estudam a Bíblia, todas pensam estar a fazer o que Deus quer. Todas aguardam aparentemente a volta de Jesus a esta Terra.
Cinco porém, estão desprevenidas, despreparadas. Cruelmente desprevenidas. Cinco serão surpreendidas, aterrorizadas. Cinco serão encontradas fora do recinto do banquete.
No dia final, muitos hão-de dizer: Por que estamos do lado de fora? Nós sempre fizemos o que Deus queria? Nós não profetizamos em Teu nome? E em Teu nome não expulsamos nos demónios? E em Teu nome não fizemos maravilhas?
Porém a resposta será: “Não sei de onde sois vós; apartai-vos de mim.” Mateus 7:23
Nós devemos estar preparados para a Volta de Jesus. Como? O que devo fazer para não ser uma pessoa imprudente?
O segredo da preparação está na devoção diária com Jesus. É impossível que uma pessoa que professe e viva uma fé sem mácula não faça parte do banquete que Jesus está preparando para Seus filhos.
O que Jesus quer de nós é a verdadeira entrega. É dar o coração, é deixar que o Espírito de Deus dirija a vida. É estudar a Palavra de Deus. É conversar com Deus e pedir a Ele orientação do caminho a seguir. É pedir que o Espírito Santo deixe a nossa lâmpada iluminada e também pedir a Ele reservas, para não sermos pegos de surpresa.
Jesus em breve virá – Prepare-se.

ADORAÇÃO AO DEUS ETERNO

O que é adorar a Deus? O que representa Deus para sua vida? Por que devemos adorá-Lo? Será que Deus é digno de glória?

No princípio da vida na terra Adão o pai da humanidade, e Eva, sua esposa, a matriarca terrestre, adoravam ao Deus Eterno no jardim do Éden.
Apesar da queda do homem, pelo pecado que penetrou os portais da vida na terra, e os primeiros pais expulsos do paraíso, eles não deixaram de prestar o louvor devido a Deus.

Depois da queda do homem, para o perdão dos pecados, Deus estabeleceu o sistema sacrifícios. Cada sacrifício de cordeiro puro e sem mácula, representava o futuro sacrifício de Jesus na cruz do Calvário para a salvação da humanidade.
Os filhos de Adão e Eva foram ensinados a adorar a Deus dessa maneira. Porém quando seus filhos Caim e Abel eram jovens, foram oferecer sacrifícios a Deus. Um deles Abel obedeceu e sacrificou um cordeiro. Caim, porém, teimoso e cheio de si, ofereceu frutos, e Deus recusou a sua oferta. Então Caim revoltou-se e matou Abel, o irmão mais jovem.
A adoração verdadeira continuou e foi seguida então por Noé, que mesmo sendo no meio do escárnio, louvou a Deus e pregou sobre o Seu nome. Por Abraão, por Isaque, Jacob e todos os filhos da linhagem que conheceram a verdade sobre Deus, O adoravam e ofereciam sacrifícios.

José, filho de Jacob, ao tornar-se Governador do Egito, não se esqueceu de Deus, e levou todo o povo, a descendência de seu pai para perto dele. Como os hebreus cresciam em grande número, os egípcios os tomaram por escravos, mas nem assim, cessou o louvor ao Único Deus verdadeiro.
Então Deus ouviu Seu povo clamar no deserto da escuridão. E Deus enviou um libertador ao Povo. Moisés, o líder que tirou o povo da terra do Egito, pela mão poderosa de Deus.
Deus foi louvado grandemente pelo povo por causa de Seus feitos maravilhosos. Este é o Deus do Universo, grande e poderoso em misericórdia. Sempre ouve a prece dos Seus filhos.

A história mostra muitos momentos em que Deus ouviu o louvor e Se fez presente em Espírito, fazendo o povo sentir quão poderoso Ele é. Desde a saída do Egito, onde abriu o Mar Vermelho e segurou os egípcios, e depois em forma de nuvem durante o dia e fogo durante a noite levou Deus, o Seu povo para a terra prometida.
Por onde passavam eram erguidos altares ao Pai, e eram oferecidos cordeiros. Descia fogo do céu e os consumia, em aceitação ao louvor e adoração dados pelos seus filhos terrestres.
A Bíblia nos mostra que o louvor ao Deus Criador de todas as coisas é o princípio do amor a Ele. A Bíblia é uma carta de amor, nos ensinando louvor e adoração a Deus.

Os louvores e a adoração a Deus permaneceram até hoje. Como ato de submissão à vontade de Deus, na época do Rei Davi, o povo louvava a Deus com cânticos e o adoravam em espírito e verdade. O livro dos Salmos é composto por cânticos de adoração ao Deus Eterno.
“Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos, ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”. Salmos 95:6.
Adorar significa prestar reverência e louvor a alguém, ou alguma coisa. Hoje as pessoas adoram muitas coisas, e muitos se esquecem que a reverência deve ser prestada a Deus.

Pessoas dão louvor a objetos inanimados ou estátuas, sem saberem que somente a Deus deve ser prestado o verdadeiro louvor. A Santa Trindade é tão somente a quem devemos louvar, pois sem Eles nada podemos fazer ou viver.
As pessoas acreditam em orações aos santos, mas se esquecem de que o nosso único intermediário entre Deus e os homens é Jesus. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus”.I Timóteo 2:5
Certamente os santos são considerados assim pela sua vida dedicada a Deus, mas a Bíblia nos diz que o único que está entre Deus e os homens é Jesus.
Nenhuma palavra humana pode desmerecer as Escrituras Sagradas e a vontade de Deus, pois se assim fosse, as palavras proferidas por Deus não passariam de lixo, e isto não é a verdade.
Deus é o nosso Criador, e a criação não pode separar as palavras de Deus de Deus. Somos seus filhos, e dependemos Dele. Sem ele, nada existiria. Por Ele estamos vivos ainda, pois pelo pecado deveríamos morrer, mas Deus enviou seu filho para nos dar a vida Eterna. Esse é o Deus a quem adoramos.
Vai muito além de qualquer homem, pois Ele não é força física, é força divina. Enquanto o homem maquina o mal, Deus conhece o que vai em cada coração e sabe o que é bom para a nossa vida, podendo simplesmente dizer: Para, e o homem desaparece.
Sem Deus somos trapos imundos, lançados na lama. Deus pode tornar-nos em belas vestes, mas isto requer entrega total, e isso implica em adoração, implica em louvor por toda a vida.
Jesus, o filho de Deus, em vida, nos ensinou que apenas ao Senhor devemos adorar. Quando Jesus enfrentou o inimigo dos inimigos, o diabo, quando foi tentado e estava jejuando, fraco e sem forças.
O inimigo queria que Jesus se prostrasse e o adorasse, prometendo que o mundo seria de Jesus. Jesus sabia que tudo é do Pai, e o inimigo queria tirá-lo da verdade, então Jesus usou as seguintes palavras: “Vai-te, Satanás! Pois está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás”. Mateus 4:10.
Deus, somente Deus deve ser louvado e adorado. Somente Jesus morreu por nós e é o nosso intermediário entre Deus e nós, os homens.
Para haver adoração, nosso coração deve prestar louvor e entrega a Deus. Jesus venceu as tentações porque estava ligado ao Pai pela oração e comunhão.
Assim como Jesus, e todos os que vieram antes e depois Dele, aprenda a adorar somente a Deus. Pode parecer estranho e difícil no começo, mas você vai perceber que só Jesus pode nos ligar ao céu.
Entregue o coração a Jesus e sinta hoje o Seu poder atuando na sua vida. Que o Deus de Abraão de Isaque, e de Jacob o Deus de Adão e Eva, o Deus de David, o Nosso Poderoso Deus, Único Senhor da terra e Céu, possa dar-lhe a vida eterna.
Nunca se esqueça: “Adorai ao Senhor na Beleza de Sua Santidade; tremei diante Dele todos os moradores da terra”.Salmos 96:9
Venha e se entregue, e sua vida será transformada para todo o sempre.

MODELO PARA O MINISTÉRIO DA IGREJA

Se nos fosse pedido neste momento que resumíssemos o ministério de Jesus. De que forma o resumiríamos ou como o sintetizaríamos? Qual foi a essência do ministério de Jesus. Existe, porventura, nos evangelhos, alguma indicação do que seria a síntese desse ministério de tal maneira pudéssemos toma-la como parâmetro para servir de modelo para o ministério da igreja?
Se existe quais áreas seriam abrangidas por esta síntese? Em duas passagens, Mateus resume as ações do Ministério de Jesus Cristo, que eu penso deveriam nortear todas as ações da igreja.
MATEUS 4. 23-25 e 9.35
4.23. Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
4.24. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.
4.25. E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam.
9.35. E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
1. O ministério de Jesus foi de ensino.
Tanto aqui como em Mat. 9. 35 e ss. Mateus estabelece uma diferença entre ensino e pregação. Um conjunto de 10 famílias constituía uma Sinagoga. O papel do chefe da Sinagoga era mais o de um administrador. Ele convidava os Rabinos para ensinar na sinagoga. Penso que quando Jesus chegava às sinagogas procurava convencer os judeus da nova aliança, do novo tempo, da nova dispensação que se instalava com o seu ministério. O Sermão do Monte é um exemplo dessa mudança ao afirmar os famosos eu porém vos digo.
Aqui o apelo de Jesus dirigia-se à mente.
Talvez essa seja uma das dimensões que precisa ser resgatada nalgumas das nossas igrejas: a mente ao serviço de Deus. O cristianismo embora apele à fé, não é um aniquilamento intelectual. Jesus reafirmou que deveríamos amar a Deus com todo o nosso entendimento.
A teologia em si não é um mal para a Igreja. Ela é na verdade a articulação da fé de forma sistematizada.
O Apóstolo Pedro disse que devemos estar sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós. 1 Pedro 3:15
O Apóstolo Paulo, ao chegar às sinagogas procurava convencer os presentes a respeito da fé em Cristo e do Reino de Deus. Atos 18:4 E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos. Atos 19:8, durante três meses, Paulo frequentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus.
E ao escrever a Tito àcerca de que tipo de ministério deveria ele constituir em Creta, Paulo disse o seguinte: Tito 1:9 apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.
2. O ministério de Jesus foi de proclamação.
O segundo aspecto que devemos destacar a respeito do ministério de Jesus Cristo foi a proclamação. Jesus pregava o Evangelho do Reino. Se com o ensino Jesus queria convencer os homens a respeito da verdade; com a proclamação ele queria desafiar os homens a viverem estas verdades.
Ou seja não basta ao homem estar convencido da doutrina correta. É necessário que ele a viva. Não basta apenas a ortodoxia (a doutrina certa) é necessário, também, a ortopraxia (a prática correta).
A proclamação do evangelho é um chamado para o homem se arrepender. Para mudar de vida, para abandonar os velhos hábitos, os costumes, os pecados.
O lema do evangelho não é mude para vir; mas, venha para mudar.
A mensagem do Evangelho começa com o arrependimento. Ela não começa: venha e receba a sua bênção e depois decida se você quer mudar.
O chamado do evangelho é radical. Não permite olhar para trás, não permite ficar acalentando velhos vícios, velhas práticas.
Sem arrependimento não há remissão de pecados.
Aqui, a palavra de Cristo está dirigida ao coração do homem.
3. O ministério de Jesus foi de cura.
Vimos em primeiro lugar que Jesus com o seu ensino procurou alcançar a mente do homem; com a proclamação do evangelho o seu coração. Aqui o alvo é o físico do homem.
Aqui, Mateus diz que Jesus curava toda a sorte de doenças e enfermidades.
O texto no grego faz distinção entre as duas coisas: doenças (noson) significam a doença aguda que rapidamente se encaminha para um estado crónico. Já a enfermidade (malakian) significa aquela doença ocasional.
Com isso, também, Mateus está a dizer que Jesus curava tanto as doenças do corpo como as da mente. Que Jesus tanto curava as dores de cabeça como o câncer. Tanto curava a lepra como a esquizofrenia. O espectro do ministério de cura de Jesus era amplo.
Quando usei a expressão Jesus curava, não quis dizer que Jesus perdeu o poder de curar. Mas é que quis enfatizar que Jesus exerce o seu ministério de cura através da Igreja. E aqui, não estou a falar dos médicos. A medicina faz parte da providência, da graça geral de Deus para com a humanidade. Todas as técnicas cirúrgicas, todos os procedimentos médicos, todos os remédios são um exercício da misericórdia de Deus para com a humanidade.
Ao falar aqui de cura, estou a reportar-me ao dom de cura. Porque creio que este dom não ficou com os apóstolos mas é um dom dado à Igreja. E penso que hoje, como Igreja, somos bons no ensino, fracos na proclamação e nulos no ministério terapêutico da Igreja.
Se curar é um dom do Espírito, não entendo porque como Igreja não temos orado para que Deus o conceda à Igreja para que ela o exerça e seja alívio e bálsamo na vida das pessoas.
Para muitas pessoas falar em cura soa como uma coisa completamente estranha à vida da igreja e do seu ministério. Porém, como já nos advertia Jesus nos evangelhos: o servo não é maior (nem melhor) do que o seu Senhor.
Se no nosso entendimento o ministério de Jesus é modelo e referência para os nossos ministérios; curar, também é tarefa da igreja, como já dizia o título de um dos livros do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos.
Conclusão
Salta aos nossos olhos que o ministério de Cristo era integral, visava o homem no seu todo: mente, espírito e corpo.
Jesus, ao contrário do que muitos pensam, mesmo sendo pleno do Espírito Santo, não entendeu que falar à mente do ser humano para o convencer da verdade fosse uma negação da espiritualidade.
Por isso, o estudo e a preparação para o ensino são de profunda importância, visto que alicerçado no ministério de Cristo e ratificado pelos apóstolos.
Por outro, lado, o desafio de Cristo é também para que o homem mude de vida. Por isso, a proclamação do Evangelho é imperativo da Igreja, no intuito de que possamos, como Igreja transformar o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso estado, o nosso país, através do anúncio do reino.
Se este é realmente o desejo do nosso coração, só o tornaremos realidade anunciando o evangelho do reino aos homens, convocando-os ao arrependimento e não declarando palavras de ordem aos anjos, principados e potestades isso é inócuo e se nós pudéssemos vê-los saberíamos que eles só se incomodam quando a igreja a exemplo de Jesus Cristo que percorria todas as cidades, saímos para anunciar o evangelho.
Finalmente, quero ressaltar o ministério de cura da Igreja, para nós um ilustre desconhecido. Quero desafiar esta igreja, nesse momento a orar para que Deus levante servos e servas cujas mãos tragam bálsamo e refrigério aos enfermos através da cura de toda sorte de enfermidades. Crónicas e terminais ou comuns e temporais. Na mente e no corpo e tudo para a glória de Jesus Cristo.
Amém.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O ESPIRITISMO E A NEGAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO

Não há lei
Alma imortal
Sois deuses
Um Falso Evangelho
Negação de Jesus
A mensagem falsa nega a lei, o pecado, o julgamento e a salvação somente em Jesus, a verdadeira afirma estas coisas. Se não houvesse lei, não haveria pecado (Romanos 5:13), portanto não haveria julgamento e não haveria necessidade de um Salvador. A doutrina da ausência da lei atinge o cerne da expiação e é uma negação de Jesus. Não há arrependimento se não há nada de que arrepender-se. Quando vier o engano, o seu antídoto também estará disponível para aqueles que irão usufruir dos seus benefícios. Desta vez será a confiança na Palavra de Deus que irá salvar as pessoas em vez de uma demonstração de poder, porque haverá muitos falsos milagres e falsos sinais a acontecer.

Quando Deus faz alguma coisa, Satanás tem uma contrafação [1]. Como Deus tem os Seus três mensageiros angelicais (Apocalipse 14:6-12), Satanás também tem três mensageiros demoníacos (Apocalipse 16:13-14). Deus tem um trono e é adorado no céu (Apocalipse 4:9-11; 5:13-14); Satanás também tem um trono e é adorado na terra (Apocalipse 2:13, 13:4). Como Deus é uma Trindade de três pessoas (Apocalipse 1:4-8, Mateus 28:19); Satanás também tem a sua falsa trindade: o Dragão, a Besta e o Falso Profeta (Apocalipse 16:13). Lado a lado as pessoas serão capazes de ver a realidade e a contrafação e escolher de que lado ficar. O mundo inteiro será levado para um dos dois campos, tanto para o culto à imagem da besta (Apocalipse 13:15), como para ser fiel ao Senhor e aos Seus mandamentos (Apocalipse 14:12).

Em certa ocasião, quando Israel estava no deserto, tornou-se um campo infestado de cobras venenosas, como resultado da murmuração contra Deus (Número 21:5-6). No entanto, Deus deu-lhes uma cura, uma serpente de bronze num poste para que qualquer pessoa que olhasse para ela vivesse (Números 21:7-9). Ao falar a Nicodemos, Jesus usou isso como ilustração da sua própria missão (João 3:14-15). A serpente de bronze era um símbolo de Cristo, todos os que olham para Ele com fé podem ser curados da mordida de cobra do pecado. É interessante que antídotos para picadas de cobra são geralmente feitos a partir do veneno. Somente tomando sobre si os pecados do mundo, Jesus poderia prover uma solução para salvar os pecadores (2 Coríntios 5:21, 1 Pedro 2:24).

Vamos ver os ingredientes desse antídoto em Apocalipse 14:

“E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo” (Apocalipse 14:6).

O evangelho eterno, tal como apresentado por Jesus e os apóstolos será pregado na sua pureza em todo o mundo antes de chegar o fim (Mateus 24:14). Este não é o evangelho falsificado da graça barata, mas o real que tem o poder de mudar as pessoas. A velocidade do anjo representa a rapidez e a amplitude da proclamação da mensagem [2]. A mensagem não vai literalmente ser proclamada pelos anjos. O povo de Deus vai anunciá-la, mas por trás das cenas estarão anjos a ajudar aqueles que estão a fazer o trabalho.

Hoje, a comunicação moderna e melhores transportes facilitam a rápida propagação do evangelho. Mesmo em países onde a Bíblia é ilegal, as pessoas estão a obter acesso a ela através da internet! No entanto, não somente pela tecnologia, mas a assistência divina está ajudando as pessoas a pregarem as boas novas. O Espírito de Deus também será derramado sobre o povo de Deus para ajudá-lo nesse sentido (Atos 2:17-21), e os anjos estarão trabalhando em segundo plano como espíritos ministradores (Hb 1:14). A profecia de Joel, citada por Pedro no dia do Pentecostes, tinha um cumprimento parcial na época (Joel 2:28-32), no entanto, a profecia tem sua ênfase principal sobre a vinda do Senhor. Assim, podemos esperar que haverá um grande derramamento pentecostal antes da volta de Cristo, para ajudar a terminar a comissão do evangelho (Mateus 28:18-20). Esta manifestação é conhecida como a chuva serôdia (Joel 2:23). A primeira chuva ajudou a iniciar a igreja, a última chuva vai ajudar a terminar a comissão evangélica [3].

“dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7).

Enquanto o espiritismo nega o Juízo, o verdadeiro evangelho o confirma. Os crentes genuínos não têm nada a temer do julgamento, eles estarão cobertos pelo sangue de Jesus. Mas isso não pode ser usado como uma capa para o mal. O julgamento lança fora do reino aqueles que não são genuínos, como na parábola do joio e do trigo (Mateus 13:29-30). Uma religião que tem a forma mas não o poder simplesmente não passa no teste.

Numa época em que alguns cientistas estão questionando o relato bíblico da Criação, uma chamada é feita para adorar ao nosso Criador. Isso se opõe ao culto espírita em si mesmo. O sábado foi dado ao homem para colocar seus pensamentos longe de suas próprias obras para contemplar a criação de Deus [4], e assim salvaguardar a relação do homem com seu Criador [5].

“Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilonia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição” (Apocalipse 14:8).

No final dos tempos, a igreja está em um estado caído; os falsos ensinos corromperam o mundo inteiro.

“Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem consumido a terra; e os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens restam” (Isaías 24:5-6).

A quebra da aliança eterna é a rejeição do governo e autoridade de Deus, e, portanto, de sua proteção; como resultado desastre após desastre atingem a terra (Mateus 24:7), isto inclui guerra, fome, pragas, incêndios e inundações [6]. Enquanto as pessoas buscam explicações científicas para as calamidades que aumentam [7], em última análise, a razão para isso é a rebelião contra Deus e Seus mandamentos. Os desastres serão uma última tentativa para trazer a humanidade a seus sentidos [8], para despertá-la de suas ilusões, antes que seja tarde demais.

Somos chamados a sair da Babilonia, que representa as igrejas caídas que abandonam os mandamentos de Deus influenciadas pelos poderes demoníacos. O verdadeiro povo de Deus é chamado a sair, porque os juízos de Deus estão prestes a cair nessas igrejas. Tendo aceitado os falsos milagres, sinais e a doutrina sem lei dos demónios, estão maduros para a destruição. O verdadeiro povo de Deus fugirá de tais igrejas e juntar-se-á ao povo remanescente de Deus e assim receberão o selo do Deus vivo que irá protegê-los quando as pragas finais caírem sobre a terra (Apocalipse 7:1-3, 16). Quatro anjos são retratados como retendo os ventos que representam as calamidades finais que irão destruir a terra, até os santos serem selados (Apocalipse 7:1).

“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. (Apocalipse 14:12).

Os santos de Deus são identificados especificamente como guardando os mandamentos de Deus; a ênfase na adoração a Deus como nosso Criador, em Apocalipse 14:7 chama a atenção ao oprimido quarto mandamento. Os santos farão um trabalho de reconstrução e restauração da lei moral de Deus, especialmente do quarto mandamento [9]. Por guardarem todos os mandamentos eles recebem o selo de Deus que se caracteriza interiormente pelo Espírito Santo e exteriormente pela obediência ao sábado que é o único mandamento que contém o nome, a jurisdição e mandato do Criador – Seu selo [10].

“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome” (Apocalipse 14:9-11).

Enquanto o trabalho de reforma está em andamento, os falsos profetas e professores não vão ajudar neste trabalho mas em vez disso, usarão “argamassa fraca” (Ezequiel 13:3-16; 22:26-31), profanando o santo dia de Deus e promovendo o domingo em seu lugar [11].

Esta construção falsa será destruída por uma praga de granizo, juntamente com os falsos profetas que a construíram (Apocalipse 16:21; Ezequiel 13:11-13)! Naquela ocasião, a terrível praga de Zacarias cairá sobre os falsos mestres que lutaram contra o povo de Deus [12] (Zacarias 14:12). A marca da besta é a aceitação de uma lei feita pelo homem (domingo) como estando acima da lei de Deus (o sábado) [13]. Apesar das terríveis advertências dadas contra o receber a marca da besta, a maioria não vai prestar atenção. (Para um estudo detalhado sobre a marca da besta, o selo de Deus e a reforma definitiva do povo de Deus, por favor consulte meus outros livros [14]).

O antídoto para o engano final de Satanás estará disponível a todos no final dos tempos, porque é uma mensagem mundial. Temos tido amplos recursos para nos ajudar a superar a crise final: as Escrituras, o Espírito Santo e uma mensagem especial. Aqueles que vivem um pouco antes do retorno de Cristo, que ouvem e aceitam esta mensagem serão salvos e resgatados quando Cristo voltar:

“E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos” (Isaías 25:9).

Conclusão

A mensagem da Palavra de Deus serve como uma verificação da realidade. As pessoas ficam hipnotizadas pelos sonhos de glória do espiritualismo, esquecendo o princípio básico de que aquilo que o homem semear ele deve também colher (Gálatas 6:7). As promessas do espiritismo são demasiadamente boas para serem verdade, elas permitem o viver uma vida pecaminosa em desobediência e rebelião contra Deus e ainda promete a vida eterna. Em oposição a esta ilusão está o julgamento (Apocalipse 14:7) serve para nos lembrar que vivemos em tempos solenes. As ações dos santos e dos professos cristãos estão a ser pesadas na balança do santuário celeste [15] para ver se sua fé é verdadeira (Tiago 2:8-12, 17 – 20; Apocalipse 14:7; Daniel 7:9-10, 22).

Porque o espiritismo assumirá um manto sagrado no fim dos tempos, é um tanto importante nos familiarizar com as Escrituras, especialmente aquelas que lidam com o estado dos mortos, o retorno de Cristo, a lei moral e o sábado. Através de dois erros: a imortalidade da alma e a santidade do domingo, Satanás vai trabalhar para a ruína da igreja [16].

Tenho observado que algumas pessoas se recusam a seguir as exigências de Deus, porque temem perder algo ou alguém. Elas dizem, não podemos guardar o sábado, senão perderemos o nosso negócio, ou a minha esposa vais deixar-me. Então, depois de um tempo aquilo que muito temiam vem sobre elas de qualquer maneira! Outros se enganam em acreditar que Deus não exige muito delas enquanto vivem “uma vida boa”. As Escrituras dizem que a menos que um homem tome a sua cruz e siga após Jesus, ele não é digno de Jesus (Mateus 10:38).

Quando alguém está doente fisicamente, normalmente leva isso a sério, procura ajuda médica e aceita qualquer recomendação que o médico lhe prescreva, mas quando se trata de nosso destino eterno muitos surpreendentemente parecem não se preocupar com isso. Talvez isso aconteça porque elas pensam no céu como um lugar etéreo, quando na realidade é um lugar real. O céu será habitado por pessoas reais, que farão coisas reais e se alegrarão por toda a eternidade em um lugar de felicidade, amor e glória. Se pudéssemos ter um vislumbre daquilo que Deus tem reservado para aqueles que o amam, talvez pudéssemos levar o nosso destino eterno mais a sério. Nesse lugar, até mesmo os animais serão inofensivos, e as pessoas construirão casas e plantarão vinhas, as crianças vão brincar na rua e ninguém vai sofrer de doença, envelhecer ou morrer (Isaías 65:21-22, 25; Zacarias 8:5; Apocalipse 21:3-4). O melhor de tudo, estaremos na presença de Deus por toda a eternidade e com Jesus que sofreu por nós e ainda carrega em Suas mãos e pés as marcas da crucificação (João 17:24, 20:25, 27). Só quando chegarmos ao céu, seremos realmente capazes de apreciar o preço pago pela nossa salvação (1 Coríntios 2:9).

Memorização de Versos Bíblicos

Eu incluí uma lista de versículos chave das Escrituras que você deve ter conhecimento e se possível memorizar para ajudar a prepará-lo para a crise que virá. Foi através da memorização das Escrituras que Jesus foi efetivamente capaz de resistir às tentações do demónio no deserto (Mateus 4:1-11). A única forma eficaz de memorizar a Escritura é continuar a repetir os versos em uma base diária.

Espiritismo

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus” (Deuteronómio 18:9-13)

“Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19:31).

“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos? A Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva” (Isaías 8:19-20).

“porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24).

“a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:20-21).

Morte como um Sono

“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento” (Eclesiastes 9:5).

“Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos” (Salmo 146:4).

“Os seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são humilhados sem que ele o perceba” (Job 14:21).

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2).

“E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono…Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (João 11: 11, 14).

“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 coríntios 15:51-52).

A Composição da Alma

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Génesis 2:7).

“e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu” (Eclesiastes 12:7).

A Ressurreição

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).

“Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:28-29).

Destruição dos Ímpios

“Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (Malaquias 4:1).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).

Mortalidade da Alma

“Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis” (Génesis 3:4).

“Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:53).

Salvação somente através de Jesus

“Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5:12).

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9).

“Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que morrereis, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33:11).

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5).

“E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (Atos 4:12).

Inspiração das Escrituras

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3:16).

O Novo Céu e a Nova Terra

“E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21:3-4).

“Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas…Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3:10, 13).

O Retorno de Cristo

“os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem” (Mateus 24:27).

Um Juízo Futuro

“Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Mateus 16:27).

“Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal” (2 Coríntios 5:10).

Mais Informações:

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Referencias:
[1] Angel Manuel Rodriguez, Future Glory: the 8 greatest end-time prophecies in the Bible (Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Association, 2002) p.105

[2] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7, p. 827; Ellen White, The Great Controversy, p. 355

[3] Ellen White, The Great Controversy, pp. 611-612

[4] Marc Rasell, Nehemiah the Sabbath Reformer (Bloomington: AuthorHouse 2010) p. 60

[5] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 1 (Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 972

[6] Ellen White, Last Day Events (Pacific Press Publishing Association, 1992) p. 24

[7] Ellen White, Testimonies for the Church, Volume 6 (Pacific Press Publishing Association, 1855) p. 408

[8] Ellen White, Last Day Events, p. 28

[9] Marc Rasell, Nehemiah the Sabbath Reformer

[10] Marc Rasell, Exploring the Heavenl Sanctuary, p. 75

[11] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 4, p. 619

[12] Ellen White, The Great Controversy, p. 657

[13] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary, chapter 11

[14] Please see www.adventistenterprises.co.uk and www.exploringtheheavenlysanctuary.co.uk

[15] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary, chapters 6 and 10; Ellen White, Testimonies for the Church, Volume 2 (Pacific Press Publishing Association, 1855) pp. 43-44

[16] Ellen White, The Great Controversy, p. 588