terça-feira, 31 de maio de 2011

O PRIMEIRO CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS NO MUNDO

Por causa do pecado entrou a violência no mundo; por causa da violência, Adão e Eva perderam o seu único filho fiel a Deus pelo fratricídio cometido por Caim. Aparentemente a terra seria povoada por pessoas corruptas, com a descendência de Caim. (Gén. 4:16-19,23)
• Lameque foi o primeiro a perverter o matrimónio estabelecido por Deus. Foi o inicio da poligamia, um mal que se introduziu na terra como semente brava. O nome das mulheres de Lameque sugerem atracção sexual: Ada significa “adorno” e Zilá quer dizer “sombra” ou “acção de tilintar”.
No entanto, o autor bíblico que descrevia o progresso do pecado na família de Caim, interrompe a descrição a fim de apresentar a misericórdia e a graça de Deus a Adão e Eva e a toda raça humana. Assim diz o relato bíblico: “Adão conheceu sua mulher. Ela deu à luz um filho e lhe pôs o nome de Set ‘porque,’ disse ela, ‘Deus me concedeu outra descendência no lugar de Abel, que Caim matou.’ Também a Set nasceu um filho, ele lhe deu o nome de Enós, que foi o primeiro a invocar o nome de Iahweh” (Génesis 4:25-26, Bíblia de Jerusalém). Destacamos algumas informações importantes deste relato:
1. Set (ou Sete, Seth) substituiu o fiel e justo Abel:
O nome “Set” do hebraico שֵׁת significa “compensação” e/ou “substituto”. Abel, o segundo filho fiel de Adão e Eva, morreu sem deixar descendência. Adão e Eva esperavam o descendente que esmagaria a cabeça da serpente (Génesis 3:15), mas via a impossibilidade de surgir da descendência do perverso Caim. Então, Eva teve mais um filho, no qual depositara a sua confiança de que ele seria apontado para substituir o fiel e justo Abel. Assim, Set substituiu Abel como filho e como descendente fiel, pois este tornou-se o ascendente de uma série de patriarcas antediluvianos que cobriram o período entre Adão e Noé (Génesis 5:6-29).
“A Adão foi dado outro filho, para ser o herdeiro da promessa divina, herdeiro da primogenitura espiritual. O nome de Sete, dado a este filho, significava "designado", ou "compensação"; "porque", disse a mãe, "Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou". Gên. 4:25. Sete era de estatura mais nobre do que Caim ou Abel, e parecia-se muito mais com Adão do que os demais filhos. Tinha caráter digno, seguindo as pegadas de Abel. Contudo não herdou mais bondade natural do que Caim. Com referência à criação de Adão, acha-se dito: "À semelhança de Deus o fez"; mas o homem, depois da queda, "gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem." Gén. 5:1 e 3. Ao passo que Adão foi criado sem pecado, à semelhança de Deus, Sete, como Caim, herdou a natureza decaída de seus pais. Mas recebeu também conhecimento do Redentor, e instrução em justiça. Pela graça divina serviu e honrou a Deus; e trabalhou, como o teria feito Abel caso ele vivesse, para volver a mente dos homens pecadores à reverência e obediência a seu Criador.” Patriarcas e Profetas, p. 80
• Eva colocou o nome a este filho. No nome que ela lhe colocou manifesta que tinha passado um período de angustia; via o seu filho Caim e os seus descendentes serem maus. Como poderia a promessa de Deus cumprir-se?
• Eu não tinha imaginado o seu sofrimento até que compreendi a razão dela colocar este nome ao seu terceiro filho “substituto”, ou “compensação”. Sim agora as palavras de Deus, acerca da semente, prometida podia cumprir-se, ela expressou fé no Libertador prometido viria da semente de Set. a sua fé foi recompensada pois da descendência de Set veio o Senhor.

2. Set teve o seu primeiro filho e deu-lhe o nome Enós (ou Enos, Enosh):
O nome “Enós” do hebraico אֱנוֹשׁ significa “homem mortal” e/ou “frágil”. Há quem considera que a consciência da fragilidade humana, indicada no nome Enós, despertou nas pessoas a necessidade plena de Deus. Assim, através dele, Deus realizaria as Suas promessas. Enós se destacou na linhagem de Set, desta forma através dele havia esperança para a proclamação divulgação da verdadeira fé em Deus como o Criador e Redentor. Enós viveu 905 anos e teve muitos filhos e filhas (Génesis 5:9-11); o seu nome é mencionado na longa genealogia de I Crónicas (1:1) e no documento genealógico de Jesus em Lucas 3:38, sendo ele um ascendente do Messias.
• O livro de Crónicas começa subitamente com uma lista de nomes que começam com Adão, o primeiro homem. Não é dada uma razão para começar esta lista, mas é evidente o propósito de rastrear a história do povo de Deus desde o principio até chegar a Israel e a Judá e à restauração posterior ao exílio babilónico.
• Em I Crónicas 1:1-4, são apresentadas dez gerações desde Adão a Noé. Os nomes são os mesmos que os de Gén. 5. Contudo, o registo é abreviado, apresenta-se na forma mais curta possível.

3. Set e Enós organizaram o primeiro culto de adoração a Deus no mundo: Gén. 4:26, ler
• Nesta altura começou o culto de forma mais formal. Certamente, os homens tinham invocado o Senhor antes que tivesse nascido Enos, mas à medida que o tempo passava surgia uma diferença mais pronunciada entre os que adoravam o Senhor e os que O desafiavam. A expressão “invocar o nome de Jeová”, é usada frequentemente no Antigo Testamento para indicar um culto publico: Sal. 79:6; 116:17; Jer. 10:25; Sofonias 3:9.

• A Septuaginta e a Vulgata especificam: “este [Enós] foi o primeiro a invocar o nome de Iahweh”. Enquanto os filhos de Caim se gloriam nas obras das próprias mãos um pequeno grupo de pessoas, incentivado por Enós, começaram a glorificar e a invocar o nome de Deus.

• Não há dúvida que os filhos de Caim como Jabal (4:20,21,22), são artistas na música, no trabalho de artesanato, trabalho do bronze. Autores de poemas que serão cantados.

• Deus usa no entanto o homem humilde, mortal e frágil a fim de conclamar as pessoas a adorá-Lo. Isso se tornou possível, e, a partir daí a humanidade começou a invocar o nome de Iahweh, Senhor Deus. Esse foi o primeiro culto congregacional. Esse foi o primeiro culto colectivo de adoração a Deus no mundo. Assim, Enós é considerado por muitos, o iniciador do culto ao Deus verdadeiro, Iahweh.

• Deus é o nosso Criador e Redentor, Ele prometeu enviar o Messias como descendente da mulher para nos libertar do pecado; para isso, uma linhagem foi preparada e conduzida pela graciosa e misericordiosa omnisciência de Deus. Cabe a cada um de nós respondermos positivamente a essa graça e começar, ou, recomeçar a invocar o nome de Iahweh, Senhor Deus.

• O primeiro movimento de reavivamento e reforma da história mundial (Génesis 4:25-26).

Conclusão: O sucesso mais significativa antes do dilúvio, é um simples episódio, um acontecimento que encheu e enche os fiéis de plena esperança e gozo (Génesis 5:24). A trasladação de Enoq é relatado por Moisés em poucas e simples palavras.
Enoque foi trasladado “para não ver a morte” (Heb. 11:5). O único crente antediluviano que não viu a morte. Como um modelo de virtude, Enoque o “sétimo depois de Adão”, surge como uma alta montanha na sétima geração.
Foram testemunhas da partida de Enoque tantos justos como ímpios. Deus tomou a decisão de trasladar Enoque, não só para recompensar a piedade de um homem piedoso, mas para demonstrar a segurança que se pode ter no que Deus prometeu em consequência do pecado.
Não há livro judaico ou apócrifo, ou lenda desses povos antigos que não relatem este feito.
Sim podemos viver no meio de um mundo perverso e marcar a diferença, basta confiar em Deus.

sábado, 28 de maio de 2011

A LÂMPADA QUE ILUMINA PARA CASA DO PAI

Ilustração: No dia 27/05/2011, a TV apresentou no noticiário a história de um cão, levado por um tornado nos Estados Unidos, Mason foi sugado por um tornado que causou inúmeros estragos na cidade de em Birmingham, no Estado norte-americano do Alabama. Estava escondido na garagem quando foi levado pelos ares.
Os donos já tinham perdido a esperança de recuperar Mason, quando, 20 dias depois, o cão voltou. Tinha as duas pernas da frente partidas e teve de rastejar de volta a casa.
Sem poder tomar conta do animal, os donos deixaram-no num abrigo para animais enquanto tentavam reconstruir a casa. William Lamb, um cirurgião veterinário, já se tinha disponibilizado para tratar animais afectados pelo tornado. Quando ouviu falar de Mason, ofereceu-se logo para o tratar, de borla.
Mason passou por três horas e meia de cirurgia para reconstruir as pernas partidas. Está a aprender a caminhar com talas nos membros dianteiros, mas recupera bem. "Está muito bem, come bem, bebe. Está fantástico", disse o cirurgião.
Três semanas depois o cão voltou para casa dos donos, as duas patas dianteiras fracturadas, a distância que terá feito foi feita arrastar-se. Foi corajoso, seguiu o seu instinto no meio da dor, da noite, de adversidades inimagináveis. Quando chegou nem um latido de dor, aproximou-se lentamente dos seus donos abanando a cauda de feliz por ter conseguido voltar para casa.
Deus deixou uma lâmpada para voltarmos para Casa. Qual é a nossa persistência? É pequeno, tem um ar fofinho e frágil, mas sobreviveu aos tornados que destroçaram o Estado do Alabama, nos EUA. Demorou 20 dias a arrastar-se, com as patas dianteiras partidas, de volta a casa.
1. Deus deixou uma lâmpada o nosso caminho de regresso: Salmo 119:105

Este mundo de insegurança, instabilidade e imprevisível pode ser comparado à escuridão tão densa que não conseguimos saber de onde viemos e nem para onde vamos.
Este mundo está impregnado de imoralidade, promiscuidade e iniquidade dominado pelos poderes tenebrosos que são as forças espirituais do mal (Efésios 6:12).
“Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados…contra os príncipes das trevas deste século…”
Se repararmos o texto anterior fala da “armadura de Deus”. (v.11), ou “armadura completa” (gr. panóplia). Esta armadura pode parecer-se com a armadura romana, no entanto, trata-se da armadura de Deus, pois é Ele que a proporciona (Ef. 6:14-17). Somos exortados a vestir e a lutar de forma valorosa esta batalha. Aquele que preparou a armadura garante a sua eficácia.
O texto 6:12 refere que esta luta não é tanto contra a “carne e sangue”. Paulo não está a dizer que os cristãos não teriam de enfrentar a inimigos humanos. A igreja enfrentou-os ao longo dos séculos; às suas mãos sofreram e morreram.
O que o texto quer realçar é que há poderes muito superiores ao dos homens, muito mais inteligentes e de astúcia pervertida: as forças satânicas preparadas para a batalha estão em rebelião aberta contra Deus e aqueles que O querem seguir.
Experiência: Quando era menino gostava de manhã ir para a cama dos meus pais, uma manhã deitado de barriga para baixo olhava o soalho do quarto, vi um pinto sair debaixo da cama e curioso saltei da cama e fui atrás dele, vi que entrou num pequeno buraco de uma tábua na sala de jantar. Contei à minha mãe, impressionada contou à família e foram a um homem que tinha “espírito de adivinhação”. Ouvi por várias vezes a minha mãe contar: “uma voz falou pelo homem e dizia que “o teu filho não me pode escapar”.
Que poder é este? Que poder para saber que uma criança no futuro se vai interessar por assuntos de Verdade e Salvação?!
O conflito entre Cristo e Satanás não é de dimensões locais ou terrenas mas de dimensões cósmicas: engloba todo o Universo.
Neste ambiente de trevas, dominado pelos poderes tenebrosos, o qual as pessoas andam às apalpadelas, cambaleando como bêbados, sem rumo (Job 12:25) precisa-se de luz, uma potente luz! Precisamos d´Aquele que é o Soberano e que tem preferência pelos nossos pequenos assuntos.
II. A Bíblia é a luz no meio das trevas: 2ª Pedro 1:19

A Bíblia ilumina o caminho a todos quantos a procuram para caminhar seguros no meio das trevas espirituais deste mundo.
O que tem esta luz, não tem motivos para tropeçar, mesmo que se sinta acossado pelo mal.
Se os irmãos lerem o verso 18, reparam que o apóstolo Pedro fala claramente do que presenciou no Monte da transfiguração: “ouvimos esta voz dirigida do céu”, Pedro, João e Tiago tinha estado presentes, tinham sido testemunhas oculares (Mateus 17:1). Mas no texto 19, Pedro diz “temos, mui firme, a palavra dos profetas”.
O que sugere que nenhuma experiencia por mais extraordinária substitui a Palavra de Deus, a “lâmpada para os nossos pés”. Sim, Pedro e os seus companheiros ficaram muito impressionados (1ª João 1:1-3)! Era um fundamento inamovível para a sua fé cristã. Isso levou-os a partilhar essa fé com outros, e assim edificaram a primeira igreja.
Os que amam a Palavra tem agora a mesma missão a cumprir. E esta luz ainda brilha.
“A nossa confissão da Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Cumpre-nos reconhecer a Sua graça segundo foi dada a conhecer por intermédio dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho da nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelarmos em nós mesmos a operação de um poder divino.” Serviço Cristão, p. 213.
III. A Bíblia é um livro sobrenatural: Tiago 1:17

Deus é a origem de todo e qualquer bem moral e físico. Não só para os cristãos, mas para todo o ser humano, ainda que este não O reconheça.
Deus não dá nada ao ser humano que lhe cause dano (Mateus 7:11).
A natureza de Deus (Tiago 1:5)
O salmista compara a Bíblia a uma lâmpada num lugar de trevas onde existe a possibilidade de tropeçarmos, cairmos e nos machucarmos.
O salmista indica a Bíblia como uma lâmpada aos que andam na escuridão da dúvida, na incerteza da vida, com medo do futuro. Quem é iluminado pela Palavra não tem medo do medo!
Não conheceríamos qual é o caminho certo a tomar para sair das trevas se não fosse a Palavra de Deus.
Não conseguiríamos lidar com as dificuldades da vida de altos e baixos, curvas perigosas, pontes estreitas, descidas escorregadias, subidas íngremes e cansativas sem a iluminação da Palavra de Deus.
Conclusão:
Ilustração: Depois de visitar uma família numa fazenda, o pastor deveria ir até a estação apanhar o comboio de volta para casa, era noite escura e chuvosa. O fazendeiro emprestou-lhe uma lanterna, dizendo: “É para ajudá-lo a ver melhor o caminho e guardá-lo de cair nalguma vala”. E acrescentou: “Vê aquele clarão, lá distante? Lá é a estação. Vá sempre naquela direcção. A lanterna lhe proporcionará luz para cada passo e o clarão, à distância, indicará a direcção a seguir”. O clarão distante auxilia a não perder a direcção certa e a lanterna ilumina o caminho próximo dos pés dando segurança para cada passo até chegares onde não mais haverá noite, onde o Deus da luz brilhará constantemente (Apocalipse 22:5).
Sim, tal como Manson, podemos voltar para casa, ele voltou por instinto. Deus deu-lhe o instinto da casa. A cada ser humano, em qualquer lugar, tem um sentido da casa “um sentido religioso”. A Bíblia é luz suficiente que nos leva para CASA. Jesus é o Clarão, em breve Ele brilhará: Tito 2:13.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A VERDADE PRESENTE

Para cada período da História, Deus tem uma mensagem específica. Essa mensagem é denominada “verdade presente” Exemplo disso é a pregação de Noé, que conclamou o mundo antediluviano ao arrependimento e anunciou a destruição por meio do dilúvio (Gn 6 e 7).
No Novo Testamento, encontramos outro exemplo em que a mensagem presente consistia em aceitar Jesus de Nazaré como o Filho de Deus e Salvador do mundo. Embora essa pregação cristocêntrica permeie a Bíblia em todos os tempos, naquela época, os apóstolos tinham o desafio de levar as pessoas a aceitar o Carpinteiro judeu como o prometido Messias do Antigo Testamento (At 2:22-36; 4:11,12; 5:30,31).
Avançando na História, encontramos no século dezesseis o movimento da Reforma Protestante com a mensagem de que a Bíblia é a única regra de fé (Sola Scriptura) e de que a fé nos méritos de Cristo é o único meio pelo qual alguém pode ser aceito e salvo por Deus (Sola Fide). Tais aspectos da mensagem eram apropriados ao contexto em que os reformadores viviam, pois o papado havia exaltado a tradição em lugar do ‘Assim diz o Senhor” e a salvação pelas obras em lugar da justiça de Cristo.
Tempo do fim.
Qual é a mensagem de Deus para nosso tempo? Para entendermos isso, precisamos identificar o período da História em que vivemos. No capítulo 12 do livro de Daniel, Deus revela ao profeta que o entendimento do seu livro só ocorreria no “tempo do fim” (v. 9). Esse tempo chegaria após o período profetizado “de um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (v. 7), o que equivale a 1260 anos (538 d.C – 1798 d.C), nos quais o Romanismo mudaria o Decálogo, perseguiria os fiéis de Deus e lançaria a verdade por terra (Dn 7:25; 8:12; Ap 12:6,13,14; 13:5,6).
Portanto, em 1798, começou o ”tempo do fim” um período singular em que as principais profecias de Daniel se cumpririam (Dn 8:14; 12:11, 12), haveria um crescente avanço do conhecimento profético e também científico (Dn 12:4) e a História registraria importantes sinais preditos nos evangelhos e no livro do Apocalipse (Mt 24:29; Mc 13:24,25; Lc 21:11,25; Ap 6:12-14).2
Para esse tempo, Deus tem uma advertência de especial importância para os habitantes da Terra. É o último aviso de misericórdia a este mundo mergulhado nas trevas do pecado. Encontramos essa mensagem em Apocalipse 14:6-12 – a tríplice mensagem angélica. Essa tríplice mensagem antecede a cena da segunda vinda de Cristo – o Cavaleiro que vem para ceifar a seara da Terra (versos 14-16). Portanto, é uma advertência que deve ser comunicada no tempo do fim, uma solene mensagem que visa a preparar um povo para o encontro com o Rei que Se aproxima. O verso 13, que está entre a tríplice mensagem e os textos da Segunda Vinda, pronuncia uma bênção sobre aqueles que morrem no período em que essas mensagens são pregadas e crêem nelas: “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor.”3
A pessoa de Cristo e Sua obra salvadora constituem o tema catalisador dessa tríplice mensagem. Nela, o ”evangelho eterno” as boas novas da justiça e da salvação em Cristo são o tema central e predominante, como demonstrado na introdução da passagem (v. 6).4
O primeiro anjo proclama o juízo de Deus (v. 7), o qual começou sua primeira fase em 22 de outubro de 1844. Nessa data, terminou o grande período profético dos 2300 anos de Daniel 8:14, e começou a purificação do santuário celestial, a qual corresponde ao mesmo julgamento visto pelo profeta no (capítulo 7:9-10) 5.
Nessa nova fase de Seu ministério, Cristo não só intercede pela humanidade, como já vinha fazendo, mas atua no juízo em defesa de Seu povo, que está sendo julgado conforme os registros celestiais (Dn 7:10). Para essa fase do julgamento, usam-se os termos juízo pré-advento ou juízo investigativo, pois ocorre no período que antecede a segunda vinda de Cristo e no qual os filhos de Deus são julgados/examinados pelo padrão da lei divina que deve ser obedecida como fruto da fé em Cristo.6 Diante da iminência do julgamento, o anjo conclama a humanidade a temer a Deus, glorificá-Lo e adorá-Lo.
O segundo anjo anuncia a queda de Babilônia (v. 8), o falso sistema religioso dos últimos dias. A queda é conseqüência de o sistema estar fundamentado no erro, por ter rejeitado a verdade bíblica e defender doutrinas espúrias, como: imortalidade da alma, santidade do domingo, salvação pelas obras, etc. Quem não aceitar as palavras de Cristo e não as praticar, experimentará a ruína (Mt 7:26, 27), e quem “ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece, não tem Deus” (2Jo 9). Assim, a mensagem do segundo anjo é um convite para que saiam de Babilônia todos os que foram enganados por suas falsas doutrinas (Ap 18:1-5) e aceitem a verdade conforme revelada em Cristo.
O terceiro anjo acompanha as outras mensagens com uma advertência contra a adoração à besta e ao recebimento da sua marca (Ap 14:9-11). Essa mensagem demonstra que o conflito final girará em torno da lealdade a Deus por meio da guarda dos Seus mandamentos ou à obediência a preceitos humanos.7 Uma corporação de Igreja/Estado, nos últimos dias (Ap 13:11, 12), obrigará a humanidade a observar como dia de guarda um falso dia de adoração (Ap 13:16,17) em lugar do dia estipulado por Deus em Sua lei (Êx 20:8-11). Os que aceitarem esse falso dia serão atingidos pelas sete últimas pragas que serão derramadas “sem mistura” de misericórdia (Ap 14:9, 10; 15:1; 16). Em contraste, haverá o grupo daqueles que permanecerão fiéis a Deus mesmo diante das mais terríveis ameaças e que foram classificados como santos por guardarem “os mandamentos de Deus” como fruto de sua “fé em Jesus” (Ap 14:12).
Mensagem específica.
Justamente nesse tempo, o tempo do fim, no qual a tríplice mensagem deve ser proclamada, Deus suscita um povo para cumprir essa solene missão. Esse povo é identificado como aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17). Essa última característica – “o testemunho de Jesus” – é definida como a manifesta-ção do dom de profecia (Ap 19:10). A Igreja Adventista do Sétimo Dia se enquadra nessa classificação, pois surge no período do tempo do fim (1844) como resultado dos estudos e do cumprimento das profecias de Daniel e Apocalipse, exaltando a obediência à Lei de Deus, especificamente a validade do sábado, e testemunhando, em seu meio, a manifestação do verdadeiro dom de profecia na pessoa de Ellen G. White.
Desse modo, há um povo que prega uma mensagem específica no tempo determinado pela profecia. Esse povo foi levantado para restaurar as verdades que foram lançadas por terra durante o período de supremacia papal, reparar as “brechas” feitas na lei de Deus, edificando, assim, “as antigas ruínas” (Is 58:12). Nossa responsabilidade é levar ao mundo uma mensagem singular, preparando “a seara da Terra” para a vinda do Filho do homem. “Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como vigias e portadores de luz. [..,] Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra. O mundo precisa ser advertido, e o povo de Deus deve ser fiel ao legado que se lhe confiou”9 Tal responsabilidade deve incutir em nós um senso de missão jamais visto em outro povo. Precisamos nos unir e concentrar as nossas forças nessa direção
Mas não podemos nos esquecer de que só cumpriremos essa missão com a ajuda do Espírito Santo. Em Apocalipse 18:1, a Terra é vista sendo iluminada pela glória celestial, e essa glória é a manifestação poderosa do Espírito Santo no tempo do fim, derramando Seu poder sobre a igreja como “chuva serôdia!10 Esse poder capacitará a igreja para dar, “com potente voz” (verso 2), o último convite ao mundo, antes do fechamento da porta da graça (versos 2-5). Os adventistas do sétimo dia precisam ter como prioridade a busca desse poder a fim de continuar pregando “aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (verso 6) o evangelho eterno, no contexto da tríplice mensagem angélica. Cada pessoa que conheceu a verdade para o tempo presente e se une às fileiras do adventismo, é chamada a proclamar “as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (I Pe 2:9). Portanto, cumpramos nossa missão!
Referências
1. MervinC Maxwell, Uma nova era segundo as profecias de Daniel (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996), p. 129,130.
2. Ibid.,p.318,319.
3. Alberto R. Timm, 0 Santuário e as três mensagens angélicas: fatores íntegrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas (Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista, 2002) p. 232.
4. Lição da Escola Sabatina, “O Último Convite: a mensagem dos três anjos”, outubro-dezembro,1994, p 17.
5. Clifford Goldstein, 1844: Uma explicacâo simples das principais profecias de Daniel – Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000), p. 45-48.
6. Ellen G. White, O Grande Conflito
7. Ellen G. White, Eventos Finais, p. 193.
8. Maxwell, 0p.Cit.,p. 422,423.
9. Ellen G. White, Evangelismo, p. 119,120.
10. Ellen G. White, O Grande Conflito pág 611, 612.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ESTRATÉGIAS DIVINAS PARA OBTER VITÓRIAS

Introdução: II Reis 13:14-19
“Os anjos operam em harmonia. Todos os seus movimentos são caracterizados por uma ordem perfeita. Quanto mais estritamente imitarmos a harmonia e a ordem das hostes angélicas, tanto mais bem-sucedidos serão os esforços desses agentes celestes em nosso favor. Se não virmos a necessidade de uma ação coesa, e formos desordenados, indisciplinados, desorganizados em nosso procedimento, os anjos, que são perfeitamente organizados e agem em perfeita ordem, não podem trabalhar com êxito por nós. Afastam-se tristes, pois não são autorizados a abençoar a confusão, a discórdia, a desorganização. Todos aqueles que desejam a cooperação dos mensageiros celestes, têm de trabalhar em uníssono com eles. Aqueles que receberam a unção do alto, hão de fazer todo esforço possível para animar a ordem, a disciplina e a unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Jamais, porém, hão de esses celestes mensageiros sancionar a irregularidade, a desorganização e a desordem.” Testemunhos Para a Igreja, pág. 73.
1. A Bíblia inteira foi escrita para instruir as pessoas: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” (Romanos 15:4).
2. A Bíblia é a sagrada e sobrenatural Palavra de Deus: Qual o ensinamento de II Reis 13:14-19?
3. A Bíblia deve ser estudada dando atenção ao seu contexto:
a) II Reis conta sobre a política de Israel e Judá: Reis idólatras, reino de Israel dividido.
b) II Reis oferece detalhes do contexto do texto: Reino desfasado (II Reis 13:1-3, 7, 9).
c) II Reis oferece detalhes específicos para se entender o texto: (II Reis 13:14).
I. Sem Deus não vencemos por falta de entrega – II Reis 13:14

1. O ser humano nem sempre é sincero, e as atitudes que demonstram escondem o que sente de facto: “Jeoás, rei de Israel, desceu a vê-lo, e chorou sobre ele, e disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros” (v.14). O rei Jeoás não chora por Eliseu que estava doente, mas por si mesmo, pela sua própria segurança e sentimento de desamparo.
* Isto não significa que Jeoás não reconhecesse que o velho profeta era um valioso conselheiro e não se desse conta que a morte do “homem de Deus” constituía para ele e para Israel uma perda trágica.
* “Meu pai, meu pai”, este é um título respeitoso, o velho profeta era um pai bondoso, sábio e compassivo. Quando o rei se encontrava em dificuldades podia ir ter com ele e busca de consolo e orientação.
* Carros de Israel”, esta afirmação insinua que Joás, nem sempre dado atenção ao profeta de Deus. Agora, reconhece que ele é mais valioso que qualquer quantidade de carros e cavalos. Até porque nesta altura Israel quase tinha ficado sem cavalos e carros (v. 7). Para Israel, a paresnça de Eliseu simbolizava a presença de Senhor Deus. E só com Deus a nação podia ter uma defesa segura.
2. O ser humano naturalmente busca a Deus quando deseja suprir interesses egoístas, não para perdão dos pecados. Jeoás era idólatra, mas vai procurar o homem de Deus com interesses egoístas e políticos.
3. O ser humano busca a Deus quando o sucesso material lhe parece impossível. Com um exército debilitado e cidades invadidas pelos sírios, o rei Jeoás entra em desespero procura o profeta Eliseu por ajuda, pois estar no mais alto nível de poder humano não é garantia de sucesso em tudo.
II. Só buscamos Deus nas horas de desespero – II Reis 13:15

1. Deus revela os seus mistérios com misericórdia mesmo aos que O buscam com motivações erradas. Eliseu, homem de Deus, representou o carácter bondoso de Deus transmitindo a Jeoás as revelações que fora procurar.
* “Toma um arco e flechas” (v. 13), as associações simbólicas gravam a verdade de forma mais vívida que as declarações abstratas. Antigamente as ilustrações visuais tinham grande valor. O rei participou nesta pedagogia do profeta e a predição do profeta ensinava-lhe que o seu êxito futuro estava em harmonia com o grau de confiança que tivesse nas indicações divinas.
2. Deus supre as necessidades dos que d´Ele se aproximam. Ninguém que procura a Deus por socorro sai sem respostas. Jeoás não se converteu, mas Deus lhe respondeu por meio do profeta Eliseu.
* “Põe as mãos sobre o arco, Eliseu pôs as mãos sobre as do rei” (v.16). Eliseu cria impressioná-lo, dar-lhe confiança que o Senhor o acompanharia, o fortaleceria e daria êxito, bastava confiar.
3. Deus orienta a todos os que O buscam na hora do desespero:
a) Saia do comodismo e da ociosidade: Retesa o arco.
b) Siga a direção determinada por Deus: Abra a janela para o oriente e atira a flecha do livramento do Senhor. A oriente estava Gate que tinha sido tomada pelo rei da Síria. Esta era a mensagem do profeta o rei deveria orientar todos os seus esforços para oriente para libertar as cidades do outro lado do Jordão sob o domínio dos sírios.
c) O combate deveria ser intenso, empenho em lutar pelo sonho de libertar Afeque (v.17).
III. Fracassamos por não vivermos sob a orientação de Deus - II Reis 13:18-19

* “Fere a terra. E ele a feriu três vezes, e cessou” (v. 18). Deteve-se cedo demais. Pouco perseverante na tarefa e nos objectivos. Deus estava a dar-lhe uma vitória definitiva sobre os seus inimigos da Síria.
* v.19. a lição que Jeoás devia aprender é para todos: na obra de Deus, quem pede esforços ousados, perseverantes e contínuos, os resultados estão na proporção directa do esforço realizado.
* A obra atrasa-se porque os obreiros da vinha do Senhor cansam-se muito cedo. Se cada obreiro se desse completamente à tarefa de salvar almas, os resultados seria dez vezes maiores do que são hoje. Deus obtém vitórias da graça mediante os Seus servos quando estes se entregam a Ele em total consagração e trabalham com energia e zelo.
1. Almejamos vitória ou sucesso em tudo o que fazemos na vida, mas não alcançamos completamente; não que Deus não o queira, mas porque não seguimos todas as regras (Josué 1:5-9).
2. Almejamos famílias fortes espiritualmente, mas não as temos; não que Deus não queira, mas porque não aplicamos todos os princípios de Deus na vida familiar (Deuteronómio 6:5-9).
3. Almejamos uma igreja poderosa e vitoriosa, mas não somos; não que Deus não queira, mas porque não vivemos intensamente as Suas ordens (Atos 1:4, 8, 14).
4. Almejamos conquistar muitas almas para Jesus, mas não conseguimos; não que Deus não o queira, mas porque não vivemos intensamente as Suas orientações (Mateus 28:19-20).
APELO:

1. Tenha atitude de estabelecer um plano e colocá-lo diante de Deus.
2. Tenha disposição de depender da orientação de Deus e de Sua Palavra quanto a este plano.
3. Tenha determinação de lutar intensamente confiando em Deus até ver o resultado almejado

terça-feira, 10 de maio de 2011

TERRÍVEL CRISE MORAL E SOCIAL NOS ÚLTIMOS DIAS

INTRODUÇÃO: II Timóteo 3:1-5
1. A realidade da nossa sociedade: Crimes hediondos, massacres brutais, pedofilia, abuso sexual, estrangulamento, pornografia, homossexualismo, imoralidade, infidelidade, etc.
2. A realidade da nossa era é revelada na Bíblia: O apóstolo Paulo descreve a realidade dos últimos dias num catálogo de perversidades morais.
3. A realidade profética para o futuro: Multiplicação da decadência moral na humanidade até ao advento de Cristo.
I. A SÍNDROME DOS ÚLTIMOS DIAS: OS TEMPOS DIFÍCEIS – II Timóteo 3:1
“SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.”
1. Os últimos dias são caracterizados por sua imensa dificuldade jamais vista. Nada de melhorar, cada dia será pior!
* “sabe”, ou compreende. Paulo já tinha predito que alguns se afastariam da fé (1ª Tim. 4:1-3), e agora insta Timóteo a que esteja alerta enquanto aos perigos insidiosos que ameaçam a igreja nos últimos dias, perigos que afectariam a sua pureza e reputação, e isto até Cristo voltar.
2. Os últimos dias são caracterizados pelo crescimento da imoralidade humana. Nada de diminuir, a tendência é aumentar!
* “últimos dias”(2ª Ped. 3:3; 1ª João 2:18), desde que entrou o pecado têm prevalecido no mundo os meles enumerados em 2ª Tim. 3:1-5. Isto já aconteceu nos dias de Noé (Gén. 3:5,11) e nos tempos do N.T: “A Terra obscureceu-se devido à má compreensão de Deus.
"Para que as tristes sombras se pudessem iluminar, para que o mundo pudesse volver ao Criador, era preciso que se derribasse o poder enganador de Satanás. Isso não se podia fazer pela força. O exercício da forma é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força ou pela autoridade. Só o amor desperta o amor. Conhecer a Deus é amá-Lo; o Seu caráter deve ser manifestado em contraste com o de Satanás. Essa obra, unicamente um Ser, em todo o universo, era capaz de realizar. Somente Aquele que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia torná-lo conhecido. Sobre a negra noite do mundo, devia erguer-Se o Sol da Justiça, trazendo ´sob as Suas asas ´(Mal. 4:2)." Desejado Todas as Nações, ps. 14,15.
* E assim continuará até ao fim. Paulo claramente explicita em Gálatas 1:4 “este presente século”, e João declara que “o mundo inteiro está no maligno” (1ª João 5:19). De modo que a presença do mal não é uma característica exclusiva dos últimos dias; no entanto, a depravação moral progressiva da raça humana denuncia a completa incapacidade do homem para salvar-se a si mesmo. Deve esperar-se que a intensidade do mal aumentará na medida que nos aproximemos do fim.
3. Os últimos dias são caracterizados pelo terrível comportamento humano. Embora mais educado, menos pudor.
* “os últimos dias”, “tempos”, kairós, ocasião, “tempo assinalado” (Heb. 1:7). Desde os dias de Paulo a igreja tem passado por períodos de grave perigo causados pelo mundanismo, a perseguição, o erro e apostasia; mas a Inspiração declara aqui que nos “últimos dias” o povo de Deus deve esperar tentações e perigos especiais.
II. RAZÃO BÍBLICA PARA A SÍNDROME DOS ÚLTIMOS DIAS – II Timóteo 3:2
“ Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,” II Tim. 3:2.
* “homens amantes de si mesmos”, a antítese do homens cristão, ou do espírito cristão, não abnegado, nem manso; “avarentos”, filárguros, “amantes de dinheiro” (Luc. 16:14; 1 Tim. 6:10); “arrogantes”, homens que confiam nas suas próprias capacidades e desprezam os recursos a Deus e os direitos do próximo; “blasfemos”, ou caluniadores, ou seja, que com as suas palavras maliciosas causam dano à reputação e a honra do próximo.
1. Satanás tem grande ira, pois sabe que pouco tempo lhe resta (Apocalipse 12:12). Ele não perde tempo, está a lutar com todas as forças para imprimir o mal na sociedade e até dentro da igreja.
2. Satanás propõe insistentemente o egoísmo aos seres humanos, que é a porta para todos os outros pecados: ganância, presunção, soberba, blasfémia, desobediência, ingratidão, profanação, ódio, calúnia, intemperança, crueldade, desprezo e hipocrisia.
3. Satanás alcança seu ideal de afastar as pessoas do ideal de Deus, induzindo pessoas a amar mais os prazeres carnais que a Deus (II Timóteo 3:4).
III. ALERTA DIVINA DIANTE DA SÍNDROME DOS ÚLTIMOS DIAS – II Timóteo 3: 5
1. Deus quer que conheçamos a realidade de decadência social dos dias que antecedem a vinda de Cristo: “tendo aparência de piedade” (II Timóteo 3:5). Ou seja as características externas de religiosidade: assistência à igreja, ofertas para a igreja e até serviço pessoal à igreja. Esta característica aplica-se especificamente aos que se identificam superficialmente com o cristianismo.
2. Deus quer que nos afastemos destes pecados e das pessoas com estas características, eles estão lá para nos afastar da verdadeira fé em Cristo: “Afasta-te também destes” (II Timóteo 3:5).
* Um conselho a Timóteo e a todos os dirigentes futuros para que estejam alerta antes os perigos que a igreja enfrenta. Além de estarmos precavidos pessoalmente para não sucumbirmos ante as más práticas aqui descritas (2-5), Timóteo devia assinalar publicamente essas tendências e práticas insidiosas que cerceava a influência do cristianismo.
* O comportamento dos membros nominais da igreja, de todos que aparentam lealdade aos caminhos de Deus e no entanto não manifestam uma evidência tangível de fazer progressos na semelhança com Cristo, foi ao longo dos séculos um grande obstáculo ao progresso do Evangelho, obstáculo maior que qualquer outro factor. (2ª Tim. 2:14-16; 1 Tim. 4:16; 2 Ped. 3:12).
CONCLUSÃO:
1. Já estamos a viver os últimos dias, por isso aumentam as dificuldades em todos os aspectos.
2. Já estamos a viver os últimos dias, por isso vivenciamos a desintegração da família, a degradação moral e a destruição da vida espiritual como nunca antes.
3. Já estamos a viver o fim dos últimos dias, podemos aguardar com grande expectativa o dia da gloriosa vinda de Cristo para nos levar para o Céu (Tito 2:13).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A CONVERSÃO GENUÍNA

INTRODUÇÃO: II Reis 5:1-19
Todo o pecador enfrenta problemas insolúveis na própria vida. Toda a pessoa, por mais poderosa que seja, tem um “porém” na vida, uma limitação.
I. COMO DEUS AGE NA VIDA DE UM PAGÃO.
1. Deus concede o sucesso, mesmo que o pecador não saiba (II Reis 5:1).
* Naamã era um general sírio. Síria estava frequentemente em guerra contra Israel; é evidente que neste momento havia paz. Algum tempo antes, Acabe tinha sido morto na batalha contra Bem-adad (1 Reis 22:34-37). Não é apresentado o nome do rei de Israel, mas é possível ver nos versos 39 e 40 que se trata de Acabe.
* Naamã “era um homem grande”. Era um personagem importante na Síria. Tinha granjeado fama e honra com as vitórias alcançadas; mas tinha um “segredo” uma desgraça chamada lepra. Mantinha-se no cargo de comandante-chefe do exército sírio, certamente que se sentia limitado por esta doença.
* Ainda que não é difícil de imaginar como disfarçava com o seu orgulho esta doença. Não é difícil de o imaginar sentado à frente do seu exército sentado no seu cavalo branco e todas as pessoas com um olhar de admiração; mas era leproso.
2. Deus permite que alguém de forma inesperada fale sobre Ele ao pecador (II Reis 5:2-4).
* No verso 2 refere que havia frequentes incursões nas fronteiras. E numa dessas levaram uma menina como escrava que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Esta menina era escrava em casa do general que tinha derrotado o seu povo. No entanto, era uma menina – rapariga – muito fiel no seu serviço (como Daniel, ou José); de contrário não permaneceria em casa de uma pessoa tão importante.
* ver 2ª Reis 5:3: “Oxalá o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria”. Presa não se esquecia da sua pátria nem de Deus. Nem sequer pensava mal dos que a mantinham escrava. Com o coração cheio de amor a Deus, sentiu estima pelo enfermo e pela sua esposa. Em vez de desejar mal pela sua própria desgraça, desejou o bem-estar e a cura daquele que lhe roubara a liberdade e afastara dos seus entes queridos.
* Ela sabia o que Deus tinha feito por meio do seu profeta em Israel e tinha fé que o poderia fazer também por este estrangeiro. Ela sabia que a lepra era uma doença incurável, mas os pais da menina hebreia tinham-lhe ensinado que para Deus não há impossíveis.
* Este é o maior testemunho que se pode dar nesta Terra a favor do Deus do Céu; o testemunho que vem de um coração que tem absoluta confiança no Senhor.
3. Deus "abre as portas" para facilitar ao pecador encontrá-lO, embora possa haver dificuldades a fim de desenvolver a fé iniciante (II Reis 5:5).
* A fé gera fé, assim como o amor gera amor. A fé é um círculo sempre crescente que vai do coração para o coração, e de país para país até circundar a Terra. (Actos 1:8-9). Só a eternidade poderá mostrar os resultados do testemunho resultantes da confiança no Deus de Israel dado por uma menina cativa ante a esposa do general, lá num país estrangeiro.

II. COMO AGE UM PECADOR PRESTES À CONVERTER-SE.
1. O pecador prestes a conversão aceita a sugestão de buscar a Deus e libertação (II Reis 5: 5).
* Naamã leva consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de vestidos. Isto quer dizer que Naamã não conhecia o Deus de Israel, para se obter um favor divino tinha que se pagar. Ele não conhecia a Deus e nem o profeta de Israel. O que levou foi um verdadeiro tesouro suficiente para recompensar de forma magnífica o profeta.
* Não sabia que o Senhor anelava curá-lo sem esperar em contrapartida ouro ou prata. Não sabia que Eliseu servia a Deus e ao próximo, não por ganância, mas pelo bem que pudesse fazer.
* Por essa altura não se cunhavam as moedas, nem os lingotes de ouro ou de prata, era por peso.
- Um talento de prata pesava 34,2 kg, ou seja em prata Naamã levava 342 kg de prata. Seis mil siclos de ouro equivalem a 6.000 peças de ouro. À razão de 11,4 g por siclo, aproximadamente, terá levado 68,4 kg de ouro.
- Isto revela a gravidade da situação em que se encontrava Naamã.
2. O pecador prestes à conversão encontra dificuldades externas e internas em sua busca por Deus e libertação (II Reis 5:6-12):
a) Ele encontra cépticos que promovem a incerteza (II Reis 5:6-8).
b) Ele fica indignado com as orientações de Deus (II Reis 5:10).
* As instruções recebidas por Naamã recordam-nos a ordem de Jesus ao cego (João 9:7). Em ambos os casos foi dada uma ordem que colocou à prova a fé de quem a recebeu. Só a obediência plena receberia a bênção da cura. As águas do Jordão deveriam ser para Naamã aguas de saúde e de vida. Há sabedoria em obedecer às ordens do Senhor.
c) Ele luta contra o preconceito e orgulho do coração (II Reis 5:11).
* “Eu pensava”, dizia a si mesmo. Naamã tinha as suas próprias ideias, estas não coincidiam com as de Deus. Quando ouviu a ideia do homem que o podia curar da sua lepra, concluiu imediatamente como poderia realizar a cura. Formulou o seu próprio plano, e esperava que Deus aceitaria o mesmo.
* Mas os preconceitos humanos no que diz respeito à forma de actuar de Deus muitas vezes são errados. Quando traçamos de antemão os caminhos que a Providência deve seguir, estamos sujeitos a uma grande desilusão.
* Deus decidiu tirar Israel do Egipto através do Mar Vermelho, mas esse não era o pensamento do homem. Deus enviou o Seu Filho para que nascesse num estábulo, mas isto não se ajustava com as ideias dos grandes e poderosos da terra.
* Deus planeou que o Seu Filho vivesse entre os homens como servo dos necessitados, mas isto não concordava com o que os judeus pensavam sobre o Messias que esperavam.
* Quem deseja ser salvo e queira andar nos caminhos do Senhor, deve aprender que estes caminhos são infinitamente mais altos e melhores que os caminhos dos homens (Isaías 55:8,9).

3. O pecador humilha-se e obedece as orientações de Deus depois de muita resistência (II Reis 5:14).
• Antes de receber a bênção que tinha vindo buscar, Naamã teve de aprender e reconhecer que Eliseu era o porta-voz do Céu.
• A cura não se teria efectuado se ele não tivesse acatado as palavras do profeta.
• Quando Deus fala, só uma maneira de ser abençoado; deixar as opiniões pessoais de lado e aceitar a mensagem do Senhor.
III. COMO AGE UM PECADOR QUE EXPERIMENTOU A LIBERTAÇÃO DO PECADO.
1. Quem experimenta a libertação do pecado testemunha que só há um Deus verdadeiro (II Reis 5:15).
* “Então voltou Naamã ao homem de Deus”. Naamã voltou a Naamã com o coração reconhecido. Ao despojar-se do orgulho e ser curado, Naamã mostrou que o seu coração estava em harmonia com Deus; era um verdadeiro filho de Deus. Jesus refere-se a ele (Lucas 4:27).
“Poucos compreendem o amplo significado das palavras ditas por Cristo quando, na sinagoga de Nazaré Se apresentara como o Ungido. Ele anunciara a Sua missão de confortar, abençoar e salvar os aflitos e pecadores; e então, vendo que a incredulidade e o orgulho controlavam o coração dos Seus ouvintes, Ele recordou que no passado Deus Se havia retirado do Seu povo escolhido por causa da sua incredulidade e rebelião, e Se tinha manifestado aos das terras pagãs que não haviam rejeitado a luz do Céu. A viúva de Sarepta e Naamã da Síria tinham vivido à altura de toda a luz que possuíam; assim foram eles considerados mais justos que o povo escolhido de Deus que se tinha desviado dEle, e sacrificado o princípio à conveniência e à honra mundana.” Actos dos Apóstolos, p. 416.
* O general de um país pagão mostrou fé e gratidão, estranhas entre o povo de Deus. O Senhor está perto dos que estimam as bênçãos e revela-Se muito bondoso para com eles.
2. Quem experimenta a libertação do pecado tem um coração agradecido, desejoso de ofertar a Deus (II Reis 5:15).
* Naamã tinha ouvido o testemunho da sua pequena criada hebreia, agora conhecia Deus pela sua experiência pessoal. A fé converteu-se em conhecimento. Agora o seu testemunho levava o toque da segurança. Naamã reconhecia que fora de Israel não havia Deus. Os deuses que se adoravam na Síria e nas nações fronteiriças eram ídolos feitos por homens; mas o Deus de Israel era o Criador do céu e da terra, o Senhor que dava via e esperança à humanidade.
3. Quem experimenta a libertação do pecado é fiel e sincero diante de Deus e dos homens (II Reis 5:17-18). O pecador convertido tem paz no coração (II Reis 5:19).
APELO:
1. Permitamos que Deus nos conduza para perto dEle.
2. Permitamos que Deus revolucione a nossa vida física, mental e espiritual.
3. Permitamos que Deus opere agora mesmo a fim de que experimentemos as maravilhas da conversão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

SEM HUMILHAÇÃO NÃO HÁ VIDA ESPIRITUAL

II Crónicas 7:11-15 – Deus escolhe o lugar do templo e fala com Salomão.
A proposta de Deus é exclusiva às pessoas que pertencem exclusivamente ao povo de Deus. A proposta é baseada em condições expostas pelo próprio Deus ao Seu povo. A proposta de Deus resulta em bênçãos maravilhosas vindas diretamente do trono da graça.
“A sabedoria é a coisa principal, adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o conhecimento.” Prov. 4:7. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” Sal. 111:10. “O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, aborreço.” Prov. 8:13.
I. PROPOSTA DE DEUS PARA RESTAURAR SEU POVO – II Crón. 7:11-13
1. “terminou as obras do templo”. Salomão realizou com êxito tudo o que tinha começado.
2. v.12 “O Senhor apareceu-lhe numa nuvem”. Aqui começa a narração do próprio Deus à oração de dedicação de Salomão. Os vs. 13-15.
3. O lugar do templo era o Monte Moriah, memorável por ser o lugar onde Abraão tinha demonstrado de forma suprema a sua fé ao estar disposto em oferecer o seu próprio filho, e por ter sido santificado com a presença do Anjo que deteve a praga de Jerusalém (1 Crón. 21:15-18), foi eleito como o lugar onde se devia construir o Templo.
* Em tudo isto Salomão foi submisso a Deus, esta submissão é o principio da sabedoria.
3. É nesta sabedoria que o povo de Deus deve buscar intensamente a presença constantemente de Deus.
4. Ao buscar com intensidade o Senhor é levado a abandonar o caminho do pecado para seguir o caminho da santidade.
II. RESULTADO DE ACEITAR A PROPOSTA DE DEUS – II Crón. 7:14
1. Quando o povo de Deus desce do pedestal do orgulho ao vale da humildade, Deus o exalta. Quando o povo de Deus ora com fé pelas promessas bíblicas, Deus ouve do Céu o seu clamor.
3. No ver. 14, “se o meu povo se humilhar”. Para toda a bênção real de Deus, há uma exigência enorme. O orgulho é como a antiga “muralha da China”, uma barreira pela qual não se pode entrar. Os inimigos conseguem: por suborno. Deus não suborna ninguém!
* O desejo de Deus é que o pecador se humilhe, abandonem os seus pecados, se voltem para Ele e vivam. Deus não se deleita no sofrimento e na morte do ímpio, e com diligência insta no coração dos pecadores para que se arrependam e se afastem das suas transgressões para que a iniquidade não lhes traga ruína: Isaías 1:18-20; Jer. 25:5; Ezeq. 18:30-32; Oseias 6:1.
*Quando o povo de Deus abandona o caminho do pecado, Deus cura as mazelas da alma.
APELO: Humilhemo-nos diante de Deus e aguardemos a restauração da nossa vida. Oremos mais intensamente a Deus e esperemos as grandes bênçãos. Busquemos diariamente a face de Deus e espere o sucesso completo em sua vida e saúde.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

UM CEGO NÃO PODE GUIAR OUTRO CEGO

O problema não é recente; existe desde o surgimento da igreja. Porém, nestes últimos dias, cego guiando outro cego (Mateus 15:14) tornou-se uma pandemia e de grande influência para a apostasia espiritual no meio cristão. O apóstolo Paulo identificou essa triste realidade e fez a seguinte declaração:
"E espero no Senhor Jesus que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios. Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado; porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus." [Filipenses 2:19-21]
Quem eram esses "todos os outros" a quem Paulo se referia? Ambos, ele e Timóteo, eram ministros do evangelho - pastores espirituais, de quem se esperava interesse pelo bem-estar dos crentes. Igualmente, é claro que pelo menos alguns dos "outros" eram ministros declarados. Um deles - Demas - era um colaborador de Paulo (Filemom 1:24; Colossenses 4:14), porém mais tarde o desamparou, "amando o presente século" (2 Timóteo 4:10).
Para pôr as coisas no contexto, Paulo disse isto referindo-se aos crentes que estavam com ele em Roma:
"E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho." [Filipenses 1:14-17]
Alguns dentre os que pregavam faziam-no por boas razões, porém outros não. O triste era que somente Timóteo, mais ninguém, estava em condições de ajudar Paulo a administrar as necessidades em Filipos. Epafrodito, amigo e companheiro de Paulo (verso 25), foi enviado juntamente com Timóteo, de modo que não creio que ele estivesse incluído na declaração sobre aqueles que buscavam os seus próprios interesses.
Estão os pastores realmente a cuidar das ovelhas? Ou estão aqueles que ministram desiludidos porque queriam ter uma mega-igraja? Ser um grande evangelista? Aparecer na Televisão? Quando isso não acontece, a igreja é assistida por uma dúzia de membros nas reuniões de oração, ficam tão desanimados que orientam a sua vida para continuar a estudar na Universidade, ou quem sabe: a duvidar? Meus amigos, cães-pastores não são pastores! (Calma - não estou a chamar cães - estou apenas a fazer uma ilustração). Em algum momento as congregações perderam de vista o fato de que pastorear pessoas e arrebanhá-las são duas coisas diferentes.
A minha segunda pergunta é esta: Estamos nós (pastores e anciãos) a instruir em "todo o conselho de Deus" (Atos 20:27), ou apenas um conjunto de filosofias, ou conceitos teológicos de cariz liberalista?
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências." [2 Timóteo 4:3]
A natureza humana ama o entretenimento e a satisfação. E muitos indivíduos que possuem carisma podem ler as Páginas Amarelas e mesmo assim cativar as pessoas. Acrescentam uma música cuidadosamente selecionada para mexer com as emoções, misturam ritmos conhecidos com uma mensagem superficial - e eis ai um combinação poderosa! Adolf Hitler não declarava ser ministro do evangelho, mas usou táticas similares para garantir a aceitação da maior parte da população cristã da Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial. Portanto, se acha que não pode ser enganado e iludido nesse aspecto, a história mostra o contrário!
Os pregadores estão a usar sermões (se é que podem ser chamados sermões) para tocar nas emoções humanas e encantar as multidões. Paz, amor e uma sensação de pertencer são necessidades básicas arraigadas na alma humana. E muitos indivíduos sem escrúpulos estão explorando essas necessidades a fim de manipular as massas. Se você duvida dessa afirmação, basta observar cuidadosamente o conteúdo dos noticiários da TV quando eles, por alguma razão, mostram multidões nas igrejas como parte da sua programação. Quase sem excepção eles mostram pessoas em situações próximas a um transe, e isto sob o efeito da música e "erguendo as mãos santas em adoração". Essas multidões encontram-se emocionalmente alteradas “drogadas” por um pacote de sermão e música cuidadosamente preparados para alcançar um resultado esperado. O efeito é persuasivo, pois as pessoas querem mais e mais dessa sensação e sentem um vazio quando não recebem a sua “dose” emocional semanal.
E falando nisso, vem à minha mente a seguinte passagem:
"Que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para nós enganos." [Isaías 30:10]
Permitam-me apresentar uma situação hipotética para ilustrar o que quero dizer. O que aconteceria se um general usasse esse tipo de retórica agradável aos ouvidos ao discursar para as suas tropas antes de enviá-las à batalha? Acredita que um sentimento de "entusiasmo e tranquilidade" manteria os ânimos dos soldados equilibrados quando eles observarem os horrores da guerra? A realidade é muitas vezes desagradável, porém sempre necessária aos crentes, pois devemos enfrentar as batalhas espirituais do quotidiano. E a pregação que deixa de "reprovar, repreender e exortar" (2 Timóteo 4:2) por que o pastor está ocupado a fazer com que as pessoas se sintam bem consigo mesmas é perigosa. Quando o Diabo anda em derredor, buscando a quem possa tragar (1 Pedro 5:8) e está prestes a derrubar a porta - então, meus amigos, não é tempo para dizer palavras aprazíveis aos ouvidos!
Um pregador que deixa de "quebrar alguns ovos" regularmente, por que tem o objetivo de ser popular, não está qualificado para o ministério. Se ele fizer o seu trabalho corretamente, não será popular para a maioria dos perdidos. Assim, a tentação óbvia é manter um perfil discreto e dar o que eles pedem e esperar que voltem no próximo sábado. Então, se você é realmente bom nesse tipo de contemporização, os amigos deles se juntarão a eles e, brevemente, você será famoso, “o pastor simpático”. Mas clubes sociais construídos sobre o nome de Jesus Cristo não são a igreja do Novo Testamento.
O objetivo da adoração é reconhecer o infinito valor de Deus e direcionar a nossa oração e louvor para Ele. Tudo gira em torno de dar e não receber, mas, de alguma forma, esse princípio foi invertido com o passar dos anos. De forma que agora muitos vêem a igreja como um posto de abastecimento espiritual onde eles enchem o tanque para mais uma semana. Eles sentem-se totalmente desapontados se a "diversão" não corresponder às suas expectativas. Sermões doutrinários tornaram-se tão raros, porque todos sabem que a doutrina bíblica divide as pessoas. Pregue-a, enfatize-a e brevemente terá de fazer as reuniões na sala de estar da casa do pastor, pois a multidão desaparecerá. Mas pergunto - isso é algo ruim? Falo por mim mesmo, pois prefiro ter a oportunidade de pastorear um pequeno grupo de crentes genuínos do que quatrocentos dissimuladores!
A ordem do Senhor aos discípulos para a evangelização, é "Ide..." (Mateus 28:19; Lucas 16:15), e não diz aos perdidos "Vinde"! Já paramos para pensar nisto? Não há nenhum ensinamento no Novo Testamento que diga que devamos convidar os incrédulos para virem às nossas igrejas "para que possam experimentar a vibração do Evangelho". Sinceramente, o meu irmão convidaria o Diabo para sentar-se ao seu lado na igreja? Sei que serei criticado por dizer isso, mas é basicamente o que muitos querem. Muitos daqueles que vivem no mundo (Sodoma e Gomorra) já entregaram o coração ao Diabo, alguns sentam-se nos bancos das nossas igrejas. Além disso, a ecclesia, ou "igreja", sendo um ajuntamento de crentes cheios do Espírito Santo, esse crente/incrédulo sente-se totalmente deslocado. E, se eles não se sentem constrangidos pelo Espírito Santo, está a igreja em falta! A apostasia explosiva que está a acontecer atualmente é prova inegável de que esse costume tem contribuído grandemente para a proliferação do joio no meio do trigo. Métodos mundanos e boas intenções permitiram que esses indivíduos não somente se sintam à vontade, mas totalmente acomodados à situação! Eles são membros e, como as ervas daninhas, sufocam a vida espiritual da igreja.
O que devemos fazer é ir até aos perdidos e dar-lhes a mensagem do evangelho. Então, receber em nosso meio todos os que responderem e mostrarem evidências de que nasceram de novo; ajudá-los a crescer na graça e no conhecimento de Cristo. Isso envolve evangelismo a nível pessoal. Devido à falta de compromisso e indolência, tornou-se mais fácil "deixar o pregador fazer o serviço". Basta convidar os incrédulos para virem à igreja, onde o pregador poderá completar o trabalho para que eles sejam “salvos”.
Aparente zelo de Deus, mas sem entendimento (Romanos 10:2 - onde a palavra grega para entendimento é epignosis, denotando discernimento completo) é, infelizmente, característica da maioria dos ministros hoje. A fixação em números para melhorar a imagem de êxito espiritual é a regra e não a excepção. Todo o truque conhecido no mundo da propaganda está a ser usado (e muito eficazmente) para "construir ministérios". Porém, esses ministérios são realmente igrejas, de acordo com a acepção do Novo Testamento? Eles equipam os crentes para viverem por Jesus Cristo num mundo hostil e a enfrentarem a perseguição peculiar à vida cristã? Ou será que não precisamos reconhecer que a grande maioria está a ser conduzida por flautistas de Hamelin cujo principal interesse é que as pessoas voltem no sábado seguinte?
Nenhum pastor que realmente ama as suas ovelhas quer vê-las sem direção. Porém, se ele deixar de "reprovar, repreender e exortar com toda longanimidade e doutrina", num esforço para evitar ser desagradável - ele as estará prejudicando terrivelmente! A pregação da Palavra de Deus envolve um elemento de disciplina e quando "facilidades" são admitidas, o resultado inevitável é a anemia espiritual entre os adoradores e apostasia entre os meros admiradores.
Portanto, se você olhar ao redor no próximo sábado e perceber que está no meio de uma grande congregação que gravita em torno da personalidade de um pastor que prega mensagens baseadas no tema "sinta-se bem consigo mesmo", meu conselho é: leia a Bíblia e o Espírito de Profecia e ore por esse pobre pastor ou ancião!
"Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei." [2 Coríntios 6:17]


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Se o chamado não é para colocar a confiança em Jesus Cristo como Salvador, se não é pregado o que Ele está a fazer presentemente no Lugar Santíssimo e que em breve virá, assumo o que digo, está a perder tempo!
Esperamos que este ministério seja uma bênção na vida de cada crente. O nosso propósito deve ser educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Aurora, o Novo amanhecer que se concretiza nas palavras de Jesus: João 14:1-3.

TEMPO DE VACAS GORDAS E MAGRAS

Génesis – 41: 1- 4
Introdução:
- Muitas vezes perguntamos como vai alguém, e a resposta é basicamente a mesma: “Olha, enquanto não bater com a cabeça na parede, ele não muda”.
- Porque razão é necessário sofrer para aprender a amar e respeitar a Deus acima de todas as coisas?

Vacas magras e vacas gordas. Invariavelmente as nossas vidas estão ou num período ou no outro.

1. AS VACAS GORDASA. Um período de grande poder e restauração na vida de José.
1. Perante a nação Egípcia
2. Perante a sua própria família, mais tarde.
B. Um período de grande fartura, devido a uma grande produção da terra. Havia tanto trigo que não se podia contar: “como a areia do mar”.
C. A terra sempre produz, os clientes sempre compram, as vendas sempre acontecem...

2. AS VACAS MAGRASA. O mais forte torna-se fraco. Faraó está sujeito ao que José lhe falará. O império torna-se importante diante da visita de Deus.
B. O mais fraco torna-se forte e domina sobre os outros. José tornou-se o senhor de todas as gentes.
C. Começa com uma grande fome sobre a terra. A terra parou de produzir o seu fruto.
D. Não havia dinheiro na praça. Ninguém podia comprar o pão de cada dia. Começa a evaporar as economias de cada um:
1. o gado, os cavalos, as ovelhas
2. a terra e os campos foram vendidos
E. Finalmente, disse José ao povo: “Hoje vos tenho comprado a vós e a vossa terra para Faraó”.

ALGUMAS LIÇÕES:
1. O período das vacas gordas é perigoso porque ele oferece uma falsa segurança. A segurança resultante dos bens e das riquezas.- Prov 11:28 Aquele que confia nas suas riquezas cairá
- Prov 27:24 pois as riquezas não duram para sempre
- Ecl 5:13,14 Há um grave mal que vi debaixo do sol: riquezas foram guardadas por seu dono para o seu próprio dano; e as mesmas riquezas se perderam por qualquer má aventura; e havendo algum filho nada fica na sua mão.
- 1Tm 6:17 nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas, mas em Deus...
- Tg 5:2 Eia agora vós ricos, chorai e pranteai, por causa das desgraças que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão roídas pela traça.
2. No período das vacas gordas, lembre-se de Deus e do seu compromisso com o seu reino.
3. No período das vacas gordas, lembre-se de que Deus é o seu bem supremo e não as suas coisas.

4. O perigo das vacas magras é perigoso porque ele leva ao desespero.- Sal 14:1 [53:1] Diz o néscio no seu coração: Não há Deus.
- Ef 5:17 Pelo que não sejais insensato, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.
- Prov 12:15 O caminho do tolo é reto aos seus olhos.
- Ecl 5:4 Ele não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.
5. No período das vacas magras, viva de maneira digna diante dos outros e diante de Deus. Não faça como a mulher de Job que pediu que ele amaldiçoasse a Deus e morresse.
5. No período das vacas magras, lembre-se que Deus está pronto a restaurar e suprir todas as suas necessidades.
- Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação (HC 3:17,18).

Conclusão:“Então Faraó acordou”. Foi um sonho que veio a ser tornar realidade.
O meu desafio para você é que você acorde: Se você vive num período de vacas gordas, acorde antes que as vacas magras entrem na sua vida.
Se você vive num período de vacas magras, acorde antes que elas destruam a sua vida por completo.

O HOMEM QUE SE CONSIDERA SÁBIO, MAS É LOUCO


"Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos" Rom. 1:22.

O livro de ROMANOS, escrito pelo apóstolo Paulo é a epístola mais teológica, mais profunda, a teologia mais importante da Bíblia, o livro mais destacado entre os escritos sagrados no que concerne à salvação; é a teologia mais profunda, e no entanto, mais evidente e mais esclarecedora.

Vamos começar hoje em Rom. 1:1: "Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus." Nesta introdução ele dá algumas sugestões do que realmente ele quer dizer em toda a epístola. Ele vai falar neste livro sobre o "Evangelho de Deus".

Paulo diz que deseja visitar a grande cidade de Roma, a fim de pregar esse Evangelho; e faz uma PROPOSIÇÃO GERAL, nos versículos 16-17: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé."

Paulo começou a falar do Evangelho na introdução, e, como ele está ansioso para apresentar este emocionante tema, ele apresenta logo a sua proposição. Tudo quanto ele dirá no livro de Romanos está sintetizado nestas poucas palavras que lemos. Ele escreve sobre Justificação pela Fé até o capítulo 8 [1-8]. Do capítulo 9 em diante [9-11], ele apresenta a questão do Judeu em relação à Justificação pela Fé. E do capítulo 12 até o final [12-16] ele culmina com os Frutos, os resultados excelentes, a maneira prática de viver a Justificação pela Fé. De modo que o livro é inteiramente Justificação pela Fé, que nos traz a Segurança da Salvação.

E Paulo começa a dizer: Eu "não me envergonho do evangelho". Ele usa uma expressão chamada litotes, que é uma figura de linguagem segundo a qual nós, quando queremos enfatizar uma verdade positiva, usamos o negativo no início da frase. Então ele está realmente querendo dizer o seguinte: "Eu me glorio, eu me entusiasmo, eu me encho de emoção quando eu penso neste evangelho. E eu estou tão emocionado com ele que eu gostaria de pregá-lo desde o imperador na grande metrópole de Roma, até os seus mais desprezados escravos."

Por que é que ele se entusiasma tanto por este evangelho? Por que é que ele é capaz de dizer que não se envergonha do evangelho? "Porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê".

E então ele esclarece logo no início que ele não é o autor dessa doutrina: porque "a justiça de Deus se revela no evangelho, ...como está escrito". Na realidade, esta doutrina não é do apóstolo Paulo, embora muitos tenham dito: "Eu rejeito essa epístola, porque esta doutrina é do Paulo legalista que só via Lei, Justiça e Juízo; isto é uma invenção do apóstolo Paulo que era fariseu."

Alguns estão dizendo: "Fale-nos do Evangelho de Jesus Cristo, não do Evangelho de Paulo!" No entanto, isto é uma doutrina de toda a Bíblia. E ele já disse isso nestas simples palavras: "Está escrito". E no verso 2, ele já prevenia este argumento contrário, dizendo que essa doutrina pertence às "Sagradas Escrituras".

Desde o Génesis até ao Apocalipse, esta doutrina da Justificação está esparsa em todos os lugares: no Santuário, nos Salmos, nos Profetas, no livro de Isaías – o profeta evangélico; e é claramente um ensino de Jesus Cristo que apresentou muitas parábolas sobre a Justificação pela Fé.

Mas qual é a base de Paulo? Onde ele achou o seu fundamento? Diz ele: "Está escrito: O justo viverá por fé." Quando ele usa estas palavras, ele se baseia em Hab. 2:4: "O justo viverá pela fé." E, nestas poucas palavras, ele fundamenta toda esta teologia filosófica, a epístola mais teológica, mais sistemática da Bíblia, com a qual todos os verdadeiros cristãos se encantam, se abeberam nesta fonte cristalina de verdades santificadoras.

Mas observe o método do apóstolo Paulo. Eu sempre me entusiasmo com a sua técnica. Paulo está fazendo uma proposição. Quando ele escreve as suas epístolas, e especialmente esta aos Romanos, parece que estamos ouvindo uma sinfonia, uma grande composição musical, em que há uma introdução, há os vários temas que são lançados de início em sugestão; depois o compositor toma um tema e analisa, toma outro tema e executa, e depois no final, ele reúne todos os temas e os apresenta em um grande clímax. É assim que o apóstolo Paulo faz em suas epístolas. E ele apresentou esta proposição da salvação pela fé.

I – A LOUCURA DOS GENTIOS
Mas, SALVAÇÃO POR QUÊ? Por que há necessidade de uma salvação? Por que é que nós precisamos ser salvos pela justiça de Deus? A razão por que muitos ainda não se converteram a este Evangelho é porque não entenderam por que deveriam ser salvos. Então Paulo responde a isto no versículo 18, apresentando o primeiro tema, depois de sua grande proposição. O seu tema é este: "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão (injustiça) dos homens." A palavra "perversão" (Edição Atualizada) é uma interpretação, mas a tradução exata do original grego é "injustiça".

Por que é que há necessidade de salvação? Porque há um grande problema. O problema é A IRA DE DEUS. O que é que ele quer dizer com isso? Há uma necessidade de salvação por causa da ira de Deus. E Paulo é bastante claro sobre isso. Mas eu sei que este assunto não é aceito por muitas pessoas, às vezes dentro da própria igreja. Porque os homens não estão querendo ouvir falar de um Deus que tem ira, que se manifesta em ira e em retribuição. Eles estão muito conscientes e muito satisfeitos em falar apenas sobre um Deus de amor.

Se você pergunta para qualquer pessoa: "Você crê em Deus?" "Sim, eu creio em Deus." "Você crê no amor de Deus?" "Ah, sim, o amor de Deus é maravilhoso; se não fosse isso, o que seria de nós?" "Você crê que Deus é um Deus de ira e de justiça?" "Ah, aí não! Eu não aceito isso. Eu só aceito que Deus é um Deus de amor." Em outras palavras, os ímpios estão construindo um deus de acordo com sua própria filosofia, de acordo com os seus próprios sentimentos, e não de acordo com as Escrituras. O homem moderno não quer saber de qualquer ensino que trate da ira de Deus.

Mas como é que você pode transmitir o evangelho se não começar por Deus, e pela maneira como Deus reage diante do pecado do homem? Como você pode ganhar genuinamente uma pessoa para a verdade e para a salvação se você não disser por que realmente nós precisamos ser salvos e do que é que precisamos ser redimidos? Nós precisamos ser salvos da ira de Deus. E este é o argumento do apóstolo Paulo: se nós queremos ser salvos, teremos de nos defrontar com o maior obstáculo à nossa salvação, que é a ira de Deus.

Mas o que significa a ira de Deus? Naturalmente, este é um aspecto do caráter de Deus que até os anjos desconheciam! Esta ira não se confunde com a paixão descontrolada do homem que resulta em vingança. Não é uma cólera arbitrária, uma emoção sem controle. Esta ira de Deus significa o Seu ódio, a Sua indignação e a Sua justa retribuição ao pecado.

De fato, Deus ama o pecador, mas Ele odeia o pecado. Isto significa a ira de Deus. É a justa manifestação divina contra o pecado, a iniquidade e a transgressão. Mas esta verdade está sendo esquecida e, como resultado, vemos muitas igrejas repletas de pessoas conformadas com a sua vida de pecado, sem nenhum temor de Deus diante dos seus olhos, embalando-se em uma falsa segurança! Mas note que o mesmo Jesus que disse: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16), exaltando o amor de Deus, também disse: "O que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:36).

Mas por que a ira de Deus foi despertada? Por causa de duas coisas – diz o apóstolo Paulo: a IMPIEDADE e a INJUSTIÇA. O que significa IMPIEDADE? Significa falta de piedade, e piedade significa devoção, relacionamento com Deus. Impiedade significa falta de Deus na vida. O idioma inglês conserva o significado do grego: impiedade é "ungodliness", cuja raiz é "god" (deus); ungodliness significa sem Deus ou contra Deus, ou falta de reconhecimento ou reverência. Impiedade é praticada por aquele que não tem ligação com Deus, é falta de relacionamento com seu Criador.

Este é justamente o significado do termo grego. É falta de temor reverente para com Deus, de reconhecê-lO como Deus. Este é o motivo, a causa da ira de Deus. E o que significa a palavra INJUSTIÇA? É tudo que é contrário à justiça, ao que é reto e direito. Todos os pecados que cometemos são injustiça. O egoísmo, o orgulho, a cobiça e suas manifestações são sintetizados na palavra injustiça. Impiedade é a transgressão dos 4 primeiros mandamentos; Injustiça é a transgressão dos outros 6 mandamentos da Lei de Deus. Paulo, em uma grande síntese, resume nestas duas palavras a transgressão de todos os Dez Mandamentos.

Mas eu gostaria de considerar a ordem destas duas palavras: "impiedade e injustiça". Por que não injustiça e depois impiedade? Hoje os homens estão invertendo esta ordem. Eles estão dizendo lá fora que o problema do mundo é a injustiça. Simplesmente se nós resolvermos o problema da injustiça, o mundo estará salvo. Portanto, nós precisamos criar boas condições entre os homens. Então muitos estão dizendo: "Nós precisamos de mais educação" – isso diz o ministro da Educação. Um senador disse o seguinte: "Nós precisamos de mais leis, uma nova Constituição." Outros dizem: "Nossa maior necessidade é de polícia com mais autoridade e eficiência para garantir a segurança."

Mas realmente qual é a nossa maior necessidade? É ajustar os problemas com os homens? É um problema em nossa Sociedade? Alguns têm resumido isso dizendo que a maior necessidade do homem é achar "um vizinho gracioso". Não! A nossa maior necessidade é ajustar o problema com Deus. O maior problema, aquilo que atrai a ira de Deus, é o homem viver sem Deus no coração, é o homem estar completamente indiferente em relação ao seu Criador.

Isso é impiedade; primeiro vem a impiedade. Injustiça é simplesmente o resultado. Pecados da injustiça entre os homens são apenas a consequência de não termos um estreito relacionamento com Deus; é simplesmente o seu desconhecimento de Deus. Então ele peca, ele pratica toda a sorte de injustiça. Por quê? Porque lhe falta um sincero relacionamento com Deus.

Você não pode amar o seu próximo enquanto você não ama a Deus. Certa vez o reitor da Universidade de Glasgow, na Escócia foi convidado para um grande congresso evangélico. E ele estava lá diante de muitos teólogos. E aquele homem começou a falar, e disse o seguinte: "Vocês são homens de Teologia, vocês são homens conhecedores desta profundidade teológica. Eu não, eu sou um homem simples, eu não entendo nada de teologia, e nem estou interessado nela. Eu simplesmente quero entender de vocês como é que eu posso amar o meu semelhante. Se vocês me disserem isso, então eu ficarei muito satisfeito." Este homem negava a teologia, e achava que o problema realmente estava entre os homens. Mas o nosso problema está com Deus, porque a ira de Deus é despertada e "se revela contra toda impiedade e injustiça dos homens".

A ira de Deus foi revelada lá no jardim do Éden, quando nossos pais foram expulsos logo que transgrediram a Sua lei. Foi revelada em Sodoma e Gomorra. Foi revelada no Dilúvio. Foi revelada nas 10 pragas contra o Egito através do poder de Deus manifesto contra Faraó. Esta ira de Deus foi revelada lá no deserto entre o povo de Israel. Foi revelada nos cativeiros do povo escolhido. Foi revelada na Igreja Cristã primitiva com Ananias e Safira. Esta ira será revelada nas 7 últimas pragas do Apocalipse. "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens".

A ira de Deus foi despertada por causa da impiedade. Este é o primeiro grande tema de Paulo. Agora, ele passa a ampliar essa verdade. Por que há impiedade entre os homens? Versos 19-20: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis."
Isto é impiedade. Paulo está descrevendo e amplificando isso. É assim que ele sempre faz: ele tem um teorema, ele apresenta a sua tese e então passa a prová-la.

E Paulo continua apresentando a impiedade no mundo gentílico: Qual é o grau da sua impiedade? Versículo 21-22: "Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos."

Eles se dizem sábios, mas são loucos, porque o seu coração não reconhece a Deus. Eles se tornaram nulos no seu intelecto, porque o seu coração estava longe de Deus. E a religião verdadeira é a religião do coração. E a maior loucura que podemos praticar é abandonar a Deus em nosso coração.

Por que os homens são indesculpáveis? Porque eles têm o conhecimento de Deus. Porque esse conhecimento já foi expresso na Natureza. As Suas virtudes, os Seus atributos, a Sua própria Divindade – tudo está claro, basta olhar para o alto, como disse o profeta Isaías. Os grandes filósofos do passado tinham essa luz. Não há necessidade de muitas coisas para sabermos que há um Deus no Céu.

Voltaire foi um homem que dedicou a vida inteira para pregar contra a Bíblia e dizer que esta religião da Bíblia seria completamente descartada em 50 anos. Voltaire, no entanto, estava numa noite estrelada olhando para os céus, e ele escreveu estas palavras: "Eu estava contemplando este maravilhoso espetáculo, eu estava embevecido;" e ele continua: "é preciso ser cego para não ver esta majestade, é preciso ser estúpido para não reconhecer o seu Autor, é preciso ser louco para não adorá-lO." Voltaire era um ateu que estava confirmando estas palavras em si mesmo: "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos." "É preciso ser louco para não adorá-lO!"

Aqui está o homem que gosta de ser chamado sábio, que gosta de ser chamado filósofo. E os gregos tinham esta arrogância, e eles originaram isto, e estas coisas hoje se vêem em nosso mundo, esta arrogância: "Nós temos o conhecimento da Ciência!" E os homens gostam de usar a palavra filosofia: "Eu sou um filósofo"! "Nós somos filósofos, amigos da sabedoria."

Os grandes títulos que muitos cobiçam são estes: a "Filosofia da Educação", "Filosofia da História", "Filosofia da Medicina" e "Filosofia da Psicologia", etc. E eles se enchem dessas expressões cheios de orgulho, e confiam nas suas descobertas científicas e excluem a Deus do seu conhecimento. Mas isto realmente é um engano, é uma ilusão, porque o apóstolo Paulo prova que ao invés de sábios, eles são loucos.

A maior loucura deste mundo é ter o conhecimento de Deus e desprezá-lo. Em maio de 1984, um jornalista noticiou o falecimento de Pedro Lava. Ele era um léxico e escritor de muitos livros. Certa vez lhe perguntou um repórter: "Pedro Lava, o que é que o senhor acha que é a coisa mais nobre da vida?" E ele respondeu: "A coisa mais nobre nesta vida é o amor físico." E este homem, aos 80 anos, que não soube reconhecer a Deus, experimentou o resultado de sua impiedade: Ele tomou uma arma e acionou contra a sua cabeça, abandonando a vida, completamente desencantado com a própria miséria.

Paulo falou até aqui sobre o tema da impiedade.
Mas qual é a consequência da impiedade? O apóstolo passa a demonstrar que o resultado da impiedade é injustiça: Verso 24: "Por isso, Deus entregou tais homens à imundície, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si."

Por que há tanta imoralidade entre os homens? Por que há tanta prostituição, pedofilia, homossexualismo e adultério? Por causa da impiedade. É por que os homens e mulheres abandonaram a Deus, desprezaram o Seu conhecimento, e Deus os entregou às suas próprias vontades pervertidas, e ficaram culpados, como diz o apóstolo nos Versos 29-31: "cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.". Tudo isso é resultado, tudo isso é consequência da impiedade. E no verso 32, lemos que tais pecadores são passíveis de morte.

Uma professora da Alemanha Oriental, num tempo de muita intolerância religiosa, lecionava na sua classe para as crianças. De repente, esta professora disse: "Levantem-se todos, ponham-se em pé e digam: "Não há Deus!" "Então todas as crianças repetiram isso, menos uma; uma menina de 8 anos se negou a dizer que não há Deus.

Então, a professora ficou muito brava com ela, e disse: "Você vai para casa e escreva 50 vezes: "Não há Deus". Ela voltou para casa e escreveu 50 vezes: "Sim há Deus". E ela trouxe para a escola no outro dia, entregou para a professora, e a professora leu: "Sim há Deus, Sim há Deus" 50 vezes.

E ela, enfurecida, disse: "Você volta para casa e vai escrever 500 vezes "Não há Deus", porque senão algo vai lhe acontecer!" e esse algo era a morte. No outro dia a menina voltou com o seu pai para falarem com o diretor a fim de que ele soubesse o que é que estava acontecendo.

E, então, o diretor disse: "Vocês não precisam mais se preocupar. Ontem à noite a professora foi vitimada por um acidente de motocicleta. Ela já morreu e tudo está acabado. Volte para a sua sala de aula." É a ira de Deus que se revela contra toda impiedade e injustiça.

II – A LOUCURA DOS JUDEUS
Até aqui, Paulo falava dos gentios. Mas como estariam os JUDEUS? Os judeus também eram indesculpáveis: Rom. 2:1: "Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas." Os judeus, leitores da carta de Paulo, apreciaram as suas palavras contra os gentios, mas, penetrando no capítulo 2, eles se aperceberam que também eram culpados, merecedores da ira de Deus, como os gentios.

No verso 17, Paulo se dirige diretamente aos judeus: "Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus... Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa." (2:17,23-24). Quem é mais culpado: o pecador que conhece a Lei ou aquele que a desconhece? Os judeus se tornaram mais culpados do que os próprios gentios, mesmo com tantos privilégios espirituais!

Mas qual é a finalidade de tudo o que disse o apóstolo? Finalmente, no capítulo 3:9, o apóstolo Paulo chega à grande conclusão: "Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado." Os gentios se diziam sábios por suas filosofias, mas se tornaram loucos por desprezarem a Deus, e se envolverem na idolatria e consequente imoralidade. Os judeus se diziam sábios por seu conhecimento de Deus e de Suas Leis, mas se tornaram loucos por desonrarem ao mesmo Deus a quem pregavam, e desobedecerem às mesmas Leis que ensinavam.

Portanto, julgando-se sábios, todos eles se tornaram loucos, insensatos, e culpados de pecado, merecendo a ira de Deus, que "se revela contra toda impiedade e injustiça". Portanto, "todo o mundo", tanto gentios como judeus, "é culpável diante Deus" (v. 19). Portanto, todos nós somos culpados e condenados à morte, merecendo o castigo do fogo do inferno.

Nesse ponto, alguém poderia perguntar: "Mas não há nenhuma esperança? E se nós fizéssemos a caridade, praticássemos o bem, não estaríamos a salvo da ira de Deus contra o pecado?" Paulo responde desse modo: 3:20: "Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado."

Por que não podemos apresentar as nossas justiças para nos livrar? Dar esmolas, guardar o Sábado, assistir à Igreja, devolver o Dízimo? Por que a Lei não tem a função de salvar, mas condenar. "Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado", não a salvação. Pela Lei, sabemos que somos culpados, não salvos. Não há possibilidade de salvação, se nós confiarmos em nossas boas obras. Não podemos ser justos diante de Deus por nossas obediências e realizações. Este é o quadro negro, triste e desesperador de nossa situação diante de um Deus santo e justo.

III – A SOLUÇÃO PARA A LOUCURAMas então, ONDE ESTÁ A SOLUÇÃO, onde podemos colocar a nossa esperança de salvação? Agora, Paulo começa a responder a esta grande questão. Se todos estão no pecado, condenados à ira de Deus, esperando apenas a morte como consequência de sua vida de pecado, como podemos ainda ter esperança?

Lemos a sua resposta nos versos 21-22: "Mas agora ... se manifestou a justiça de Deus ... mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem." A grande solução de Deus é a justiça de Jesus Cristo que nos é dada, a fim de nos livrar de nossos pecados. "Mas agora" – observem estas duas palavras, palavras fantásticas.

O Evangelho sempre é apresentado pelo apóstolo Paulo desta maneira: "Mas agora". Antes estávamos desesperados; "mas agora" temos esperança. Antes, estávamos perdidos, "mas agora" estamos salvos. Antes éramos condenados; "mas agora", somos justificados. Antes éramos "filhos da ira" (Efé. 2:3), "mas agora" somos filhos do Altíssimo, por causa da justiça de Deus.

O que significa esta justiça de Deus? Esta justiça não é uma justiça adicional. Há uma teoria entre alguns cristãos que diz o seguinte: "O que devo fazer para me salvar?" "Bem, você deve se esforçar muito para praticar o que é reto, para alcançar a perfeição, que está no topo de uma escada altíssima em que você vai subindo, vai subindo ainda mais alto, vai procurando alcançar a santidade cada vez mais, e quando você não pecar mais e alcançar a perfeição, você está completamente salvo e pronto para entrar no Céu."

E você pergunta: "Mas e se eu morrer no meio do caminho?" "Bom" – nós somos consolados – "aí então Deus completa o que lhe faltou." Está certo isto? Lembra do hino: "Deus completa o incompleto que existe em mim"? É muito agradável de ouvir e cantar, mas é uma teologia falsa. A justiça de Deus já é completa. Disse Ellen G. White: "Devemos olhar ao homem Cristo Jesus, que é completo na perfeição da justiça e santidade." (EGW, Nos Lugares Celestiais, p. 166). Portanto, nada pode ser completado da parte de Deus. Sua justiça já é perfeita, em Cristo.

A justiça de Deus, portanto, é a obediência perfeita e completa de Jesus Cristo, é a Sua vida de perfeição, que nos é creditada pela fé para nos salvar da ira no Juízo final. A justiça que salva é a própria perfeição de Cristo. Justiça aqui significa muito mais do que perdão de pecados passados. Significa não só o pleno perdão dos pecados passados, presentes e futuros, mas muito mais do que isso; significa uma justiça positiva que Jesus Cristo conseguiu ao viver uma vida de perfeição aqui nesta Terra; quando temos fé em Jesus, esta perfeição é creditada nos livros do Céu em nosso favor. E isso não é apenas um ato judicial, mas um poder transformador que pela atuação do Espírito Santo penetra em nossa mente e muda o caráter.

Alguém aqui está colocando a sua esperança em seus próprios méritos? Está olhando para as suas realizações? Nossa única esperança de salvação da ira de Deus está em Jesus Cristo e na Sua justiça. Portanto, vamos colocar a nossa fé nAquele que trouxe a Sua justiça, a fim de cobrir os nossos trapos imperfeitos e imundos, a fim de que o nosso pecado seja perdoado e sejamos justificados pela fé. Vamos procurar a justificação e o perdão a cada dia e aprofundar o nosso arrependimento. Vamos olhar a Jesus pela fé e descansar inteiramente na Sua gloriosa obra realizada por nós em Sua justiça salvadora.

Certa vez se encontraram dois amigos numa das ruas principais de sua cidade natal. E um deles perguntou: "Virgílio, quais são as perspectivas?" Ele disse: "Olhando ao nosso redor vemos trevas, sombras e escuridão, mas olhando para o alto vemos luz, muita luz, somente luz."

De fato, olhando para dentro de nós, vemos pecado, iniquidade e transgressão. Mas olhando para Jesus, vemos justiça, muita justiça, somente justiça. Esta é a nossa única segurança. Vamos pedir de Deus essa justiça redentora, e então, seremos salvos e poderemos cantar os alegres triunfos do Evangelho, que "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê". Não somos mais loucos nem insensatos; agora, você é "sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2Tim. 3:14).