quarta-feira, 30 de março de 2011

O QUE FAZES TU AQUI?

História para crianças: Esta é a minha história preferida. Era uma vez na Tailândia, a Tailândia fica situada mesmo no sul da China, por isso já estão a ver que é muito longe. Esta história passou-se numa aldeia, as casas eram feitas de bambu. Numa das casas vivia o pai, que trabalhava no campo a cultivar arroz, a mãe que cozinhava e a filha. A menina tinha um nome Tailandês, mas podemos traduzi-lo para o nome da menina que tenha 6 anos. Quem é que tem 6 anos? A coisa que esta menina mais gostava de fazer era olhar pela janela, olhava um largo que havia diante da janela da cozinha. Ela gostava de olhar os meninos a brincar no largo enquanto a mãe fazia o almoço. Naquele dia brincavam os seus melhores amigos e ela estava com vontade de pedir à mãe para a deixar ir brincar com eles. De repente viu à distância uma coluna de fumo, olhou durante uns instantes e o fumo continuava a subir para o céu. Então disse à sua mãe: – Mãezinha, estou a ver fumo! A mãe atarefada com o almoço respondeu: – Muito bem, minha filha, continua a olhar! Passou-se algum tempo e a Susana, começou a ver labaredas de fogo. Mas ela nem queria acreditar, por isso olhou mais algum tempo e finalmente ficou convencida que era mesmo fogo. Então disse: – Agora, estou a ver fogo, fogo muito grande! A mãe que continuava muito atarefada, pensou que os meninos que brincavam no lago tinham acendido uma fogueira e não deu muita importância. Por fim disse: – Está bem, continua a olhar. E a Susana continuou a olhar, mas o que viu foi que o fogo avançava rapidamente e queimava as casas todas, eram casas de bambu, e os vizinhos fugiam para a montanha. Então disse: – Mãezinha, agora estou a ver as pessoas todas a fugirem para a montanha e as casas estão quase todas queimadas! Nesta altura, a mãe começou a compreender que o que a menina estava a dizer era uma coisa muito séria e aproximou-se da janela. Ao ver o que se estava a passar, esqueceu-se do almoço, pegou na mão da Susana para fugir. Mas a Susana não estava de acordo e disse: – Mãezinha, tu ensinas-me que devemos confiar em Jesus e que quando há perigo, nunca devemos fugir sem contar-Lhe os nossos problemas. A mãe ajoelhou-se e fez uma oração muito rápida e já estava a levantar-se quando a Susana começou a orar: “Senhor Jesus, Tu és tão forte e tão grande que podes apagar o fogo. Tu podes fazer qualquer coisa, soprar e apagar o fogo. Ou podes mandar chuva do céu e apagar o fogo…” Entretanto a mãe começou a ficar impaciente porque a Susana nunca mais terminava a oração e tentou levantar-se e arrastar a Susana, mas ela continuava: “eu tenho muita fé, e confio em Ti meu Jesus… Não deixes que a nossa casinha se queime… Foi o meu pai que a fez e teve tanto trabalho… Olha, Jesus, eu sei que me estás a ouvir. Amém.” Quando ela disse “Amém”. A mãe levantou-se rapidamente e já ia a sair de casa, quando olha para trás e vê que a Susana está à janela: – Susana, minha filha, anda depressa, o fogo é muito grande e já está muito perto. A Susana, com muita calma, olhava pela janela e ria-se, sentia uma grande felicidade, olhou para a mãe e disse: – Eu sabia que podia confiar em Jesus. Ele ouve sempre as minhas orações. Vê? O fogo está apagar-se. A mãe aproximou-se da janela e confirmou o que dizia a sua filha. De facto o vento tinha mudado de direcção e agora empurrava as chamas na direcção das casas que já tinham sido queimadas. Sabem, meus queridos meninos, muitas pessoas pensam que foi o vento que mudou de direcção de forma natural. Mas, para a menina que eu chamo Susana e para mim, foi Jesus que respondeu à sua oração. Quantos acreditam que foi Jesus que apagou o fogo, levantem as mãos! A Susana ensinou uma grande lição à sua mãe. A lição que nas horas de perigo só Jesus pode ajudar! Ela foi uma menina de fé, confiou em Jesus na hora difícil e não fugiu, orou e depois foi ver o que Jesus tinha feito. Jesus quer adul-tos, jovens e muitas crianças como esta menina. É isso que diz Jesus nesta passagem: “Vós sois o sal da terra. Mas se o sal se tornar insípido, com que se há-de salgar? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo de um vasilha, mas no candelabro, e ilumina a todos os que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:13-16 Há uma passagem correspondente no Antigo Testamento que encontramos em Isaías: “Levanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a Sua glória se vê sobre ti. As nações caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu.” Isaías 60:1-3 Deus depositou toda a Sua luz, a luz que o mundo em trevas necessita, em pessoas como vós e como eu, gente simples e com defeitos! O sal moral e espiritual que um mundo moralmente doente necessita, Deus colocou-o em pessoas como vocês, como eu! Pessoas limitadas nos recursos económicos, recursos da sabedoria, gente que se engana e gagueja! Além disso, estamos matematicamente derrotados. Parece que o fogo avança mais depressa que a nossa acção de evitar que pessoas sejam destruídas, perdidas, não recebam o aviso que o fogo se aproxima. A população mundial cresce mais rapidamente que prega-mos o evangelho. Até em Portugal, onde a população cresce lenta-mente, não conseguimos acompanhar o ritmo do crescimento espiritual. Fazemos planos, como a Missão Global, ou seja estabelecer uma presença adventista, isto é ter uma igreja organizada, em todos os países, tribos, línguas e povos da Terra. Todos desejamos que cada ser humano ouça falar da volta de Jesus! Todos queremos que ouçam a mensagem dos três anjos! Todos queremos ver o Céu rasgar-se e Jesus voltar em glória e majestade, como Rei dos reis e Senhor dos senhores! Queremos ir para o Lar! Eu quero ir! Pensei dar este título a esta mensagem: “Eu quero ir!” mas depois pensei: como posso apresentar este título se há tanto para fazer e estamos tão bem aqui?! Como podem este punhado de 8.000 Adventistas pregar a 10 milhões de portugueses? No livro Serviço Cristão p. 7 diz assim: “Deus poderia ter proclamado a Sua verdade por meio de anjos sem pecado…” E eu pergunto: Porque o não fez? Deus poderia enviar uma companhia de anjos para anunciar a Sua mensagem numa noite escura, os anjos poderiam brilhar no céu, colocados em pontos estratégicos e, em menos de meia hora, anunciar o Evangelho a todo o Portugal, todas as aldeias, vilas e cidades deste país onde não há presença Adventista, poderiam saber que estamos a viver o Dia Final! Angola, Moçambique até chegar a S. Tomé e Príncipe, quem sabe às Ilhas de Cabo Verde, ao Brasil, fazer isto falando numa só língua, o português. Poderia enviar uma Companhia de anjos, numa noite escura e escrever no céu de Portugal em letras de fogo. E num instante todos saberiam a verdade! Deus poderia ter feito isto porque Ele tem todo o poder! E poderia fazê-lo em todos os países, tribos, línguas e povos da Terra. Então terminaria a obra num instante. Ninguém ignoraria o anúncio. Mas o texto inspirado do Serviço Cristão acrescenta: “…mas não era este o Seu plano.” Porquê? Por que razão não é o plano de Deus? Porque Satanás poderia imitar os planos de Deus, se o Senhor enviasse Companhias de anjos para anunciar de viva voz ou com letras de fogo a mensagem, Satanás enviaria ele também Companhias de anjos maus para anunciar uma mensagem contrária. Então o mundo ficaria ainda mais confuso. Reconheçamos, com tantas religiões muitas pessoas vivem já confundidas! Satanás pode falar a língua dos homens e a língua dos anjos. O jornalista Mexicano, José Pagés Llergo, foi jornalista em Berlim antes da II Guerra Mundial, ouviu Hitler falar no Palácio dos Congressos. Diz que ele falava com poder e arrebatamento. Impressionava as multidões. Um dia enquanto discursava, de repente parou e começou a olhar para o alto, com as mãos estendidas para o céu. Permaneceu nesta posição muito tempo. A multidão estava no mais profundo silêncio. Muitas pessoas choravam. O jornalista, não compreendia muito bem a língua alemã e não percebeu por que razão Hitler estava naquela posição e menos ainda o silêncio do povo e as lágrimas. Então perguntou a uma senhora que estava ao seu lado: – O que está a fazer o Furher? Ela respondeu de forma ríspida: – Cale-se, o Furher está a falar com Deus! O homem mais sanguinário do século XX, fez crer às pessoas que estava a falar com Deus. Por isso Deus não Se serve dos anjos. Não usa esse plano porque Satanás poderia facilmente imitá-lo. O livro Serviço Cristão, ainda na página 7 conclui dizendo: “Temos, porém este tesouro em vasos de barro” O apóstolo Paulo exorta a cada crente fiel: “Pois Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” II Coríntios 4:6-7 Deus mandou que das trevas resplandecesse a luz ao dizer: “Vós sois a luz do mundo”, para que isto pudesse acontecer Ele teve primeiro que brilhar nos nossos corações, “para iluminação do conhecimento da glória de Deus”. Por esta razão “colocou” o tesouro, as indescritíveis riquezas de Cristo, a Luz que um mundo em trevas necessita, e o sal da Terra, em vasos de barro. Porquê? Porque quer beneficiar e educar a toda a humanidade. Quer que participemos do Seu amor, sabe que necessitamos desta participação para desenvolvermos o nosso carácter. Sabe que necessitamos de participar no Seu plano de salvar outros homens e mulheres para que alcancemos a perfeição. Para sermos semelhantes a Jesus Cristo. Mas também porque Satanás não pode imitar! Satanás não pode imitar as palavras de um coração renovado, tocado pelo amor de Cristo, resgatado de uma vã maneira de viver “sem esperança e sem Deus no mundo”! Satanás não pode imitar uma vida santa. Não pode imitar a modulação de uma voz que foi tocada pelo amor de Cristo. Foi com este tipo de pessoas que Deus trabalhou no Antigo Testamento. Foi com este género de homens e mulheres que Jesus trabalhou no Novo Testamento e é com este barro humano que Deus quer trabalhar no presente tempo! Uma das experiências mais emocionantes é a vivida por Gideão e os trezentos audazes. É uma história que se encontra em dois capítulos, Juízes 6,7. Os midianitas oprimiam severamente os filhos de Israel. Deus ordenou a Gideão que organizasse um exército e Gideão fez o que o Senhor mandava e reuniu 32.000 soldados. Quando Gideão viu que tudo estava preparado para ir à batalha em nome do Senhor, Deus diz-lhe: “É demais o povo que está contigo, para eu dar os midianitas nas suas mãos. A fim de que Israel não se glorie contra Mim, dizendo: o meu próprio poder me livrou.” Juízes 7:2 E Deus acrescenta: “Experimenta-os”: “Anuncia aos ouvidos do povo: Quem for medroso e tímido, volte, (volte para casa). Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram.” Juízes 7:3 Deus olhou aqueles dez mil e disse: Ainda há povo a mais. Experimenta-os outra vez: “Fez Gideão descer o povo às águas. Então o Senhor disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte…” Juízes 7:5. Só 300 beberam água como a bebem os cães. E Deus disse a Gideão: “Com estes trezentos homens que lamberam a água eu vos salvarei.” Juízes 7:7 Perante esta situação Gideão exprimiu o seu temor: “Senhor, eles são como a areia do mar, são uma grande multidão, e Tu queres que eu vá contra eles, só com estes 300 homens?” Deus pacientemente ouviu e animou-o, dizendo: “Se ainda temes, vai com o teu criado Purá ao arraial dos midianitas e ouvirás o que dizem, e então se fortalecerão as tuas mãos.” Juízes 7:10-11 (contar o sonho do soldado midianita aos seus companheiros (Juízes 7:13-15) Agora Gideão sabia que esta vitória não seria ganha pela força ou habilidade dos seus homens, estes seriam instrumentos nas mãos de Deus para trazerem paz, segurança ao povo de Deus. Saberiam que quando se tem Deus por perto, não há impossíveis. Sim, se o povo Adventista em Portugal quiser viver a experiência de Gideão de confiar no poder de Deus, veremos milagres, nós somos o povo que Deus necessita para ir e anunciar as maravilhas de Deus! Porém, Gideão compreendeu uma coisa muito importante: apesar do poder de Deus disponibilizado para a vitória, são ainda assim precisas duas coisas: disponibilidade completa do instrumento humano e uma estratégia, ou seja, organização. Assim, dividiu o seu exército de trezentos homens em três companhias, ou batalhões. Depois colocou-os em posições estratégicas ao redor do acampamento dos midianitas, deu uma tocha, um cântaro e uma trombeta a cada soldado e ordenou: “Eu tocarei a trombeta e os que estiverem comigo, então também vós tocareis a trombeta ao redor de todo o arraial, e direis: Pelo Senhor e por Gideão!… Tocaram as trombetas, e partiram os cântaros que traziam nas mãos.” Juízes 7:18,19 Os midianitas dormiam profundamente e no silêncio da noite não ouviram 300 trombetas! Ouviram a trombeta do juízo final. Não viram 300 tochas! Viram carros e espadas de fogo nas colinas. Levantaram-se aterrorizados, deixaram tudo e fugiram abandonando as suas tendas e vendo em cada homem que se movimentava um inimigo. Sim, homens disponíveis são ainda hoje vasos de barro, mas nas mãos de Deus continuam a ter poder! Foi esta também a experiência de Eliseu, o servo do Altíssimo. Vamos ler: “Os homens da cidade disseram a Eliseu: Como o meu senhor vê, esta cidade é bem situada, mas as águas são más, e a terra é estéril. Disse Eliseu: Trazei-me uma tigela nova, e ponde nela sal. E eles a trouxeram. Então saiu ele à nascente das águas, e deitou sal nela, dizendo: Assim diz o Senhor: Sararei estas águas. Jamais causarão morte nem esterilidade. Ficaram sãs aquelas águas até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha dito.” II Reis 2:19-22 “Tragam uma tigela nova, e ponde nela sal” foi exactamente o que disse Deus. Irmãos e irmãs, hoje, esta terra é boa! Quando saiu das mãos do Senhor, Ele disse que era “muito boa”. Mas as águas, segundo Apocalipse 17:15 “os povos, multidões, nações e línguas” que a habitam, são maus. A terra está enferma: “Toda a cabeça está enferma, e todo o coração fraco.” Isaías 1:5 e no capítulo 24 e versículos 4-5 o mesmo profeta diz: “A terra seca-se e se murcha, o mundo enfraquece e se murcha, enfraquecem os mais altos do povo da terra. A terra está contaminada por causa dos seus moradores; desobedeceram às leis, mudaram os estatutos, e quebraram a aliança eterna.” Isaías 24:4,5 A terra está enferma, seca-se e murcha, o mundo enfraquece, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porque desobedecem às leis, mudaram os estatutos, e quebraram a aliança eterna. A terra está doente. Precisa de cura, precisa de remédio. Necessita do medicamento, do sal e da luz. Chegaram ao ponto como está descrito ainda no profeta Isaías 60:2 “As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos.” Mas Jesus disse: “Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo”. Toda a luz que um mundo em trevas necessita, Jesus a tem conservado em vasos de barro. Todo o sal que este mundo contaminado necessita, o Senhor Jesus tem-no guardado, conservado em vasos de barro. Mas os vasos devem ser novos, a tigela tem de ser nova como disse Eliseu. O sal da justiça de Cristo quando está colocado em tigelas novas, em vidas convertidas e santificadas, tem poder! Tem de haver uma grande obra de transformação na nossa vida. E todos nós a desejamos. Mas porquê, às vezes, achamos isso impossível? Numa recente meditação lia-se a história de um velho Chevrolett que queria ser um carro novo. Para isso, pediu ao seu dono que lhe trocasse o escape. Logo a seguir, percebeu que continuava o mesmo carro. Pediu, então, para o porem a consumir gasolina especial. O resultado foi o mesmo. A seguir, achou que ele deveria receber uma nova pintura. Quando saiu pelas ruas da cidade, estava feliz e orgulhoso, mas, no íntimo, continuava a ser o velho Chevrolett. Teve até a ideia de trocar o ano de fabrico nos documentos, mas nada disso resolveu. Finalmente, disse ao proprietário: “Leve-me ao fabricante.” E assim foi. Ao chegar à fábrica, foi levado a um lugar estranho. À entrada estava escrito: “Ferro velho” O velho Chevrolett ficou assustado, mas submeteu-se humildemente a um longo e doloroso processo. Foi desmontado, peça por peca, e finalmente transformado num carro zero. Nas nossas tentativas para ser um vaso novo, queremos nós vencer o mal, a ferrugem que nos consome e que nos retira poder. Usamos muitas estratégias, mas só uma funciona: colocar o “homem velho” nas mãos do Fabricante celestial. Ele tem poder, o poder que Deus manifestou em Samaria, ainda o tem hoje! Samaria foi sitiada pelos Sírios. Havia fome na terra. Tanta fome que as mães cozinhavam os seus próprios filhos e os comiam (II Reis 6:23-29). E havia quatro homens leprosos que estavam da parte de fora da cidade. Os leprosos naquele tempo eram desprezados. Eu posso imaginar a desgraça destes quatro homens, doentes e nada para comer, nem restos. Então tomaram uma decisão: “Para que estaremos nós aqui assentados até morrermos? Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí. Se ficarmos aqui, também morreremos. Portanto, vamo-nos ao arraial siro e nos rendamos. Se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem, tão-somente morreremos.” II Reis 7:3,4 Eles não tinham como costumamos dizer: por onde escapar! Faz-me pensar na via rápida que liga Aveiro a Vilar Formoso, conhecida como a estrada da morte. A primeira vez que aí passei, fiquei admirado porque nas zonas mais perigosas existem pequenas saídas. Se os travões não travarem, podem entrar nessas saídas que são uma espécie de beco em que a rua é metade alcatroada e metade de areia, para travar as rodas dos veículos. A estrada da morte, mesmo assim tem saídas de emergência. Mas estes quatro homens não tinham saída. Por isso foram para o acampamento dos Siros. Mas não estava lá ninguém! “Pois o Senhor fizera ouvir no arraial dos Siros um ruído de carros e de cavalos, como o ruído de um grande exército, de maneira que disseram uns aos outros: Vede, o rei de Israel alugou os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós. Pelo que se levantaram e fugiram, ao crepúsculo, e abandonaram as suas tendas, os seus cavalos, e os seus jumentos. Deixaram o arraial como estava, e fugiram para salvar a sua vida.” II Reis 7:6,7 Quando os leprosos chegaram ao arraial encontraram comida, as mesas estavam postas e comeram e beberam até saciar-se. Agora, que estavam com o estômago cheio, começaram a dar uma volta pelo acampamento e ficaram surpreendidos com o ouro, os colares, anéis, e tantas jóias que os siros ali tinham deixado. Pensaram, “o nosso futuro está garantido”, e começaram a abrir buracos durante toda a noite para esconder aquele precioso tesouro. Mas, pensaram um pouco melhor e disseram: “Não fazemos bem. Este dia é dia de boas novas, e nos calamos. Se esperarmos até a luz da manhã algum castigo nos sobrevirá. Pelo que vamos e o anunciemos à casa do rei.” II Reis 7:9 Quantos crentes estão acumulando tesouros, enquanto tanta gente perece por falta das boas novas! Mas irmãos, se chega o amanhecer, o dia em que começa a eternidade, e não anunciámos as boas novas, como disseram os leprosos “algum castigo nos sobrevirá”, é hora de dizermos: “Pelo que vamos e o anunciemos à casa do Rei.” Sim, quantos estão acumulando tesouros! Participando em negócios, a estudar nas Universidades com o único propósito de acumular dinheiro, de ter património! “Que estamos a fazer aqui?” disseram os leprosos. Sim, querido irmão e irmã, o que estás a fazer aqui? Estão vocês seguros de que é a vontade de Deus que estejam aqui? Não será porventura que o Senhor Deus tem para si uma obra num outro lugar e o irmão e a irmã têm vivido indiferentes a isso? Será que ao vosso lado há homens e mulheres com fome do pão da vida e não o tendes partilhado com eles? Que estamos a fazer aqui? Iremos ficar fora das muralhas da cidade para morrer ou vamos pelos campos e valados de forma destemida? Um dia ouvi um irmão contar uma história com lágrimas nos olhos e na alma. Ele vivia numa pequena cidade da Áustria. Vivia no R/C Direito, mas no R/C Esquerdo, vivia um homem viúvo. Era um homem que não falava, vivia a sua dor de viúvo, sozinho. Um dia o nosso irmão disse à esposa: –Tens visto o nosso vizinho? Ela parou, pensou e disse: – Há muitos meses que não o vejo! Ele saiu e bateu à porta. Ninguém respondeu. Vigiou dois ou três dias, mas ninguém entrou ou saiu. Finalmente decidiu-se por chamar a Polícia e os Bombeiros. Estes vieram, arrombaram a porta. E o nosso irmão pôde ver uma caveira estendida no corredor, com a cabeça na direcção da porta. Perguntou a um médico que estava ali, se lhe podia dizer há quanto tempo teria este homem morrido. O médico disse-lhe no mínimo dois anos e meio. Agora ao contar a experiência. O nosso irmão dizia: – Há dois anos e meio o meu vizinho provavelmente pensou em mim, precisou de mim, há dois anos e meio numa madrugada ele ter-se-á sentido mal, um aperto no coração, precisou de ajuda, de socorro e caminhou na direcção da porta, mas não teve força para abrir, caiu e morreu. Morreu sem saber que ao lado havia alguém que tem o pão e o sal da vida! “Não quero acreditar que isto se passou comigo”, dizia. Há quase três mil anos, um homem, escondeu-se numa gruta no Monte Horebe. Este lugar é no extremo sul da Península do Sinai e Deus foi ter com ele e perguntou-lhe: “O que fazes aqui, Elias?” I Reis 19:9. A obra que tens a realizar é no Norte. Alimentei-te com trigo do céu e pão dos anjos para que fosses para o Norte. O que fazes tu aqui no Sul? E Elias começou a argumentar com o Senhor. Deus, porém, ordena: “Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco.” “Quando lá chegares, unge a Hazael rei sobre a Síria.” “E a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel.” “Ungirás a Eliseu profeta em teu lugar.” I Reis 19:15,16 Estamos seguros e certos perante Deus e a nossa consciência de que estamos no lugar certo, a fazer o que Deus quer? O que estás tu a fazer aqui? Conta uma antiga lenda que quando Jesus voltou para o Céu teve uma conversa com o Anjo Gabriel. O Anjo perguntou-Lhe: – Senhor, sofreste muito para salvar os homens? Jesus respondeu: – Sim, Gabriel, muito. – E todos os homens sabem? – Voltou a perguntar o Anjo. – Não – disse Jesus – só o sabem algumas pessoas na Palestina. – E que farás para que todos o saibam? – perguntou Gabriel, preocupado. – Bom – disse Jesus – pedi a Pedro, a Tiago e a João e aos outros Meus discípulos que o contassem a outras pessoas, e aos que os ouvissem que dissessem a outros, até que toda a Terra o saiba. – Mas, Senhor – disse Gabriel – suponhamos que passe o tempo, e os Teus discípulos esqueçam de anunciar as boas novas. Que farás nesse caso? Jesus calmamente respondeu: – Não tenho outro plano, Gabriel. Espero que cumpram com o seu dever. Jesus disse: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”. Saiamos irmãos e anunciemos a boa nova. Jesus ainda confia. Confia em ti, confia em mim, e nós no poder do Espírito não podemos desiludir Quem tanto amou e confiou! Ele disse: “Vós sois o sal e a luz do mundo!” Foi Ele que disse, Ele quer agir através do SEU Espírito, mas precisa dum vaso, para transformar as águas que não prestam em água viva!

terça-feira, 29 de março de 2011

DEUS NOS TEMPOS DIFICEIS

Apocalipse 7:1-8

1. Esta texto está inserido no contexto da profecia dos sete selos e do conflito entre Cristo e Satanás (Apocalipse 6-8:1).

2. Situa-se também entre o sexto e o sétimo selo, referente à grande tribulação no tempo do fim (Apocalipse 6:12-17; 8:1).

3. Assim como está registada para responder à pergunta preocupante de Apocalipse 6:17 – “Quem poderá subsistir durante a grande tribulação?” A resposta é: Só poderá subsistir diante da ira do Cordeiro quem tiver o selo do Deus vivo na testa (Apocalipse 7:1-8). Convido você a estudar essa profecia tão importante para os dias atuais.

I. No tempo do fim as tragédias multiplicar-se-ão no mundo inteiro – Apocalipse 7:1-3

1. Os quatro ventos: A totalidade das tragédias e catástrofes que danificarão o mar e a terra é simbolizada pelos quatro ventos. Nas Escrituras os “quatro ventos” são claramente forças destruidoras (v.3). O paralelo (Daniel 7:2-3; Job 1:6-19), onde são representadas as forças em luta envolvendo várias nações.

* Estas forças destruidoras, vistas à luz do grande conflito entre Cristo e Satanás, representam os esforços de Satanás para estender a destruição por todas as partes.

* João viu na visão simbólica os quatro anjos, mas na verdade emprega muitos anjos na tarefa de refrear os maus desígnios do inimigo. Estes anjos circundam: “…o mundo…Estão contendo os exércitos de Satanás até que tenha terminado o selamento do povo de Deus…” EGW, RH, Comentário Biblico, ASD,Vol. 7, p. 797, a esta passagem.

* Quando os quatro anjos terminem finalmente de reter e controlar os ímpios intentos de Satanás, “os ventos violentos das paixões humanas, todos os elementos de contenção, se desencadearão. O mundo será envolto na ruína mais espantosas dos que caíram sobre a Jerusalém antiga.” Conflito dos Séculos, p. 672 (espanhol).

2. A totalidade do planeta terra é simbolizada pelos quatro cantos da terra – os quatro pontos cardeais: norte, sul, este e oeste: Isaías 11:12; Ezeq. 7:2. Vejamos alguns rumores do fim:

- Países mediterrânicos e Iémen em guerra.

- H1N1.

- Japão; tremor de terra, Tsunami e centrais nucleares em destroços. Isto são as dores de parto.

3. A totalidade da proteção de Deus é simbolizada pelos quatro anjos:

a) Os anjos estão a conter os poderes das trevas de destruir toda a terra.

b) Os anjos soltarão os quatro ventos da terra, a proteção de Deus será retirada e Satanás poderá atuar com total liberdade.

c) Os anjos retirarão os limites das forças das trevas, e haverá grande tribulação da qual nunca houve na história (Apocalipse 7:13-14; 12:12).

II. No tempo do fim os servos de Deus serão selados – Apocalipse 7:3-8

1. O selamento com o selo de Deus é o sinal de garantia de sobrevivência na grande tribulação. O selo na época do apóstolo João tinha três utilidades importantes:

a) o proprietário.

b) a autenticado.

c) a inviolável.

2. O selamento com o selo de Deus é para garantir a proteção dos servos de Deus, dos quais há três declarações no texto:

a) Eles são servos de Deus, já eram servos antes do selo; portanto, já possuíam o Espírito Santo.

* O “selo”: Os selos eram usados no Médio Oriente, como hoje são usadas as nossas assinaturas (Bilhete de Identidade).

* O conceito de que Deus coloca uma marca sobre o seu povo remonta à visão de Ezequiel 9:2-6.

* Paulo aplicou este simbolismo à experiência de receber o Espírito Santo, relacionado com a conversão e o batismo (2ª Cor. 1:22; Efésios 1:13; 4:30).

* Jesus falou de si mesmo dizendo que foi selado pelo Pai, referindo-se sem duvida ao testemunho por ocasião do batismo (João 6:27).

* O que é este selo? “É um sinal que os anjos podem ler, mas não os olhos humanos…” Preparação para a Crise Final, p. 45.

b) Eles receberam o selo na testa por serem servos de Deus, converteram-se antes de serem selados.

c) Eles foram enumerados por Deus em 144.000. Simbolizando a igreja simétrica, perfeita e harmoniosa foi usado o número. Este número aponta o plano de Deus para a Sua igreja quando refletirá um caráter puro e transformado (Efésios 5:25-27).

3. O selamento ajuda a compreender que os “servos de Deus” não são exclusivamente de nacionalidade judaica, mas a igreja de Deus, o Israel espiritual vem dos quatro cantos da Terra (Romanos 2:28-29; 9:6-7; Apocalipse 1:1-2).

Os 144.000 não podem ser literal porque:

a) Toda a profecia de Apocalipse 7:1-8 é plena de simbologia:

* Quatro ventos;

* Quatro anjos;

* O selo na testa;

* E os 144.000.

b) Deus não limita a salvação apenas a alguns.

c) Toda a profecia de Apocalipse 7:1-8 é completada e ampliada com a profecia de Apocalipse 7:9-17, na qual João viu não 144.000, mas uma “grande multidão, que ninguém podia contar, que vieram de todas as nações, tribos, povos e línguas... Estes são os que vieram da grande tribulação” (vs. 9, 14). Deus não limita a salvação apenas aos judeus e nem apenas a 144.000 pessoas.

III. No tempo do fim a Igreja de Deus estará protegida – Apocalipse 7:1-4

1. As tragédias sobrevirão sobre o mundo quando os anjos retirarem a sua proteção. Porém Deus faz distinção de quem Lhe pertence e sela antes da grande tribulação.

2. As calamidades sobrevirão para destruir o mundo inteiro: terra e mar. Porém, Deus poupará a Sua igreja composta de todos os Seus servos, de todas as nações.

3. As catástrofes sobrevirão ao mundo, mas a igreja de Deus será indestrutível.

Coclusão:

* Diante de tantas tragédias no mundo, a profecia dos quatro anjos nos quatro cantos da terra segurando os quatro ventos destina-se a reavivar a confiança dos verdadeiros cristãos.

* Diante da grande tribulação que se aproxima do mundo, a profecia dos 144.000 destina-se a encorajar os servos de Deus com a promessa de que eles subsistirão durante a grande tribulação (Apocalipse 6:17 – 7:1-4).

terça-feira, 22 de março de 2011

A ORAÇÃO DE PODER

Marcos 14:32-36
“O desejo de amor e simpatia é implantado no coração pelo próprio Deus. Cristo, na hora da Sua agonia no Getsémani, ansiou pela simpatia dos Seus discípulos. E Paulo, embora aparentemente indiferente a durezas e sofrimento, almejou a simpatia e companheirismo. A visita de Onesíforo 2 Tim. 1:18 (portador de vantagens, significado do nome), testemunham a sua fidelidade num tempo de solidão e abandono, levou alegria àquele que tinha gasto sua vida no trabalho por outros.” Atos dos Apóstolos, p. 491.
1. Getsémani (palavra aramaica) significa “lugar de azeite” ou “prensa de azeite” – As azeitonas eram prensadas e esmagadas para produzir o puro azeite de oliva.
2. Getsémani é um jardim localizado logo à saída da cidade de Jerusalém, no sopé do monte das Oliveiras (plantação de azeitonas).
3. Getsémani era um lugar frequentando por Jesus, onde ocorreu a cena da Sua agonia. Esse lugar passa a ser pedagógico, pois ali onde as azeitonas eram esmagadas para produzir azeite, Jesus foi esmagado para produzir vida. Destacamos algumas lições práticas que apontam a vitória nas esmagadoras provações que enfrentamos por servir a Deus.

I. O GETSÉMANI ENSINA A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NO RELACIONAMENTO COM DEUS – Marcos 14:32
1. Ao decidir fazer a vontade de Deus neste mundo é comum depararmo-nos com pressões contrárias. Até mesmo Jesus enfrentou tais provações!
2. Ao fazer a vontade de Deus podemos ser esmagados pelas circunstâncias opostas aos princípios da Palavra de Deus; porém, se os passos de Jesus forem seguidos, a vitória é garantida!
3. Ao desejar fazer a vontade de Deus, a oração é o primeiro passo para a vitória num ambiente de diferentes correntes filosóficas contrárias ao cristianismo. Somente a oração nos coloca em contato com o Pai a fim de buscar poder para obedecer e vencer.
* Jesus com frequência procurava este lugar para meditar, orar e descansar (Luc. 22:39; João 18:2) e aqui tinha passado muitas noites. Talvez aqui tivesse passado as noites de quarta-feira e de quinta antes da crucifixão, Mat. 26:18.
* Jesus mandou que oito dos discípulos se sentassem à entrada do horto e convidou três a irem para o interior do Jardim.

II. O GETSÊMANI ENSINA QUE UM RELACIONAMENTO SIGNIFICATIVO COM DEUS É ESSESCIAL NA LUTA CONTRA QUALQUER TENTAÇÃO
– Marcos 14:33
1. Ao sermos pressionados pelo mal, só há para o cristão um meio de ficar firme; aprender com Jesus a dar prioridade à vontade de Deus. Diga em oração: “Não seja o que eu quero, e sim o que Tu queres”.
* Jesus toma a Pedro, Tiago e João, estes desfrutavam do privilégio de ter uma atitude de maior intimidade com Jesus. Estiveram com Ele quando ressuscitou a filha de Jairo (Luc. 8:51) e também no monte da transfiguração (Mat. 17:1). Nesta hora suprema, Jesus necessitava de companheirismo, presença humana, de simpatia e compreensão de amigos.
* Devemos procurar os que nos são próximos, mas confiar n´Aquele que é sempre PRÓXIMO.
2. Ao sermos pressionados pelas tentações de desviar dos princípios bíblicos, aproximemo-nos mais de Deus, confiemos que Ele está no controlo de tudo. Ele esteve com Jesus no Getsémani, Ele estará connosco quando estivermos no Getsémani espiritual.
3. Ao ser pressionado a desistir da fé, confiemos em Deus e vençamos como Jesus; pois quando a vontade de Deus prevalece, certamente a vitória também prevalece.

III. O GETSÉMANI ENSINA A RENUNCIAR AO EU E ACEITAR O PLANO DE DEUS MESMO QUE O CÁLICE FOR AMARGO – Marcos 14:35
1. Jesus é o mestre por excelência em todas as coisas, inclusive na renúncia da vontade própria.
* Mateus 26:38, impressiona-me muito. “A minha alma está triste, até à morte”. A expressão “minha alma” equivale na expressão do tempo “eu” (ver Sal. 16:10; Mat. 10:26).
“Triste”, muito triste. É impossível compreender a profundidade desta tristeza e a misteriosa dor que oprimiam Jesus no Getsémani. Esta estranha tristeza que lhe sobreveio deixou perplexos os discípulos. Aqui estava o divino e humano Filho de Deus, Filho do homem, sofrendo tal angustia a qual nunca tinha sido vista. Em parte, o sofrimento de Cristo era físico, mas era só o reflexo visível do infinito sofrimento de Cristo como portador dos pecados do mundo.
* Satanás aproveitou o momento, este momento, para esmagar Jesus: “Terrível foi a tentação de deixar que a raça humana sofresse as consequências da sua própria culpa, e ficasse Ele inocente diante de Deus.” DTN, p. 515. Na mesma página é dito: “Se tão somente soubesse que os discípulos compreendiam e avaliavam isso, seria fortalecido.”
2. Jesus não era pecador e mesmo assim precisou renunciar a própria vontade; quanto mais nós pecadores com gostos e vontades pervertidos precisamos lutar como Jesus.
3. Jesus experimentou o cálice amargo no Getsémani para conceder-nos a vitória sobre o pecado. Ele nos ensinou que a vitória depende de Deus e não de nós mesmos.

IV. O GETSÊMANI ENSINA QUE NA APARENTE INCERTEZA DA SITUAÇÃO É NECESSÁRIO DEPENDER DA FÉ – Marcos 14:36
1. No Getsémani Jesus confiou no poder e vontade do Pai Celestial e não em suas próprias forças ou habilidades.
2. No Getsémani Jesus deixou claro que o justo viverá pela fé, independente das circunstâncias.
3. No Getsémani Jesus demonstrou que confiar plenamente em Deus conduz à verdadeira vitória sobre as mais adversas tentações, provações e desafios da caminhada rumo ao Céu.
* “Havendo tomado a decisão, cai moribundo no solo do qual Se erguera parcialmente. Onde se achavam os discípulos, para pôr ternamente as mãos sob a cabeça do desfalecido Mestre, e banhar aquela fronte, na verdade mais desfigurada que a dos outros filhos dos homens? O Salvador pisou sozinho o lagar, e do povo nenhum com Ele havia.” DTN, p. 517

CONCLUSÃO:1. É importante entender que o texto não está a falar da vitória sobre as consequências de nosso pecado ou de problemas causados pela nossa irresponsabilidade e ignorância.
2. É importante entender que o texto se refere às pressões de se viver a verdadeira fé nos nobres princípios estabelecidos por Deus na Sua Palavra.
3. É importante entender que a vitória só é verdadeira quando desde o começo há uma dependência de Deus e não apenas quando surge o problema. Jesus enfrentou provações por cumprir a vontade de Deus. E, Ele venceu porque não desistiu do plano de Deus!

APELO:
1. Comecemos agora a exercitar no dia a dia, o plano e o poder de Deus para a nossa vida.
2. Comecemos agora a exercitar fé e a praticar a vontade de Deus descrita na Bíblia; assim quando vier oposição teremos uma fé robusta para enfrentar com confiança qualquer desafio.
3. Comecemos agora a exercitar os passos ensinados por Jesus no Jardim do Getsémani a fim de vencermos e sermos recebido um dia no Céu como Jesus o foi.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O DEUS QUE PERDOA

Texto bíblico principal: Isaías 55:7-11
1. Após o pecado tornou-se comum o ser humano querer conceber um Deus que caiba na sua limitada mente.
2. Após a natureza pecadora tornou-se normal o ser humano tentar tornar Deus à imagem humana.
3. Após a deterioração humana devido à desgraça do pecado o ser humano passou e criar os seus próprios deuses ou através da especulação filosófica ou materialmente – teorias ou ídolos (imagem de escultura).
4. No versículo 7, Deus ainda convida “o perverso a deixar o seu caminho iníquo”. Este apelo torna-se frequente através de mensageiros de Deus e promete perdão (Is. 1:15; Oseias 5:6; Mat. 25:10-12; cf. João 7:34; 8:21).

I. QUEM É O SER HUMANO DIANTE DE DEUS? Is. 55: 8
1. Como pecador a atitude humana diante do pecado não depende de Deus, mas da visão que o pecador adquire de Deus.
2. Como pecador o ser humano é incapaz e limitado para compreender Deus, um ser infinito e ilimitado:
• O homem pensa no tempo, Deus na eternidade.
• O homem pensa em si mesmo, Deus em todas as criaturas do Universo.
• O homem olha de baixo para cima, Deus de cima para baixo.
3. Como pecador até mesmo os mais bem elaborados conceitos teológicos tendem a limitar a Deus.
4. Veja este verso “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos”. Quão limitadamente compreende o homem a incomensurável bondade de Deus e o infinito propósito que o Senhor tem para cada pessoa que é salva pela graça divina! Com frequência, os pensamentos do homem estão tingidos pela amargura e indiferença; mas os sentimentos de Deus são sempre de terna misericórdia e graça perdoadora.
5. Ver (Êxodo 34:6-7; Sal. 103:8-14; Jer. 29:11-13).
II. QUEM É DEUS DIANTE DO SER HUMANO? Isaías 55:9
1. O Deus da Bíblia é inescrutável ao ser humano porque é divino e transcende o homem.
2. O Deus da Bíblia é incognoscível ao ser humano porque excede os limites da capacidade humana.
• Deus é criador, o ser humano é criatura.
• Deus é eterno, o ser humano tem início e fim.
• Deus é infinito, o ser humano é finito.
3. O Deus da Bíblia é inacessível ao ser humano porque Deus excede o limite intelectual humano.
4. “Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos que os vossos…”
5. O homem pensa no tempo, Deus pensa na eternidade. O homem pensa em si mesmo, e Deus pensa nos seres humanos criados pela Sua mão. O homem pensa no obter, enquanto que Deus pensa no que pode dar.
III. QUEM DEVE SUBMETER-SE A QUEM? Isaías 55:710,11.
1. As ações e atitudes humanas estão muito aquém das atitudes e ações de Deus, por isso se o ser humano deseja ser verdadeiramente feliz deve ir a Deus que é a fonte da verdadeira sabedoria e glórias infindas.
2. Os seres humanos não conseguem ver o que Deus vê e nem fazer o que Deus faz, por isso o ser humano deve confiar seu futuro na revelação que é a Palavra de Deus: A Bíblia (Isaías 55:10-11).
3. O ser humano tão pequeno deve dobrar-se diante de um Deus incomparavelmente grande, transcendente e infinito.
4. “A chuva” equivale às forças da natureza e estas obedecem ao que as criou. A chuva serve para vivificar a terra e torná-la produtiva. Supra as necessidades e bem-estar do homem.
5. Por essa razão os hebreus oravam antes da refeição: “Senhor tu és o nosso Deus, Rei do mundo, por ti todas as coisas são.”
6. O v. 11 refere a “Palavra”, as palavras de Deus representam a Sua vontade e estão dotadas de poder para criar (Gén. 1:3; Sal. 33:6,9), para dar energia, vida e bênçãos espirituais (Deut. 8:3; Mat. 4:4; Ap. 1:3), para julgar e condenar (Heb. 4:12; Apoc. 19:15), para levantar o homem do sepulcro (Job 14:14,15; João 11:43,44; 1ª Tes. 4:16) e para curar e redimir (Mat. 9:2,6; Mar. 2:5,9-12; João 5:24; 6:63).
CONCLUSÃO:
1. O profeta Isaías reconhece a grandiosidade de Deus diante da pequenez humana, mas não ignora a importância de buscar e conhecer a Deus (Isaías 55:6); pois este mesmo Deus, embora incognoscível, usa todos os meios para se revelar ao ser humano.
2. O profeta Isaías deixa claro que o conhecimento que devemos ter de Deus não é apenas recomendável, nem meramente interessante para suprir a curiosidade, mas é indispensável e insubstituível porque deste conhecimento depende a vida eterna (Oseias 6:3; João 17:3).
3. O profeta Isaías apresenta a ideia de que ao buscarmos e conhecermos a Deus seremos transformados radicalmente (Isaías 55:7-8):
• Deixaremos o caminho perverso para andar nos santos caminhos de Deus.
• Deixaremos os maus pensamentos para possuir os elevados pensamentos de Deus.
• Deixaremos os sentimentos de culpa para sentir a compaixão e o perdão de Deus.
"BUSQUE AO SENHOR ENQUANTO SE PODE ACHAR, INVOCAI-O ENQUANTO ESTÁ PERTO”

terça-feira, 15 de março de 2011

OS NOSSOS GESTOS SÃO SINAIS DA GLÓRIA DE DEUS.

“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo aos "principados e potestades nos Céus" (Efés. 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus.” Actos dos Apóstolos, p. 9
O conceito da “glória de Deus” é muito difícil de ser entendido ou compreendido em nossos dias. Todavia, é necessário que estudemos o mesmo, pois nós cremos que fomos criados e que vivemos para a glória de Deus.
Definição:
Glória: brilho, esplendor, especialmente gloria Dei, ou a glória de Deus. Os estudiosos antigos incluíam glória entre os atributos divinos, geralmente em associação com majestade. Os dois termos indicam a infinita eminência de Deus, manifestada na linguagem bíblica na luz inacessível na qual Deus habita e cuja “face” não pode ser vista.
Separados da glória de Deus
Conforme ensina Paulo em Romanos 3.23 – todos precisamos da glória de Deus. O pecado nos separou da glória de Deus (da presença de Deus).
Deus revela a sua glória a Moisés
De acordo com a experiência de Israel, Deus não poderia ser visto por nenhum ser humano vivo. Como poderia então Israel ter a certeza de que a presença de Deus estaria com eles?
Em Êxodo 33:17-23 Moisés pede que Deus lhe mostre a sua glória.
A presença de Deus é sinónimo da sua glória. O que Deus mostrou a Moisés foi a sua bondade (o seu caráter). Em 34:6-7 Deus revela a Moisés a sua misericórdia para com os povos. A glória de Deus a ser revelada nas pessoas é mais do que o brilho, o fulgor, é a manifestação bondosa de Deus.
Quando se fala da bondade de Deus, fala-se do caráter total de Deus, do ser total de Deus.
Nós devemos revelar a glória de Deus nas nossas ações
Quando Jesus veio ao mundo ele veio para manifestar a glória de Deus. Esta glória foi visível cf. João 1:14; 2:11; 17:4
Os discípulos devem praticar boas obras para que Deus seja glorificado (Mt 5:16). Na produção dos frutos (João 15:8).
Em Romanos 1:20-21 Paulo diz que os malfeitores tendo conhecido a Deus, não o glorificaram, ou seja, não mudaram a sua maneira de viver. Não reconheceram Deus como o Criador das suas vidas.
Em 1 Cor. 10:31 ensina que tudo o que fizermos deve ser feito para a glória de Deus. Veja ainda 1 Pedro 2:12.
CONCLUSÃO
A presença de Deus no meio do seu povo deve ser respeitada. Esta presença limita e ao mesmo tempo nos encorajava. Limita a ação do pecado em nós e nos encoraja a prática do bem.
Todas as vezes que Deus recebe as ações de graças e os elogios por causa da sua presença em nosso meio, ele é glorificado.
Parábola da rosa
Eu sou um apaixonado por rosas, um dia em Berna, fui a um viveiro e comprei três roseias e planteias em vasos grandes; duas morreram, por falta de rega. A falta de água foi fatal para aquelas roseiras! Assim somos nós, precisamos de ser regados! Uma ainda está viva, não compreendo porque ela já tem uns 20 anos, mas ainda dá lindas rosas e o mais impressionante é que raramente é regada. Basta que eu a pode e passado algum tempo dá rosas, independentemente do tempo. Ela tem um único defeito; são os espinhos. “Como pode uma bela flor vir de uma planta que o tronco está cheio de espinhos e tão afiados? ” Eu acho que aquela roseira gosta de mim. Ela resiste porque “sabe” que eu a podo, rego e adubo de vez em quando: Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescem no meio dos espinhos das nossas faltas.
Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Desesperamos, achamos que nada de bom pode vir de nós, e, consequentemente, isso morre. Nós nunca percebemos as nossas capacidades. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas; Alguém deve mostrá-lhes. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou partilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor, olhar uma pessoa e conhecer as suas verdadeiras faltas. Aceitar aquela pessoa com a sua vida, reconhecer a beleza que há no seu coração e ajudá-la a perceber que ela pode superar as suas aparentes imperfeições. Se nós mostramos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.
E a sua beleza e perfume será para glória de Deus!

segunda-feira, 14 de março de 2011

VASO DE ALABASTRO

ESTE É O TEMPO DE INTERCESSÃO

INTRODUÇÃO: Efésios 6:18-20
1. Orar é a mais urgente necessidade da igreja cristã em todos os lugares.
2. Orar é mais do que pedir, deve ser a respiração da alma do cristão.
3. Orar é um ato simples de relacionamento com Deus, porém poderoso.

I. HÁ TEMPO PARA TUDO, MENOS PARA ORAR - Efésios 6:18
1. As pessoas têm tempo para assistir a telenovelas e futebol e outros programas que não beneficiam em nada, mas não tem tempo de orar. Por quê?
2. As pessoas encontram tempo para não fazer nada e até para dormir, mas não encontram tempo para orar. Por que será?
3. As pessoas festejam, trabalham, dizem mal umas das outras, fazem de tudo, menos o mais importante: orar. Por isso o apóstolo Paulo exorta: "Orai".

II. É TEMPO DE DESPERTAR PARA A ORAR MAIS – Efésios 6:18
1. Se a oração é a respiração da alma, muitos cristãos estão mortos ou a morrer espiritualmente há muito tempo: Há igrejas inteiramente mortas, pois os membros não oram em todo tempo e em todas as circunstancias, ou infelizemente, a oração é só de circunstância.
2. Se a oração é fundamental para nos relacionarmos intimamente com Deus, é tempo de todos começarem a orar em todo tempo: Muita oração, muito poder. Pouca oração, nenhum poder!
3. Se a oração é poderosa por ligar o cristão ao Deus omnipotente, e a nossa vida não tem nenhum poder, precisamos de mais oração: A igreja será vibrante quando todos os seus membros viverem a plenitude da oração constante, por isso o apóstolo Paulo adverte: "Orai em todo tempo".

III. É TEMPO DE ORAR MAIS INTENSAMENTE UNS PELOS OUTROS – Efésios 6:18-20
1. O cristão deve orar em todo tempo – o dia inteiro, a semana inteira, o mês inteiro e o ano inteiro: Há grande necessidade de intercessores perseverantes. Quem não se preocupa com a salvação dos outros comece a preocupar-se com a própria salvação. A oração é a base da pregação do evangelho.
2. O cristão deve orar com toda oração e súplica no Espírito: A oração deve ser moldada pelo Espírito Santo, não pelo espírito egoísta, interesseira ou impregnada de prazer carnal (Tiago 4:3). É a oração de um justo que é poderosa e eficaz (Tiago 5:16), traz confiança e intrepidez para evangelizar.
3. O cristão deve vigiar com toda a perseverança e súplica uns pelos outros: O cristão que não ora não tem tempo para Deus; enfraquece a fé e enfraquece a força missionária da igreja. Por outro lado, a igreja que ora pelos outros, nem as portas do inferno prevalecem contra ela, por isso o apóstolo Paulo apela: "Vigie com toda perseverança e súplica por todos os santos. Orai também por mim...".

CONCLUSÃO:
1. A única forma de estar ligado inteiramente a Cristo é através da oração perseverante.
2. A única forma de alcançar reavivamento espiritual na igreja é quando todos os seus membros se dedicarem à plenitude da oração e fazer da oração intercessora uma constante respiração da alma.
3. A única forma de a igreja ser poderosa é mediante a oração constante, a oração é o termómetro da igreja e a alavanca que impulsiona o avanço da pregação do evangelho.

APELO:
1. Dedique todo tempo à oração e súplica em todo lugar, quem ora em casa desejará orar na igreja.
2. Ore intensamente pelos líderes da igreja, membros, pelo reavivamento dos fracos na fé e a evangelização dos ímpios.
3. Vigie em oração com toda perseverança a fim de experimentar as respostas sobrenaturais de Deus.

quinta-feira, 10 de março de 2011

NO JARDIM A PERDIÇÃO, NO JARDIM O RESGATE E O JARDIM DA SALVAÇÃO.

INTRODUÇÃO:
1. No primeiro jardim é apresentada a origem humana.
2. No segundo jardim a causa do estado atual da degradação humana.
3. No terceiro jardim compreendemos a futura redenção humana.
I. O JARDIM DO ÉDEN: REALIDADE PERDIDA PELO PECADO – Génesis 2:8; 3:19, 23-24
1. A humanidade começa a vida num Jardim plantado por Deus.
2. A humanidade perde-se no Jardim, cai em pecado, experimenta o sofrimento e a morte.
3. A humanidade necessita compreender a sua origem para ter discernimento sobre o que se passou na cruz de Cristo.
II. O JARDIM DO GETSÊMANI: RECUPERADA A REALIDADE PERDIDA – Mateus 26:36-39, 42, 45
1. A humanidade está perdida e precisa de um libertador humano que não tenha caído em pecado.
2. Jesus Cristo “o Filho do homem” prepara-se no Jardim do Gétsemani para resgatar do pecado o pecador.
3. A humanidade só terá a verdadeira dimensão da salvação quando entender o que houve no Jardim do Éden e no Jardim do Getsémani.
III. O JARDIM DA NOVA JERUSALÉM: REALIDADE AGUARDADA PELOS SALVOS – Apocalipse 21:27; 22:14-15
1. A humanidade sonha com um mundo melhor, mas não sabe onde e conclui que é utopia.
2. A humanidade que aceita a nobre origem no Jardim do Éden e o sacrifício de Jesus na cruz pode esperar um novo Jardim na cidade Santa, a Nova Jerusalém.
3. A humanidade precisa saber que os dois primeiros jardins realmente existiram para esperar a realidade recuperada.
CONCLUSÃO:
1. Para entrar no Jardim da Nova Jerusalém você precisa entender que o pecado tirou-nos do Jardim do Éden.
2. Para entrar no Jardim da Nova Jerusalém você precisa aceitar que Jesus tomou o seu lugar no Jardim do Getsémani.
3. Para entrar no Jardim da Nova Jerusalém você precisa aguardar o grande dia em que Jesus virá para buscar os que compreenderam e se reconhecem como pecadores necessitados do Salvador.

sábado, 5 de março de 2011

A SANTA CEIA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO.

Mateus 26:26-30
1. Origem da Santa Ceia: Jesus instituiu quando celebrava a última Páscoa.
2. O fim da Páscoa: Jesus substituiu a Páscoa pela Santa Ceia, pelas seguintes razões:
a) Na Páscoa um cordeiro morria para substituir o pecador uma vez ao ano, Jesus é o Cordeiro que se sacrificou completamente uma vez por todas.
b) Na Páscoa era um cordeiro por família, Jesus fez um único sacrifício completo por todos.
c) Na Páscoa o cordeiro deveria ser perfeito, Jesus nunca pecou nem falhou.
d) Na Páscoa havia comunhão, Jesus une o ser humano com Deus e com o próximo.
e) Na Páscoa o cordeiro apontava para Jesus, na instituição da ceia Jesus é o Cordeiro.
I. PASSADO – A SANTA CEIA COMEMORA ALGO JÁ REALIZADO (Mateus 26: 26)
* Estas palavras (v.26) soam estranhas, misteriosas em especial quando as ouvimos pela primeira vez; elas são muito difíceis de compreender e de aceitar pela inteligência, em especial quando nelas se medita.
* Os discípulos realizam que aquele pedaço de pão comum, deixou de o ser depois que Jesus orou e o partiu com as Suas próprias mãos. É um alimento diferente de qualquer outro alimento. Todo o homem sempre desejou ainda que de forma confusa poder interagir com o poder de Deus. Receber uma força especial e é este desejo que Jesus está a satisfazer.
* Jesus está por este meio a encher (não o estômago) mas a alma que tem fome de Deus.

1. A Santa Ceia é um memorial da morte do Cordeiro de Deus: (Lucas 22:19).
* Quando se travou a luta do deserto Jesus disse: “nem só de pão, mas de cada palavra (que sai da boca de Deus) da Palavra de Deus. Mat. 4:4.
* A Palavra de Deus foi o alimento para o povo da antiga Aliança; e ela continua a ser o alimento espiritual para o povo da nova Aliança.
* Os nossos pais que foram libertos do Egipto não só receberam o pão, o alimento físico; o maná, a água que jorrou da rocha.
* Eles foram nutridos de alimento espiritual. Paulo vê nesta experiência um prenúncio do novo povo, da nova aliança (1ª Cor. 10:1-4).
* Paulo vê que Jesus dá um alimento especial tal como foi dado outrora no deserto (1ª Cor. 11:23-28).
2. A Santa Ceia é um memorial da entrega total de Cristo: Corpo e sangue – Vida!
3. A Santa Ceia é um memorial da libertação do cativeiro do pecado: Redenção!

II. PRESENTE – A SANTA CEIA PROMOVE A COMUNHÃO (Mateus 26: 28)
1. A Santa Ceia é o momento de renovar nossa aliança com Cristo: “sangue da nova...”
2. A Santa Ceia é um momento de comunhão com Deus e com os cristãos: “Aliança”
• O pão é dado individualmente no colectivo, no propósito que se mantenha neles a força, o poder da Vida.
• É ao receber individual e colectivamente este pão que se gera comunhão profunda com o Senhor e de comunhão uns com os outros.

3. A santa ceia é um momento de dar graças a Deus pelo que Ele fez, faz e fará por nós.
• Num outro momento da Santa Ceia Jesus toma um vaso que era passado de uns para os outros. Desta vez Ele pronunciou uma oração de acção de graça.
• As palavras que Ele diz revelam que é uma bebida de uma natureza particular. É da natureza do sangue, do Seu sangue que é bebido. Jesus chama a este o “sangue da aliança”, poderia traduzir-se: “este é o meu sangue da aliança.” Não havia aliança sem sangue!
• Refere-se aquela aliança de Êxodo 24; trata-se da lei cerimonial escrita por Moisés e ditada por Deus (v. 4 ver agora v. 3), leiam os versículos 6 em diante, ver v. 8.

III. FUTURO – A SANTA CEIA É UM EMBLEMA PROFÉTICO (Mateus 26:29)
1. Jesus declarou que aquela seria sua última ceia na terra: “Não beberei...”
2. Jesus prometeu que só tomaria o sumo da vide quando os cristãos estivessem com Ele no Céu: “àquele dia em que o beba de novo convosco...”
3. Jesus afirmou que levaria os fiéis à Ceia realizada no Céu: “no reino de meu Pai”.
• As palavras “desde agora”, dão claramente a entender que Jesus bebeu juntamente com eles. Assim como os discípulos deveriam beber em memória de Jesus até que Ele venha (1Cor. 11:25,26). Jesus seria abstémio de beber até que de novo o bebesse com o Seu povo no reino do Seu Pai. Seria um momento, um momento de espera de um lado e do outro. Que maravilha! Que glória Ele quer para nós!
• Apocalipse 19:9. Jesus vai para a Cruz com esta certeza a inundar-lhe a alma, com esta devemos subir o caminho da nossa vida até àquele dia.
CONCLUSÃO:
1. A Santa Ceia não é um mero símbolo: É o coração da nossa caminhada cristã.
2. A Santa Ceia é uma instituição de Cristo à Sua igreja: Desde o Calvário até ao encontro nas nuvens.
3. A Santa Ceia é um emblema profético: Volta de Jesus profetizada na cerimónia mais sagrada.

sexta-feira, 4 de março de 2011

IGREJA É SINÓNIMO DE FIDELIDADE

Apocalipse-2:10
Introdução
“Após a ascensão de Cristo, João permaneceu como fiel e ardoroso obreiro do Mestre. Juntamente com os demais discípulos fruiu o derramamento do Espírito no dia do Pentecoste, e com novo zelo e poder continuou a falar ao povo as palavras da vida, procurando levar seus pensamentos para o invisível. Era um pregador de poder, fervente e profundamente sincero. Em bela linguagem e voz musical, falou das palavras e obras de Cristo, expressando-se de maneira a impressionar o coração dos que o ouviam. A simplicidade de suas palavras, o sublime poder das verdades proferidas e o fervor que lhe caracterizava os ensinos, deram-lhe acesso a todas as classes.
A vida do apóstolo estava em harmonia com seus ensinos. O amor de Cristo que ardia em seu coração, induziu-o a empenhar-se em fervoroso e incansável labor por seus semelhantes, especialmente por seus irmãos na igreja cristã.
Cristo ordenara aos primeiros discípulos amarem-se uns aos outros como Ele os amara a eles. Assim deviam dar testemunho ao mundo de que Cristo estava formado neles, a esperança da glória. "Um novo mandamento vos dou", disse Ele, "que vos ameis uns aos outros." João 13:34. Ao tempo em que essas palavras foram pronunciadas, os discípulos não as puderam compreender; mas depois de haverem testemunhado os sofrimentos de Cristo, depois de Sua crucificação, ressurreição e ascensão ao Céu, e após haver o Espírito Santo repousado sobre eles no dia do Pentecoste, tiveram mais clara compreensão do amor de Deus, e da natureza desse amor que deviam possuir uns pelos outros. Então pôde João dizer a seus condiscípulos:
"Conhecemos a caridade nisto: que Ele deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." I João 3:16.” Atos dos Apóstolos 546,547

Temos experimentado como crentes e como Igreja o cumprimento de todas as promessas que Deus fez na Sua Palavra. Por isso, a nossa gratidão quando nos reunimos Sábado após Sábado. Deus tem sido e continuará fiel à sua igreja.
A fidelidade de Deus pressupõe e exige a nossa fidelidade como filhos. Por esse motivo, a primeira mensagem de uma série, com base nas cartas envidas às igrejas da Ásia, tem como texto básico a exortação de Jesus à igreja de Esmirna: “Sê fiel até à morte” (Ap 2:10). Estaremos atentos à afirmação nas cartas às sete igrejas: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Na carta à igreja de Esmirna, registada em Apocalipse 2:8-11, o Espírito Santo ensina preciosas lições sobre a FIDELIDADE.

1ª – A FIDELIDADE EXIGIDA.

Jesus, o Senhor da Igreja, exorta: “Sê fiel até à morte…” (2:10). A fidelidade faz parte do caráter do cristão como filho de Deus: “Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (1 Tm 2:13). Portanto, crente infiel é uma contradição de termos.
Fidelidade independente das circunstâncias. A fidelidade cristã não nos isenta das dificuldades. Pelo contrário: “Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12; Jo 15:19; 16:33). Em Esmirna havia muitos judeus que eram ricos, influentes e hostis aos cristãos. O sofrimento vinha de dentro; os judeus e os cristãos tinham a mesma raiz na aliança feita a Abraão (Gal 3:29). Jesus ensina que a igreja deve ser fiel:

* Nas tribulações. Ele conhece a tribulação (2:9) que é como um peso que oprime os cristãos. A igreja é fiel nas tribulações porque a “tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado no nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5:3-5). As tribulações levam os crentes à maturidade.

* Na pobreza. O Senhor conhece também a pobreza dos seus filhos (2:9). A palavra traduzida por pobre (ptojia) significava pobreza extrema, a falta de coisas essenciais à vida. Os judeus viam a prosperidade como bênção e a pobreza como maldição. A Bíblia, no entanto, diz que os pobres são bem-aventurados (Lc 6:20). São participantes das riquezas de Cristo (2 Co 8:9; Rm 8:16-17).

* Prisão (2:10). Os habitantes de Esmirna perseguiam os cristãos instigados pelos judeus, que pertenciam à sinagoga de Satanás (João 8:39, 41, 44). Mais tarde o bispo Policarpo foi martirizado por causa da sua profissão de fé (155).
Jesus encoraja os cristãos para que permaneçam fiéis: “Não temas as cousas que tens de sofrer” (2:10). O tempo da provação seria curto. O tempo da nossa peregrinação é breve comparado com a eternidade. Por isso, somos confortados pelas Escrituras (2 Co 4:17-18; Rm 8:18).

2ª A FIDELIDADE É POSSÍVEL EM CRISTO
Fidelidade a Roma.
A cidade de Esmirna era conhecida no mundo antigo pela fidelidade a Roma. Por isso, era muito favorecida pelo poder imperial. Os cristãos eram perseguidos porque recusavam participar do culto ao imperador. As religiões tinham liberdade desde que demonstrassem a sua fidelidade ao império, participando desse culto.

Fidelidade a Jesus.
Os cristãos recusavam-se a fazer a confissão “César é Senhor” porque, para eles, só Jesus era “o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (2:8). Confessavam a divindade de Jesus, porque em Isaías 44:6 e 48:12, a afirmação “Eu sou o primeiro e eu sou o último” é feita pelo Senhor (Javé) referindo-se a ele mesmo. Mas Jesus também morreu por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Ele é Todo-Poderoso e compassivo.

Fidelidade pela graça de Jesus.
a) Ele é Deus e soberano sobre os reis da terra. Sejam quais forem os nossos sofrimentos, seremos finalmente vitoriosos em Cristo; b) Ele encarnou para morrer em nosso lugar. Por isso, Ele sofreu tudo o que o ser humano pode sofrer e compadece-se das nossas necessidades (Hb 4:15-16); c) Cristo venceu a morte pela ressurreição e esse poder da ressurreição já opera em nós e faz tudo além do que pedimos ou pensamos (Ef 3:20). Pela graça de Jesus podemos permanecer fieis em qualquer situação.

3ª – A FIDELIDADE É RECOMPENSADA POR JESUS.
A recompensa da vida eterna.
As palavras do Senhor são claras: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (2:10). Para sermos aprovados como cidadãos do Reino de Deus, precisamos ser provados pelo Rei. Por isso, Tiago escreveu: “Feliz é aquele que nas aflições continua fiel! Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prémio a vida que Deus promete aos que o amam” (Tiago 1:12).

A recompensa do galardão.
Paulo fala da coroa da justiça reservada aos que cumprem cabalmente o seu ministério e que amam a vinda do Senhor (2 Tm 4:7-8).
O uso adequado dos talentos dá-nos acesso ao grande banquete com o Senhor (Mt 25:21).

Conclusão
O Cristo ressuscitado e glorioso faz-nos grandes ofertas e uma grande exigência! Mas ele vem morar, pelo Espírito Santo, nos nossos corações, para nos fortalecer interiormente para que sejamos fiéis em quaisquer circunstâncias e herdeiros da vida eterna! Ele nos chama à fidelidade e ele nos capacita a sermos fiéis.