sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DE MORIÁ

I – Introdução:

Nesta semana temos a alegria de estudar sobre o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Talvez a mais significativa história envolvendo o cordeiro seja a que está no capítulo 22 do livro de Gênesis.
Gênesis 22:1-13. (Ler o texto).
A história retrata o velho patriarca Abraão subindo a montanha ao lado de seu filho Isaque.

A subida não era fácil, mas se tornou mais difícil ainda porque Deus havia pedido a Abraão que sacrificasse seu filho Isaque em holocausto ao Senhor, naquele monte.
O monte Moriá embora não muito íngreme, foi a escalada mais dolorosa da vida de Abraão.

A história bíblica conta como Deus concedera o filho a Abraão mediante uma promessa. Aquele filho era tudo para ele. Era não apenas a alegria de sua velhice, mas também sua esperança para o futuro.
Agora Deus interrompe suas expectativas pedindo o filho da promessa em sacrifício sobre o monte moriá.

I I – Deus Proverá o Cordeiro:

Abraão não contou nem para a esposa e nem para o filho, e nem mesmo para os servos.
Subia ele a montanha, acompanhado do moço em profundo silêncio e contrição. Seu coração gostaria de parar de bater antes de chegar ao topo da colina. Ele não queria ver aquela cena.
Embora confiasse plenamente em Deus, a prova era grande de mais.
Mas Abraão seguiu caminho afora.

Quando chegaram lá em cima, Isaque olhou para o pai e não vendo o cordeiro disse:
“Meu pai, eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Gen. 22:7.
Abraão simplesmente respondeu: “Deus proverá para si o cordeiro, meu filho”. Verso 8.
Quando o pai explicou para o filho que ele, Isaque, era o cordeiro, e que Deus mesmo o havia escolhido, uma sensação muita estranha percorreu a mente e o corpo de Isaque. Porém Isaque também amava e servia ao Senhor e prontamente se dispôs atender à ordem de Deus.
Quando tudo estava completo, e não faltava nada senão a colocação do sacrifício sobre o altar, tremulante Abraão referiu a Isaque tudo o que Deus havia revelado e provavelmente acrescentou a isto sua própria fé na restauração de Isaque. É difícil imaginar os sentimentos que devem ter surgido no pensamento de Isaque: assombro, terror, submissão e finalmente fé e confiança.
Se esta era vontade de Deus, consideraria como uma honra entregar sua vida em sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos, facilmente poderia ter resistido. Em vez de fazê-lo, animou a seu pai nos momentos finais anteriores à culminação.
O fato de Isaque entender e compartilhar a fé de seu pai foi o nobre resultado da cuidadosa educação que havia recebido através de sua infância e juventude.
Assim Isaque se converteu em um símbolo adequado do Filho de Deus, que se submeteu á vontade de seu Pai (Mateus 26: 39). Em ambos os casos, o Pai entregou seu único filho.

É possível até que Isaque ajudou a Abraão facilitando para que o pai o amarrasse.
Agonia e dor se misturavam no coração de Abraão ao levantar o cutelo para sacrificar o filho.
Porém, quando o braço descia para imolar o menino, o anjo do Senhor segurou o braço do cansado patriarca e a Voz de Deus pronunciou a sentença: não faças mal ao menino porque agora sei que temes a Deus.

I I I – Um Cordeiro no Lugar de Isaque:

Abraão enxugou as lágrimas, respirou fundo e agradeceu a Deus.
Olhou para um lado e lá entre os arbustos, preso pelos chifres, estava o cordeiro que Deus havia preparado.
Gênesis 22:13 “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um cordeiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o cordeiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho”.

Aquele cordeiro morreu no lugar de Isaque.
Como um símbolo do perfeito cordeiro de Deus, Isaque não ofereceu resistência nem expressou nenhuma queixa.
O Patriarca havia demonstrado amplamente sua fé e obediência e havia satisfeito plenamente os requisitos de seu Deus. Jeová não desejava a morte de Isaque. Na realidade, não tinha interesse em nenhuma oferenda que implicasse um sacrifício cerimonial como tal.

Ao descobrir o carneiro e aceitar sua presença como um sinal adicional da providência de Deus, Abraão não necessitou esperar instruções de Deus no que diz respeito ao que teria que fazer com ele. Ali estava o cordeiro que Abraão havia dito que Deus proveria. Não foi em vão que trouxeram a lenha o fogo e o cutelo, nem se havia erigido o altar inutilmente.

I V – Um Cordeiro Simbolizando Jesus:

Ao Abraão proferir as palavras: “Deus proverá para Si um cordeiro”, ele nem imaginava a profecia que estava fazendo.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: O Cordeiro de Deus. Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto? O pai apenas respondera: Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo daquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: “Como um cordeiro foi levado ao matadouro. O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.” (Isa. 53:7 e 6).

V – Nenhum Cordeiro para Substituir Jesus:

Embora Isaque seja um símbolo de Cristo, devemos entender que os símbolos não são perfeitos. É verdade que Isaque não ofereceu resistência alguma. Assim como Jesus foi para o sacrifício sem abrir a sua boca.

Mas vejamos algumas diferenças.
Na hora do sacrifício, Isaque via seu pai Abraão. Jesus o cordeiro de Deus não percebia a presença do Pai, por isso exclamou: “porque me desamparaste?”
Isaque subiu a montanha, acompanhado do pai. Jesus foi conduzido por aqueles que o odiavam.

Talvez a maior diferença seja a que vou dizer a seguir.
No caso de Isaque o anjo do Senhor segurou a mão de Abraão e a voz de Deus se fez ouvir. Com Jesus nenhum anjo para segurar as mãos assassinas, nenhuma palavra de Deus.
Todo o sofrimento de Jesus foi por mim e por você. Ele sofreu e morreu por nós. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

V I – Conclusão:

Louvado seja Deus porque Jesus morreu em meu lugar. Jesus morreu em seu lugar amigo. Em nosso lugar.
Nenhuma mão segurou o braço do carrasco, nenhuma voz foi ouvida no céu. É que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

Pensar no sacrifício de Jesus é pensar não apenas num dos momentos mais tristes da história do Universo, mas é pensar também no amor de um Deus que não poupou Seu próprio filho por amor de nós.
Quanto você pensa que vale?
Qual é o valor de uma pessoa?

Neste mundo corrompido pelo pecado algumas pessoas aparentemente valem muito mais do que outras.
As modelos famosas valem muito, os artistas valem muito também.
Os ricos valem bastante em comparação com os pobres e assim por diante.
Mas diante de Deus, todos somos iguais e cada um de nós tem um valor que não pode ser medido pelo dinheiro, pela fama, pelo sucesso ou por qualquer ou meio de medir.
O nosso valor é o preço do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, derramado na cruz do Calvário.
E Jesus teria dado sua vida por apenas uma pessoa.
Esse é o seu valor, esse é o meu valor.
Lembre-se que aquele cordeiro que morreu no lugar de Isaque simbolizava Jesus e que Jesus morreu para que você e eu vivamos para todo o sempre.

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