sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SERMÃO FAMÍLIA

Genesis – 1:27
INTRODUÇÃO
Deus cria do nada pela acção do seu amor todas as coisas na sequência: no primeiro dia (Gn1.1-5) a luz; no dia seguinte (Gén 1.6.-8) fez a expansão (céu) separando as águas superiores e inferiores; no terceiro dia (Gén 1.9-13); fez aparecer a porção seca (terra), definiu os mares e na terra a vida vegetal começa a brotar; O estabelecimento dos astros celestes é o quarto dia (Gén 1.14-19); as águas e os ares são preenchidos com a vida pelos seres das águas e pelas aves, trazendo o quinto dia (Gén 1.20-23); o sexto dia é áureo Deus cria a família (Gén 1.27).
O Salmo 19:1, poeticamente canta a beleza da criação divina: "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos."
A família faz parte do projecto maior de Deus, é um acto criativo que passa pelos toques das suas mãos, o Senhor Jesus participa na execução do projecto de Deus Pai, o Espírito Santo é Mantenedor da realidade criativa de Deus.
A família é o ponto máximo da criação de Deus, criada pelo toque precioso das suas mãos de Deus e é nesta formidável obra considerada uma obra: "que era muito bom" (Gén 1.31).

O TRAUMA DO PECADO
O ser humano, animais, e tudo o que Deus criou recebeu a qualidade de reprodução ou a multiplicação, portanto era um estado intermediário, entre o que éramos e o que deveríamos ser (I Tes. 4.13-18), mais "evoluídos" do que o nosso estado presente. O homem não evoluiu, mas regrediu. Vivemos hoje uma deformação espiritual, moral e física.
Na eternidade futura, os salvos em Cristo Jesus, na dimensão de corpos glorificados, estarão como era plano de Deus no principio tanto quantitativamente como qualitativamente, como os anjos: "Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus" (Marcos 12.25).
No jardim do Éden a família tinha a opção da árvore da vida (Gén 3.22) para viver ou escolher a árvore do conhecimento do bem e do mal, para a morte (Gén 2.17). A morte foi escolhida e retransmitida a todos: "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rom 5.12).
Concluímos que a humanidade, numa atitude familiar, foi amorosamente criada por Deus, num contacto pessoal, podendo escolher a vida ou a morte, e desastrosamente escolheu a morte. Fez opção pela decadência espiritual e material, optou pela inversão dos valores. Houve a necessidade da família ser submetida a prova de resistir ao conhecimento do bem e do mal, infelizmente foi vencida. A partir daí nunca mais poderia participar da árvore da vida, para não viver eternamente em pecado, Deus providencia um único recurso de salvação: O Senhor Jesus Cristo (Gén 3.15).
Com o pecado o mundo a todos os níveis foi afectado, a terra passou a ser maldita, o trabalho assumiu o peso da dor, a natureza passou a ser agressiva, sofrendo também a morte termodinâmica, com o desgaste crescente, a natalidade passou a ter a dimensão da dor, a ferocidade passou a ser a característica animal.
O homem com o pecado recebeu também este sentimento satânico, Caim mata Abel.
Este sentimento cruel torna-se realidade em consequência de uma associação com Satanás, a famílias distancia-se de Deus.
O caminho para a árvore da vida é necessário para termos vida com Deus, a paz de Deus, alegria de Deus, fraternidade genuína, famílias de origem Celestial. Mas Deus travou esse caminho, Gén 3.24 temos: "E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." O versículo não fala em caminhos, o caminho. Para voltarmos ao estado inicial de comunhão com Deus há apenas um caminho, claro que é o Senhor Jesus Cristo, e ele mesmo deixa a questão muito clara: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14.6).

DEUS CONVIDA FAMÍLIAS PARA DESAFIOS
Deus tem interferido na história humana usando famílias para o bem comum da humanidade, como os exemplos:

a) Para a administração ecologicamente sustentável, convidou a família Adão e Eva. Infelizmente falharam.
b) Noé com a família, a Bíblia diz "divinamente avisado das coisas que ainda não se viam temeu, e, para a salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi herdeiro da justiça que segundo a fé" (Hb 11.7). Noé com a família cumpriu a missão.
c) Abraão com Sara também sendo chamados por Deus para cumprirem a missão da vida e da bênção continuada para todas as gerações do povo de Deus, combateu o bom combate.
d) Deus também escolheu José e Maria para encarnar o Verbo, Jesus o Senhor dos senhores; e por intermédio dessa família beneficiar todo o género humano, o Verbo se fez carne entre os homens e hoje o Espírito Santo na formação da Igreja sela os que crêem em Jesus para o dia da redenção (Ef 1.13), mantém entre nós o ministério da consolação.
Deus sempre escolheu famílias para determinadas missões e todo o agregado familiar, pais e filhos são responsáveis em conjunto e individualmente pelo bom desempenho para os reais e nobres objectivos sejam alcançados. Dentro desta visão qual o desafio para a nossa família?
A Flor da Honestidade
Conta-se que por volta do ano 250 a.C., na China, um príncipe da região norte do país, estava para ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria casar-se.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as jovens da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa festa especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que a sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar a casa e relatou o que ia acontecer, espantou-se ao saber que a filha pretendia ir à celebração, e indagou incrédula :
- Minha filha, o que farás lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas jovens da corte. Tira esta ideia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu :
- Não, querida mãe, não sofro e não estou louca, eu sei que não tenho grandes hipóteses de ser escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me dá felicidade.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, todas as mais belas meninas, com as mais belas roupas, belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio :
- Darei a cada uma, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida como minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada tinha nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses tinham passado e nem um pequeno broto tinha aparecido.
Consciente do seu esforço e dedicação ela disse à mãe que, independente das circunstâncias voltaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com o seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca tinha presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reacções. Ninguém compreendeu porque é que ele escolheu justamente aquela que nada tinha cultivado.
Então, calmamente o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor
- Que esta nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam , possamos ser luz para aqueles que nos cercam .

- Aproveitem e leiam : Ef 5.9 ( pois o fruto da luz está ....) e Mt 5.16 (Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para ...)

Apelo:

Que a graça do nosso Senhor Jesus continue crescente em cada uma das nossas famílias.

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